DÚVIDAS

Artigo definido com sir e lorde
Lê-se e ouve-se frequentemente «de Sir Y» ou «de Lord(e) X». Penso que isto segue um certo hábito de prescindir do artigo definido associado a nomes, nas traduções do inglês («Andrew levantou-se»). Mas não será um português mais "normal" usar «do Sir Y» e «do Lord(e) X», à semelhança de «do Comendador Z», assim como «o Andrew levantou-se»? Quanto a «Sir», «Lord(e)», «Comendador» (tal como «Rei», «Presidente», «Engenheiro», etc.), quando a preceder um nome, creio que o uso de maiúscula ou minúscula inicial («Sir Peter» ou «sir Peter») é apenas uma questão de gosto, eventualmente para dar maior ou menor relevância ao título em questão ou para tratar com maior ou menor deferência a pessoa referida. Estou correcto? Obrigado.
O género de bandas pop femininas
Consultei a questão que responde parcialmente à minha dúvida [...]. Embora minha questão incid[a] sobre o gênero, e não sobre o número, o fato de o uso em Portugal ser distinto demonstra que na verdade não existe nenhuma norma com relação a isso, mas apenas hábito linguístico, correto? Porém, uma nova dúvida surgiu com essa informação: por acaso em Portugal se refere a uma banda feminina como «as L7» ou «as Smashing Pumpkins» (artigo feminino)? Grato. Sucesso!
A origem da palavra exantema
Gostaria de saber qual a origem etimológica da palavra exantema (erupção cutânea com vermelhidão sem pústulas) uma vez que encontro referências à proveniência quer do latim exanthema, pelo grego exanthema, de exanthein, florescer, brotar, de ex- + anthos, «flor», quer, noutras citações, como oriundo da composição de "exa/nt/ema" ("exa" = exterior) e "ema" (hema = sangue), «sangue que vem para fora»? Obrigado.
Fatalidade, lazúli, plataforma, medíocre, Ormuz
Ouvido no História (15/4/2009) versão portuguesa (?) Santa Claus, Pim Pam Pum (Audiovisuais): 1. «Houve 30 fatalidades [ing. fatalities] num desastre ocorrido, anos atrás, no estádio do Liverpool.» E ainda: «... o salão serviu de sala de morte temporária» (formidável! afinal, ela não é definitiva…) Quem ensina [a estas pessoas], de uma vez para sempre, que difere de: «sala temporária de morte» (de acolhimento dos cadáveres)? 2. /lazulí/ acentuada na última sílaba em vez do correcto lazúli, grave. 3. «armada… de navios»! Eu explico aos neófitos: não há qualquer redundância, a especificação é indispensável, pois por aqui é vulgar encontrarmos army traduzido por armada. 4. "Plantaformas". 5. «"A luxuriosa" cabine do Capitão»: o [...] tradutor queria dizer apenas luxuosa. É o falar difícil: luxuriosa, que tem acepção muito diferente, é sempre escolhida, pois fica muito mais pirotécnica, para embasbacamento dos ignorantes. 6. /mediúcres/ por medíocres. 7. "Reino Médio", em vez do normal Império do Meio (China). 8. /Ormuze/ por Ormuz. Agora, peço a Ciberdúvidas, um favor: insisti, junto dos teimosos exterminadores do verbo pôr, até a voz ficar rouca, que a mais das vezes não é substituível por colocar. Essa prestimosa gente dos meios de comunicação convenceu-se de que pôr constitui trabalho exclusivo das galinhas (e de outras aves). E assim se vai ensinando o povo, por estas boas almas.
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