DÚVIDAS

Sequências complexas
As sequências complexas tipo consoante + <r, l=""> <i, e,="" u,="" o=""> vogal, em português lusitano são pronunciadas geralmente C + /r, l/ + /j, w/ + V, ou também, numa fala mais lenta, C + /r, l/ + /i, u/ + V, com hiato entre as duas vogais finais. Por exemplo, apadroar é geralmente /apadrw`ar/, mas pode ser pronunciado também /apadru`ar/. O que é que acontece em brasileiro, tendo em conta que o, interno à palavra, corresponde geralmente a /o/? Outros casos: abalroamento, abalroar, açafroal, açafroeira, acobreado, acreano, acrianço, adriático, alandroeiro, alcatroado, alcatroamento, altruísmo, ambliope, ambliopia, ampliar, apadroou, aproar, aproou, apropriar, apropriou, arbítrio, atroar, atroou, autodestruí, autodestruição, autodestruir, autodestruiu.
A pronúncia de es- e ex- + consoante
Conheço bem as diferentes realizações do prefixo ex- em Portugal, que dependem do som posterior (vogal, consoante surda ou sonora) e também da região (centro-setentrional/resto do país). Quanto ao Brasil, encontrei algumas informações contraditórias. Parece que êx-/ex- seguido de vogal é pronunciado normalmente [éz]/[ez] (êxito/exótico) (sem ditongo à diferença de Portugal). Quando seguido de consoante surda, pronuncia-se [és]/[es] (êxtase/expor), embora em posição átona se admita também a pronúncia [is] (expor). Pelos vistos no Brasil não se produz a ditongação na pronúncia deste prefixo. É assim em todos os casos? Qual seria no Brasil a realização padrão de ex- seguido de consoante sonora em palavras como ex-ministro? Seria [ez]/[iz]? Se for assim, não existe no Brasil, como em Portugal — estou a pensar sobretudo no Rio de Janeiro —, a realização com palatal surda (como o "ch" de chama) ou sonora (como o "j") para ex-/êx- quando seguido de consoante surda ou sonora, respectivamente? Obrigadíssimo pela vossa resposta e os meus parabéns pela web.
Dúvidas quanto à pronúncia do s
Sou alemão, venho estudando PLE (português/língua estrangeira) há muito tempo. No entanto, tenho uma dúvida bem básica quanto à pronúncia do s. Em alguma obra bem famosa (Paul Teyssier: Historia da Língua Portuguesa), pode se ler explicações tão bem elaboradas no que tange este problema, que desisti de entender estas explicações para a minha prática cotidiana de falar o português. Mas, felizmente, achei uma elaboração bem mais sucinta do problema na Internet: http://www.p-hh.de/index.php?page=100&id=1449 O que interessa a mim é saber quando um s simples (não sibilante, não chiado) é pronunciado como "z" (s sonoro) ou "s" (s surdo) respectivamente. Temos vários casos listados a seguir: a.) início de uma palavra: sempre "s surdo". b.) entre vogais: sempre "s sonoro" c.) no fim da palavra, próxima palavra começa com consoante: sempre "s surdo". As minhas perguntas são as seguintes: 1.) O "s" no final da palavra pode ter a pronúncia alterada, se a próxima palavra começa com vogal? (Por exemplo: «praias arenosas» e «praias tranquilas». O "s" em praia é sempre pronunciado da mesma forma, ou muda em decorrência da primeira letra da palavra que segue?) 2.) O "s" antes de consoantes no meio de palavras. (Por exemplo: mesmo, o "s" aqui é "surdo" ou "sonoro", supondo um sotaque brasileiro sem chiado (região: São Paulo), ou mesmo se o "s" for chiado/sibilante (Portugal e muitas regiões no Brasil), a questão persiste, será esse som um som sonoro ou surdo?) Espero ter colocado minhas dúvidas 1.) e 2.) em linguagem clara, correcta e concisa, para que estas possam ser esclarecidas e agradeço muito por uma resposta.
A pronúncia de voo, enjoo, perdoo, etc.
Já é sabido que no Norte de Portugal se pronuncia riu e rio de maneira diferente ([riw] e ['ri.u], respectivamente), enquanto no Sul de Portugal são pronunciados da mesma maneira (ambos [ʁiw]). Surgiram-me então as seguintes dúvidas: 1 – Na palavra voo (e outras palavras como enjoo, perdoo, etc.), como é a pronúncia-padrão? É ['vo.u], ou [vow]? 2 – Como é que os lisboetas pronunciam: como ditongo, ou como hiato? 3 – E se por acaso a pronúncia no Sul de Portugal for um ditongo, isso não deita abaixo o conceito que «no Sul de Portugal não existe o ditongo [ow]»? Obrigado.
A linguagem dos jovens
Eu sou uma leitora assídua do vosso site e antes de mais queria-vos dizer que já me ajudaram muito nestes tempos de vida académica sempre que preciso de uma ajuda no domínio da nossa língua. Neste momento queria-vos pedir ajuda para uma questão: eu gostava de saber que informações têm acerca da linguagem jovem, a linguagem que hoje em dia os jovens adoptam, não contando no entanto com a linguagem de Internet e SMS; eu falo de linguagem na oralidade. Ficava bastante agradecida se me ajudassem nesse assunto. Desde já um muito obrigado!
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