DÚVIDAS

O uso de roxo no século XVI
Fernão Mendes Pinto, na sua Peregrinação, refere com alguma frequência tecidos de damasco roxo. Na altura, parece-me, obtinham-se tons de púrpura e vermelho, através de processos naturais, e indigo também, sendo ambos utilizados separadamente, mas não o roxo, que eu saiba. Por outro lado, parece-me que, quando ele fala de dignitários, seria o vermelho intenso a cor a utilizar, pois é a cor, por exemplo na China, reservada a classes altas. Estou a fazer um trabalho de pintura sobre seda utilizando a linguagem dos vários lados por onde andou Fernão Mendes Pinto, e queria saber se o termo roxo, nele, e no séc. XVI, não seria o equivalente do rouge, em francês, do rojo, em espanhol. Agradeço antecipadamente a resposta.
A sintaxe de mergulhado (particípio passado de mergulhar)
Como classificar sintaticamente a frase «Portugal está mergulhado em profunda crise»? Este problema foi-me colocado e, depois de discutido em grupo, chegámos a esta conclusão que não sei se estará correta. Sujeito – «Portugal»; Predicado – «está mergulhado em profunda crise»; Predicativo do sujeito – «mergulhado em profunda crise»; Complemento do adjetivo – «em profunda crise»; Modificador restritivo do adjetivo – «profunda». Gostávamos de ter a vossa opinião. Obrigada.
Tcheco (no Brasil) vs.checo (em Portugal)
Minha dúvida concerne à escrita da palavra tcheco/checo. Aqui no Brasil é mais comum o uso da variante tcheco, porém não tenho certeza se essa seria a forma mais correta de escrever, pois não sei se o encontro tch é comum da nossa língua. Entretanto, como poderia escrevê-la, então? Pois aqui tal vocábulo é pronunciado da mesma forma que é escrito, logo, se fôssemos escrevê-lo como checo, teríamos de pronunciá-lo como /sheko/, e não /tsheko/. Como proceder? Agradeço desde já a vossa ajuda.
ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa