DÚVIDAS

O particípio passado do verbo abrir
Recentemente, tive dúvidas relativamente ao uso do(s) particípio(s) passado(s) do verbo abrir, pelo que consultei uma gramática da Porto Editora, na qual se dizia que os particípios regular e irregular — abrido e aberto — deviam ser usados, respectivamente, com os auxiliares ter/haver e ser/estar. No entanto, no vosso site, deparei-me com informação contrária. Segundo a dra. Conceição Saraiva, o verbo abrir tem apenas um particípio passado — aberto. O particípio passado abrido está, de facto, errado? Ou simplesmente está a cair em desuso? Obrigada!
Condicional (ou futuro do pretérito) vs. pretérito imperfeito
«Se não barramos os efeitos do aquecimento global, o futuro da humanidade poderá estar por um fio.» Alterando o tempo verbal presente para o pretérito imperfeito e respeitando a correlação dos tempos verbais e a ortografia, os verbos destacados estão flexionados e grafados na seguinte oração: a) Se não barrássemos os efeitos do aquecimento global, o futuro da humanidade poderia estar por um fio. b) Se não barrássemos os efeitos do aquecimento global, o futuro da humanidade podia estar por um fio. Fiz um concurso onde a instituição organizadora afirma estar correta a letra a), eu fiz letra b). Acho que estou certa. Será que algum professor pode tirar esta dúvida, por favor? Grata.
O uso do pretérito perfeito do conjuntivo
Tenho dúvidas acerca do uso do pretérito perfeito do conjuntivo. Encontrei, na Gramática da Língua Portuguesa, (M. H. M. Mateus et al., 2003), Capítulo XV (Inês Duarte) — Subordinação completiva, pág. 609 (cp. 15.1.3) e 606 (cap. 15.1.1.), as seguintes frases: «Que a Maria não tenha vindo a festa, surpreendeu o João.» «O Conselho lamentou que não lhe tenha sido comunicada a decisão.» Pensava que nas subordinadas completivas finitas, neste caso (quando a oração principal se encontra no pretérito perfeito), seria apropriado e gramatical usar o mais que perfeito do conjuntivo: «Que a Maria não tivesse vindo a festa, surpreendeu o João.» «O Conselho lamentou que não lhe tivesse sido comunicada a decisão.» Pedia-vos para me confirmarem a gramaticalidade das frases encontradas na GLP nos subcapítulos em apreço. Caso estejam correctas, a minha pergunta é: Posso, então, utilizar o pretérito perfeito do conjuntivo nas completivas finitas seleccionadas por todos os verbos psicológicos, ou só por aqueles que são denominados "factivos" e que pressupõem a verdade do complemento frásico (achar bem, detestar, gostar, lamentar)? Neste caso, seriam gramaticais as seguintes frases? «Achei (achava) bem que lhe tenhas dito a verdade.» «Detestei (detestava) que te tenhas vestido assim.» «Lamentei (lamentava) que me tenham dado a resposta negativa.» «Gostei (gostava) que ele me tenha vindo visitar.» Verbos psicológicos não factivos: «Esperava que to tenha dado.» «Supunha que to tenha dito.» Obrigada.  
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