DÚVIDAS

Regência do verbo trazer
O assunto que me traz é relativo à regência do verbo trazer. Se pretendermos trazer algo à tona – algum assunto – ou despertar alguma emoção: «A postura sisuda, com a qual ela chegou, trouxe-o de novo para a realidade.» Ou será «A chegada sisuda dela trouxe-o de novo à realidade»? Portanto, a minha dúvida é se, de facto, esse verbo pode ou não estar sujeito a uma regência. Obrigada!
«Estive a ler» (perfeito) vs. «estava a ler» (imperfeito)
Podia dizer-me a diferença entre «estive a ler durante 2 horas» e «estava a ler durante 2 horas», do ponto de vista do significado? Para mim, são frases idênticas, porque na combinação de «estar a» + infinitivo há um aspeto de continuidade e, embora estive não seja um verbo na forma do imperfeito («estive a» infinitivo), a frase tem um sentido de duração, pois o verbo não precisa de estar na forma do imperfeito para transmitir a continuidade da ação. E, formulando a questão de outra forma: 1. Estava a ler quando a Maria chegou 2. Estive a ler quando a Maria chegou Há alguma diferença entre as duas frases do ponto de vista do significado?
A sintaxe de retaliar
No semanário Expresso, num e-mail com uma resenha de notícias, li o seguinte texto: «Irão os israelitas retaliar o Irão?» «"É um ponto de viragem, estamos num momento perigosamente imprevisível”, considera John Strawson, perito em Estudos do Médio Oriente, em declarações ao Expresso.» A minha dúvida é sobre a utilização do verbo retaliar. «Irão os israelitas retaliar o Irão» ou, o que me parece ser mais correcto, «irão os israelitas retaliar contra o Irão»? Agradecendo uma vez mais o vosso interessante e útil serviço público, aguardo o vosso esclarecimento.
ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa