Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Classe de palavras: verbo
Miriam Santos Freire Tradutora Lisboa, Portugal 25K

Na sequência de uma entrada devolvida na pesquisa de "reporte" aqui nas Ciberdúvidas relativamente à diferença entre "referir" e "reportar", o vosso comentário termina com a indicação da existência de "reporte" como termo possível num contexto de informações escritas.

Porém, não consegui encontrar nenhum dicionário de português (nem sequer de português do Brasil) que contenha esta entrada. Não me "soa" normal e a tendência é não utilizar e corrigir quando vejo termos como "sistema de reporte", "árvore de reporte" e "unidade de reporte" (em que "reporte" é uma tradução de reporting).

Podem esclarecer/fundamentar a utilização correcta da palavra "reporte" para que também eu possa esclarecer quem tem muita renitência em aceitar este termo?

Obrigada.

Alexandre Oliveira Perdigão Notário Lisboa, Portugal 121K

É frequente ver-se escrito «não hesite em contactar-me» ou «não hesite em nos enviar», como este próprio site refere no seu cabeçalho.

Presumo, assim, que seja a forma correcta de escrever.

Contudo, não deixa de me causar estranheza, já que me parece que o em ficaria melhor se ali não estivesse.

Penso que se tratará mais de «não hesite fazer algo» — do que «não hesite em fazer algo».

Será, assim, [mais] correcto escrever «não hesite contactar-me»?

Os meus agradecimentos.

Davi Manuel Gomes Militar Natal, Brasil 6K

Qual a origem da palavra arrepender?

Bárbara Santos Estudante Estugarda, Alemanha 11K

Tenho uma dúvida relativamente à expressão «servir de/como exemplo»: é possível usar as duas preposições? Não sendo, podiam informar-me qual é a regência correcta?

Muitíssimo obrigada!

João Paulo Estudante Recife, Brasil 9K

Quantas letras e quantos fonemas tem a palavra reencontrassem?

Manuel Anastácio Professor Guimarães, Portugal 15K

Um amigo brasileiro disse-me que não entendia a utilização do futuro do verbo ter para indicar uma suposição. Por exemplo, neste excerto: «(...) foi no quarto onde terá acontecido o acidente que (...)», o verbo ter aparece aqui como verbo auxiliar, com esse sentido. Gostaria de saber mais em pormenor que caso gramatical é este, e se é, de facto, uma diferença entre a norma linguística portuguesa e a norma brasileira.

Francisco Frederico Jornalista Coimbra, Portugal 5K
Tenho lido na imprensa desportiva e também ouvido nas rádios e nas televisões frases como «o jogador tal contraiu uma lesão» e, em casos mais específicos, «fulano contraiu uma entorse» ou «contraiu um traumatismo», por exemplo. É correcto escrever-se ou falar-se desta forma? Eu sempre pensei que se contraíam doenças, viroses, virus, etc. E, por conseguinte, que se sofrem lesões...

Muito obrigado.

Rui Lima Bancário Lisboa, Portugal 7K

Quando alguém dá ordem expressa para resgatar/liquidar uma poupança, deve-se dizer «Queiram desmobilizar XPTO da minha poupança...», ou «Queiram mobilizar XPTO da minha poupança...»?

Desde já, grato pela atenção dispensada.

André Rocha Advogado Figueira da Foz, Portugal 10K

«[...] nem pode deixar de se hipotizar [...] que a causa de morte nada tenha a ver com um confronto físico ainda que este confronto tenha ocorrido (nada se sabe sobre o eventual desenrolar do confronto, e trata-se de uma morte compatível com uma queda de pequena altura), nem pode deixar de se encarar como possível (tão possível como a hipótese relatada na acusação) a do envolvimento do marido da Arguida nos factos» (Acórdão do Tribunal de Relação de Guimarães).

«Poderá assim hipotizar-se a questão de os factos denunciados estarem relacionados com o exercício da função que o mesmo assistente aduz exercer» (Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça).

No meio jurídico a palavra "hipotizar" é muito utilizada. A psicologia parece que também não se inibe de aplicá-la. Os vários dicionários que pesquisei (Academia das Ciências, Houaiss, Verbo, etc.) não a referem. Estrangeirismo? Neologismo? Ou coisa de advogados e juízes?

Pedro Rodrigues Professor Lisboa, Portugal 3K

«O escritor é um alvo fácil: a apreciação de um pintor exige um perito e dizer mal de um músico é coisa de especialista. Mas todos criticam o escritor.»

1— «e dizer mal de um músico é coisa de especialista»: uma ou duas orações?

2— se «e dizer mal de um músico» é uma oração, como se classifica? Coordenada copulativa? Subordinada completiva não finita/infinitiva?

Obrigado.