Recentemente, uma aluna do 10.º ano questionou-me sobre o conceito de parassíntese.
Uma vez que nos critérios de correcção dos exames de 9.º ano se afirma que as palavras adormecer, insuportável, refazer, desmontar e deformação pertencem ao mesmo grupo, quanto à sua formação, em oposição a um grupo de palavras compostas e um grupo de palavras derivadas por sufixação (exame de 2006), e que, por outro lado, no exame de 2005, a palavra indiscretamente surge como palavra parassintética, encontro-me numa situação pouco confortável em relação à resposta a dar à aluna, visto que a mesma poderá induzi-la em erro.
Na realidade, pretendo que me elucidem sobre a pertinência de introduzir a noção do "tempo" no processo de formação de palavras, pelo que gostaria que me dissessem se posso "transmitir" aos alunos que infelizmente é uma palavra parassintética, ou, pelo contrário, devo afirmar que se trata de uma palavra derivada por sufixação, dado que o prefixo in é anterior ao sufixo -mente.
Gostaria igualmente de saber se existe algum consenso nesta matéria.
Na qualidade de leiga da linguística, tomo a liberdade de lhes perguntar sobre a forma correcta de utilizar o verbo recordar no passado com o pronome o. Por outras palavras, o que se pretende dizer é que alguém recordou, a outro, algo. Qual a forma correcta, «A Maria recordo-o.» ou a «Maria recordo-lhe que...»?
Desculpem a ignorância e desde já o meu obrigada!
Sempre tenho muitas dúvidas relativas ao emprego do verbo lembrar. Poderiam dizer-me quais das frases são agramaticais, o porquê disso, e quais seriam as alternativas corretas a substituí-las?
1. Esta canção lembra a minha infância.
2. Esta canção lembra-me a minha infância.
3. Esta canção lembra-me da minha infância.
4. Esta canção lembra você/lembra-a.
5. Esta canção lembra-me você/ lembra-ma.
6. Esta canção lembra-me de você.
E ainda, em correspondência às três últimas:
7. Esta canção lembra-te.(traz-te à minha memória)
8. Esta canção lembra-me-te. ???
9. Esta canção lembra-me de ti.
Muito obrigado!
Escrevo "ocularcentrismo", ou "ocular-centrismo"? Um filósofo escreve "falogocêntrico", o que está correcto. Poder-se-ia escrever "falogocularcêntrico" (conceito composto dos outros dois)?
Sou um fervoroso adepto do bom português, o que cada vez vai sendo mais difícil.
Ao ler recentemente uma entrevista, ouvi a palavra "pilharoca" como se da camada inferior da pele do porco se tratasse.
Como não encontro em nenhum dicionário essa palavra, agradeço me esclareçam, por favor.
Quero saber o significado desta palavra que encontrei num texto de Raul Brandão: «o ano não foi cadible.»
Agradecia me informassem o significado e a origem da palavra bandeirada, muito utilizada na elaboração de tarifas de táxi.
Obrigado.
Observo que a dúvida quanto a pronúncia da língua portuguesa atinge quase a totalidade dos falantes. Os esclarecimentos a respeito do assunto deixam a desejar, uma vez que informam apenas a pronúncia de cada região. Porém, o que todos desejam saber é a pronúncia correta da palavra.
Gostaria de saber se, segundo a norma culta da língua portuguesa e se tratando de um registro mais clássico, seria possível a seguinte construção com o imperativo do verbo dar: "dá-me-la" ou "dá-me-lo", na segunda pessoa do singular:
"Mas, se na recôndita morada da tu' alma
Inda há um segredo, dá-me a tua confissão:
DÁ-ME-LA."
Desde já muito agradeço.
Posturografia (termo médico) deve pronunciar-se com o "o" da primeira sílaba aberto, ou fechado? Penso que será fechado, mas já tenho ouvido dizer "pòsturografia".
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