DÚVIDAS

O "mas" no princípio de frases
Regresso ao tema do "mas" (conjunção adversativa e não advérbio, como lhe chamei...), para citar um ou dois exemplos ao acaso, colhidos em escritores portugueses que usam aquela conjunção no início de frases: Vergílio Ferreira, Conta-corrente 5, págs.253 e 255: "Mas mesmo obras de cultura geral, de ideias a aprofundar, a complicar." (pág. 253) ou (pág. 255)"Mas já não sei quem do júri declarou que não queria...etc.". Este volume está cheio de exemplos - praticamente em todas as páginas - do uso de "mas" no início de uma frase, a seguir a um ponto final. Em lugar de "mas" poderia usar-se "Porém", "Todavia", "Contudo", mas o certo é que não entendo por que razão há quem diga que não fica "bonito" usar o "mas"... Outro exemplo: José Saramago "Levantado do chão", pág. 11: "E também vermelho, em lugares, que é cor de barro ou sangue sangrado. Mas isso depende do que no chão se plantou e cultiva, etc." Obrigado desde já pelos vossos comentários.
Os ditongos, a divisão silábica e a translineação
A corrigir um exercício da Gramática Prática de Português (2.º ciclo, 2011, segundo as normas do DT e do AO) surgiu-me uma dúvida que me levou a outros exemplos. Passo a explicar. Aparece a palavra água para exemplificar um ditongo crescente. E na palavra qual a solução diz que se trata de um ditongo oral e crescente. Primeira pergunta: tratando-se de ditongos, o mesmo se aplica à sequência -ua- das palavras lua, quando, habitual e guarda-chuva? Ou nalguns destes exemplos haverá um hiato e porquê? Segunda pergunta: tratando-se de hiato ou ditongo, como são divididas estas palavras para efeitos de divisão silábica e de translineação? Terceira pergunta: é a palavra água grave, ou esdrúxula? Quarta pergunta: na palavra temia, estamos perante um ditongo crescente e oral, ou perante um hiato?
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