Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Classe de palavras: determinante
Helder Carvalho Professor Lisboa, Portugal 5K

Entendo a diferença entre seu e dele, mas fico muito confuso na utilização de um ou de outro, no sentido em que acabo por usá-los no mesmo texto, por vezes na mesma frase. É isto correto?

Poderei referir-me no mesmo texto a uma mesma pessoa por vezes com dele, por vezes com seu, conforme me soar melhor?

Por exemplo, posso dizer em determinado passo «Um carro excelente, o dele» e mais à frente «anotou no seu diário», referindo-se estes passos à mesma pessoa? É que neste caso soa-me mesmo melhor o «dele» no primeiro caso, e o «seu» no segundo. É isto aceitável?

Obrigado.

Patrícia Sanches Desempregada Faro, Porrtugal 10K

Gostaria que me explicassem o uso dos demonstrativos nesse, neste e naquele em relação ao tempo. Seriam nesse e naquele referência ao passado e neste ao presente?

Nesse dia, eu estava doente.

Ela partiu a perna, naquele fim de semana.

Neste momento, eu não posso.

Ainda que a minha interpretação esteja correta, existe alguma diferença entre o nesse e naquele? Seria naquele para se referir a um passado mais longínquo? Essas mesmas interpretações de tempo servem para o desse, deste e daquele? Não consigo pensar em nenhuma frase que pudesse ter essa interpretação.

Caso esteja errada, poderiam dar-me alguns exemplos, por favor?

Agradeço a atenção dispensada.

José Garcia Formador Câmara de Lobos, Portugal 1K

Relativamente à frase «O capitão foi avisado de que iria dar Ø tempestade», é possível reparar que na mesma não foi usado o determinante artigo indefinido.

Qual seria a recomendação? Dispensa-se?

Obrigado.

Maria Lins Estudante Portugal 1K

Vejo regularmente o título "História de África" para catalogar os livros que documentam a história africana, mas o título correcto não seria "História da África", sendo que também se fala em História da Europa ou da História da América do Norte.

África é um nome feminino, que possui o mesmo grau de feminidade que as palavras Europa e América possuem (assumo), portanto porque se costuma utilizar de invés de da?

Marcos Santana Estudante Carira , Brasil 1K

Na frase (A), o pronome minha está depois do substantivo barriga, assim, pode-se afirmar que é possível essa colocação?

A - Ele quer encher a barriga minha.

B - Ele quer encher a minha barriga.

Bernardo Monteiro Estudante Porto, Portugal 1K

«A ansiedade e stresse predominam na sociedade hodierna.»

A frase está errada, porque necessita do vocábulo o antes de stresse?

A minha dúvida é a seguinte: não se pode considerar que há elipse do o?

Agradecido.

Maria Bolton Professora Inglaterra – Reino Unido 1K

«Sou alérgico a leite» e «sou alérgico ao leite».

«Sou alérgica a carne» e «sou alérgica à carne»-

Em princípio eu diria: «sou alérgico a leite» e «sou alérgico ao leite de ovelha»/ «Sou alérgica a carne» e «Sou alérgica à carne de vaca"».

O que é que está correto e porquê?

Obrigadíssima pelo esclarecimento.

Edimilson Junior Estudante Brasilia, Brasil 2K

Recentemente li num blog a frase: «Umas pessoas não comem gatos.»

Em seguida houve um comentário afirmando que esta frase estaria errada, porém sem explicar o porquê.

Fiquei confuso, pois me pareceu que «Algumas pessoas não comem gatos», soaria melhor aos ouvidos.

Assim, gostaria de saber qual seria a construção correta e se haveria alguma orientação ou cautela no emprego de umas e algumas, particularmente no início das frases.

Obrigado!

Cristiano Honório . Portugal 9K

«A sua presença na inauguração da loja irá valorizar a mesma iniciativa.»

«A sua presença na inauguração da loja irá valorizar a própria iniciativa.»

É possível usar a palavra mesma, como sinónima de própria no contexto apresentado?

Muito obrigado

Fernando Fernandes Professor Lisboa, Portugal 1K

Contacto-vos a propósito de uma questão que tem sido recorrente no âmbito da minha prática letiva. A propósito da evolução fonética, particularmente no processo de assimilação, tenho visto em alguns manuais ser usada como exemplo a evolução de ad sic para assim ou de ipse para esse, assumindo-se assim que, em ad sic o fonema /d/ evolui para /s/ e, em ipse, o mesmo se passa com o fonema /p/.

A minha questão é simples: tratando-se de evolução fonética – e de fonemas, portanto – não seria mais correto considerar-se que em ambos os casos ocorre uma síncope? A duplicação da consoante s advém, a meu ver, de uma convenção ortográfica, até porque, efetivamente, não pronunciamos o fonema /s/ duplicado.

Gostaria de saber a vossa opinião, que muito respeito, em relação a este tópico.

Grato pela vossa disponibilidade.