Quando todos é pronome indefinido
Eu estou a estudar português e tenho algumas dúvidas:
1 — Na frase «Todos os meus amigos são de Portugal», «todos» é um pronome indefinido?2 — Na frase «Cansei-me de fazer o mesmo todos os dias», «todos» é um pronome indefinido?3 — Em «Parecem todos muito animados», «todos» é um pronome indefinido?
Muito obrigada.
O clítico com auxiliar + verbo principal no gerúndio
Pegando no verbo revezar-se, qual é a forma correcta de escrever: «As modas foram-se revezando», ou «As modas foram se revezando»?
É que, em meu entender, o se diz respeito a «revezando» (e não a «foram»); porém, ao escrever «foram se», parece-me estranho.
A 2.ª pessoa do plural da conjugação verbal
Uma amiga minha da Irlanda inscreveu-se num curso de Língua Portuguesa aqui em Londres. Há dias estava a folhear o livro de exercícios dela, e não encontrei a conjugação dos verbos na 2.ª pessoa do plural, vós.
Disseram-me que, como já não se usava oralmente, ia ser retirado da Língua Portuguesa... Isto é mesmo verdade?
Obrigada.
A passiva em «comeu-se tudo»
«Comeu-se tudo.» Esta frase está na voz ativa, ou na passiva?
Ainda a palavra quê
No dia 27 último, os senhores responderam a uma questão que envolve a regra sobre acentuação da palavra quê. Ocorreram-me duas dúvidas:
1. Em que parte do acordo ortográfico de 1990 está escrito que essa palavra deve ser acentuada quando vier no fim da frase?
2. Por que ela não deve ser acentuada quando não estiver substantivada ou não vier no fim de uma frase?
«A quem devo anunciar?» vs. «Quem devo anunciar?»
Quando uma pessoa liga para uma empresa, do outro lado da linha fazem-lhe a seguinte pergunta: «A quem devo anunciar?»/«Quem devo anunciar?»
Qual a maneira correta, e o que quer dizer cada uma dessas perguntas?
Verbo volitivo + se apassivante/indeterminado
A forma: «Por mais dúvidas que se queiram solucionar» é preferível a «Por mais dúvidas que se queira solucionar»?
Agradecida.
«Ofereci-lhas ontem»: contracção de pronomes
Mais uma vez recorro aos vossos préstimos para resolver uma questão que me arranha o ouvido, mas mesmo assim teimo em considerar correcta. Na frase: «ofereci flores à Joana ontem», fiz a seguinte pronominalização: «Ofereci-lhas ontem.» Correcta ou errada?
Outra questão: quando pronominalizar uma frase com os pronomes me, te, nos e vos tanto de complemento directo como complemento indirecto? Já fiz essa última questão em outras oportunidades, mas acredito ainda não ter sido respondida. Desde já, muito obrigado.
Os falantes brasileiros e o pronome lhe
Desculpem-me a presunçosa intervenção, visto que não sou nenhum douto em nossa língua, mas acho que houve um equívoco quando se disse que os falantes brasileiros empregam a forma «lhe» em substituição das formas «o», «a», «os», «as» na resposta dada pela consultora Sónia Valente Rodrigues no dia 21/06/2007. Gostaria apenas de relembrar que a substituição mais comum no português do Brasil é a do «tu» por «você», principalmente nas regiões influenciadas pelo Rio de Janeiro e por São Paulo (é verdade, isto já inclui quase todo o país, mas há exceções nos extremos sul, principalmente, e norte). Como a concordância de «você» é feita com a terceira pessoa, então o pronome pessoal «lhe» acaba por substituir o pronome de segunda pessoa e não os de terceira pessoa.As letras das músicas usadas na resposta, ao contrário do que foi dito, aplicam o «lhe» para as pessoas com quem falam e não de quem falam. Seguem abaixo trechos das músicas em questão (as aspas foram postas por mim).Tomara – Toquinho e Vinicius(trecho)Tomara que «você» volte depressaQue «você» não se despeça nunca maisdo meu carinhoE chore, se arrependa e pense muitoQue é melhor se sofrer juntoQue viver feliz sozinhoTomara que a tristeza «lhe» convençaQue a saudade não compensaCoisinha do Pai – Jorge Aragão, Almir Guineto e Luiz Carlos(trecho)«Você» vale ouro, todo o meu tesouroTão charmosa da cabeça aos pésVou «lhe» amando, «lhe» adorandoDigo mais uma vezAgradeço a Deus por que «lhe» fezObviamente, não sou dono da verdade e agradeço imensamente que me corrijam se eu estiver enganado.Grato pelo bonito trabalho deste site e pela possibilidade do livre debate.
«Somos o que somos»: o que em orações relativas livres
No período: «Somos o que somos», o o (pronome demostrativo) é parte integrante da oração principal («Somos o»), ou da oração subordinada adjetiva restritiva («o que somos»)?
