Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Campo linguístico: Tempo/Modo/Pessoa/Número (verbos)
Olga Silva Funcionária pública Porto, Portugal 68K

Recentemente, tive dúvidas relativamente ao uso do(s) particípio(s) passado(s) do verbo abrir, pelo que consultei uma gramática da Porto Editora, na qual se dizia que os particípios regular e irregular — abrido e aberto — deviam ser usados, respectivamente, com os auxiliares ter/haver e ser/estar.

No entanto, no vosso site, deparei-me com informação contrária. Segundo a dra. Conceição Saraiva, o verbo abrir tem apenas um particípio passado — aberto.

O particípio passado abrido está, de facto, errado? Ou simplesmente está a cair em desuso?

Obrigada!

Margarida Sofia Marques Estudante Leiria, Portugal 9K

Posso utilzar o pretérito imperfeito do conjuntivo a seguir à interjeição oxalá, ou tem de ser forçosamente o presente do conjuntivo?

«Oxalá ele faça...», ou «Oxalá ele fizesse...»?

Estão as duas formas correctas?

Daniele Ariatti Estudante Videira, Brasil 10K

«Se não barramos os efeitos do aquecimento global, o futuro da humanidade poderá estar por um fio.» Alterando o tempo verbal presente para o pretérito imperfeito e respeitando a correlação dos tempos verbais e a ortografia, os verbos destacados estão flexionados e grafados na seguinte oração:

a) Se não barrássemos os efeitos do aquecimento global, o futuro da humanidade poderia estar por um fio.

b) Se não barrássemos os efeitos do aquecimento global, o futuro da humanidade podia estar por um fio.

Fiz um concurso onde a instituição organizadora afirma estar correta a letra a), eu fiz letra b). Acho que estou certa. Será que algum professor pode tirar esta dúvida, por favor?

Grata.

Leonardo Figueira Estudante Rio de Janeiro, Brasil 20K

Tenho uma dúvida sobre a utilização do pretérito perfeito e do pretérito mais-que-perfeito.

Rigorosamente, a sentença «Antes de morrer, ele deixou um testamento» estaria errada? Haveria de ser necessariamente a forma correta «Antes de morrer, ele deixara um testamento»?

Iva Svobodova Docente universitária apoiada pelo Instituto Camões Brno, República Checa 36K

Tenho dúvidas acerca do uso do pretérito perfeito do conjuntivo.

Encontrei, na Gramática da Língua Portuguesa, (M. H. M. Mateus et al., 2003), Capítulo XV (Inês Duarte) — Subordinação completiva, pág. 609 (cp. 15.1.3) e 606 (cap. 15.1.1.), as seguintes frases:

«Que a Maria não tenha vindo a festa, surpreendeu o João.»

«O Conselho lamentou que não lhe tenha sido comunicada a decisão.»

Pensava que nas subordinadas completivas finitas, neste caso (quando a oração principal se encontra no pretérito perfeito), seria apropriado e gramatical usar o mais que perfeito do conjuntivo:

«Que a Maria não tivesse vindo a festa, surpreendeu o João.»

«O Conselho lamentou que não lhe tivesse sido comunicada a decisão.»

Pedia-vos para me confirmarem a gramaticalidade das frases encontradas na GLP nos subcapítulos em apreço. Caso estejam correctas, a minha pergunta é:

Posso, então, utilizar o pretérito perfeito do conjuntivo nas completivas finitas seleccionadas por todos os verbos psicológicos, ou só por aqueles que são denominados "factivos" e que pressupõem a verdade do complemento frásico (achar bem, detestar, gostar, lamentar)? Neste caso, seriam gramaticais as seguintes frases?

«Achei (achava) bem que lhe tenhas dito a verdade.»

«Detestei (detestava) que te tenhas vestido assim.»

«Lamentei (lamentava) que me tenham dado a resposta negativa.»

«Gostei (gostava) que ele me tenha vindo visitar.»

Verbos psicológicos não factivos:

«Esperava que to tenha dado.»

«Supunha que to tenha dito.»

Obrigada.

 

Bianca Castro Estudante Fafe, Portugal 4K

Seguir é um verbo copulativo?

Carolina Macedo Estudante Braga, Portugal 4K

A palavra engripado é um derivado prefixal, ou um derivado parassintético?

Obrigada.

Carlos Moreira Psicólogo Florianópolis, Brasil 35K

Nas frases:

«Os débitos devem ser corrigidos.»

«Os compromissos não podem deixar de ser cumpridos.»

Os verbos principais seriam expressos, respectivamente, pelas locuções «ser corrigidos» e «deixar de ser cumpridos»? E quanto aos núcleos dos predicados verbais das frases, incluem as locuções verbais inteiras (devem ser corrigidos; podem deixar de ser cumpridos)?

Grato.

Teresa Pereira Estudante-trabalhadora Viseu, Portugal 9K

Gostaria de saber qual é o valor aspectual da forma verbal na frase: «D. Sebastião morre em Alcácer Quibir.» Estou a estudar este tema e, no geral, não tive dificuldades, mas ao realizar exercícios tive dificuldade em classificar esta frase. Pesquisei em gramáticas e no site e não consegui desfazer a minha dúvida.

Agradeço desde já atenção.

Francisco Borges Designer Santa Maria da Feira, Portugal 3K

É muito normal ouvir um tempo verbal que me deixa sérias dúvidas.

Frequentemente em relatos de futebol (mas o "fenómeno" tem vindo a espalhar-se...), ouve-se «se ele tem acertado», «se ele tem passado», etc., em vez do que me parece mais correcto «se ele acertasse», «se ele passasse» ou ainda «se tivesse acertado» ou «se tivesse passado». Pois sempre tive a ideia de que dizer «se tem passado» implica uma ideia de continuidade no tempo.

É correcto usar «se o jogador tem acertado na baliza» (sem existir a tal noção de continuidade em vez de «se o jogador tivesse acertado» ou «se o jogador acertasse» (naquele preciso momento)?

Obrigado!