DÚVIDAS

O parágrafo e a frase
Li este texto no site da www.app.pt e fiquei com uma dúvida. Num texto que tenha diálogo, cada uma das falas das personagens será um parágrafo, certo? «O parágrafo é um elemento linguístico como a frase e a oração, mas mais longo. Cada parágrafo no texto tem um papel a desempenhar na variedade linguística. Diversos tipos de frase e diferentes comprimentos de frase reflectir-se-ão na pontuação utilizada. Ao comparar o parágrafo expositivo, comercial, jornalístico, poético e diálogo, verificamos como o texto influencia o tipo de parágrafo. Variam os sinais que marcam o parágrafo e varia a pontuação dentro do parágrafo.»O que entendo é que cada fala é um parágrafo que poderá ter uma ou mais frases. Desde já, obrigado.
O aportuguesamento da palavra francesa courette
Sou presidente de uma comissão técnica de normalização (CTA 17) que está a elaborar uma norma portuguesa (NP) sobre ventilação mecânica controlada (VMC) para aplicar em edifícios de habitação. Nos trabalhos de instalação de tubagens utiliza-se, em gíria, a palavra "corete" ou "courete" com o sentido de «espaço oco por onde podem passar as tubagens». Esta palavra parece ser o "aportuguesamento" da palavra francesa courette. Todavia, em vários dicionários de francês/português encontro para courette a palavra portuguesa saguão, que não é a mesma coisa, não tem o mesmo significado. Será que existe alguma solução na língua portuguesa que permita usar "corete" ou "courete" com o significado que lhe é dado na gíria das instalações de tubagens? Obrigado.
Narrador não-participante
Coloco estas perguntas porque me parecem pertinentes e que me deixaram francamente em dúvida.   Qual a definição correcta de narrador participante? Quais são realmente os tipos de narradores existentes na língua portuguesa? Estas perguntas surgiram depois de, em conjunto com uma colega, analisar o seguinte texto:«Conheço um menino que gosta muito de animais. Gosta de gatos, cães, periquitos, ratos, eu sei lá... Às vezes chego a pensar que ele gosta de todos os animais.Há tempos esse menino pediu ao pai para lhe dar um cão, um cão grande, de olhos meigos e pêlo macio.— Ó pai, gostava tanto...— Um cão?! Nem pensar nisso! — disse logo o pai. — A casa é pequena e o cão nem tinha espaço para se espreguiçar. Nem penses nisso...Como o menino é realmente muito amigo dos animais acabou por concordar. Pois claro, o animal não podia ser feliz num quinto andar com elevador e vista para a janela do senhor da frente que não tem gato nem cão nem periquito...Mas o gostinho de ter um animal de estimação voltou com mais força e um dia chegou-se à mãe. Falou-lhe de um gato branco pequenino, muito bonito, muito meigo. (...)»a) Uma 1.ª análise leva-me a classificar o narrador como não participante, pois este não participa na acção.b) Após nova abordagem, a palavra conheço chamou-nos a atenção, pois não é ela indicadora de participação na história?Com os melhores desejos de um bom trabalho,
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