A pronúncia da palavra contexto
Um deputado, licenciado em Direito, pronuncia, na palavra contexto a sílaba -tex valendo tês. Todavia, o Dicionário Porto Editora confere à sílaba em questão a elocução –teis, o que está, aliás em consonância com texto, contextual, contextuação, etc.
Para mim, que sou ignorante nestas matérias, e, para mais sem a proeminência de ser deputado eleito da A. R., testo com aquela pronúncia só conheço na acepção: «tampa de vasilha», «cabeça», «chapéu».
Todavia, tendo em conta a proveniência do referido homem público, ficamos na dúvida se estamos na presença de uma variante insular açoriana, ou, pelo contrário, não passa de pura alarvice, isto na hipótese de que tenha completado no continente a sua instrução primária.
A pronúncia da palavra copular
Qual a pronúncia da palavra copular? Oiço tanto com /ó/, aberto (tendo em conta a raiz da palavra com o substantivo cópula) e com /u/, fechado (tendo em conta tratar-se dum o atónico).
Tou = estou
Para ilustrar o mais fielmente possível o modo mais comum de atender o telefone, o escritor optou por usar a forma "tou", em vez de estou.
A minha questão, sendo que é impossível contornar o uso desta "palavra", é se ela deve ser grafada com apóstrofo ("´tou") para ilustrar a contracção, ou sem apóstrofo ("tou"), uma vez que está em início de frase.
Obrigado.
A pronúncia da palavra patético
O a da palavra patético é aberto?
Sequências complexas
As sequências complexas tipo consoante + <r, l=""> <i, e,="" u,="" o=""> vogal, em português lusitano são pronunciadas geralmente C + /r, l/ + /j, w/ + V, ou também, numa fala mais lenta, C + /r, l/ + /i, u/ + V, com hiato entre as duas vogais finais. Por exemplo, apadroar é geralmente /apadrw`ar/, mas pode ser pronunciado também /apadru`ar/.
O que é que acontece em brasileiro, tendo em conta que o, interno à palavra, corresponde geralmente a /o/?
Outros casos:
abalroamento, abalroar, açafroal, açafroeira, acobreado, acreano, acrianço, adriático, alandroeiro, alcatroado, alcatroamento, altruísmo, ambliope, ambliopia, ampliar, apadroou, aproar, aproou, apropriar, apropriou, arbítrio, atroar, atroou, autodestruí, autodestruição, autodestruir, autodestruiu.
A pronúncia de es- e ex- + consoante
Conheço bem as diferentes realizações do prefixo ex- em Portugal, que dependem do som posterior (vogal, consoante surda ou sonora) e também da região (centro-setentrional/resto do país). Quanto ao Brasil, encontrei algumas informações contraditórias. Parece que êx-/ex- seguido de vogal é pronunciado normalmente [éz]/[ez] (êxito/exótico) (sem ditongo à diferença de Portugal). Quando seguido de consoante surda, pronuncia-se [és]/[es] (êxtase/expor), embora em posição átona se admita também a pronúncia [is] (expor). Pelos vistos no Brasil não se produz a ditongação na pronúncia deste prefixo. É assim em todos os casos? Qual seria no Brasil a realização padrão de ex- seguido de consoante sonora em palavras como ex-ministro? Seria [ez]/[iz]? Se for assim, não existe no Brasil, como em Portugal — estou a pensar sobretudo no Rio de Janeiro —, a realização com palatal surda (como o "ch" de chama) ou sonora (como o "j") para ex-/êx- quando seguido de consoante surda ou sonora, respectivamente?
Obrigadíssimo pela vossa resposta e os meus parabéns pela web.
Dúvidas quanto à pronúncia do s
Sou alemão, venho estudando PLE (português/língua estrangeira) há muito tempo. No entanto, tenho uma dúvida bem básica quanto à pronúncia do s.
Em alguma obra bem famosa (Paul Teyssier: Historia da Língua Portuguesa), pode se ler explicações tão bem elaboradas no que tange este problema, que desisti de entender estas explicações para a minha prática cotidiana de falar o português.
Mas, felizmente, achei uma elaboração bem mais sucinta do problema na Internet:
http://www.p-hh.de/index.php?page=100&id=1449
O que interessa a mim é saber quando um s simples (não sibilante, não chiado) é pronunciado como "z" (s sonoro) ou "s" (s surdo) respectivamente.
Temos vários casos listados a seguir:
a.) início de uma palavra: sempre "s surdo".
b.) entre vogais: sempre "s sonoro"
c.) no fim da palavra, próxima palavra começa com consoante: sempre "s surdo".
As minhas perguntas são as seguintes:
1.) O "s" no final da palavra pode ter a pronúncia alterada, se a próxima palavra começa com vogal?
(Por exemplo: «praias arenosas» e «praias tranquilas». O "s" em praia é sempre pronunciado da mesma forma, ou muda em decorrência da primeira letra da palavra que segue?)
2.) O "s" antes de consoantes no meio de palavras.
(Por exemplo: mesmo, o "s" aqui é "surdo" ou "sonoro", supondo um sotaque brasileiro sem chiado (região: São Paulo), ou mesmo se o "s" for chiado/sibilante (Portugal e muitas regiões no Brasil), a questão persiste, será esse som um som sonoro ou surdo?)
Espero ter colocado minhas dúvidas 1.) e 2.) em linguagem clara, correcta e concisa, para que estas possam ser esclarecidas e agradeço muito por uma resposta.
Supressão de sons finais (papel)
Comparando a pronúncia predominante da palavra papel com a fala de um cacique, "papéw" e "papé" respectivamente, é uma supressão de uma consoante final, ou uma supressão de uma vogal final? O que significa supressão?
A pronúncia de voo, enjoo, perdoo, etc.
Já é sabido que no Norte de Portugal se pronuncia riu e rio de maneira diferente ([riw] e ['ri.u], respectivamente), enquanto no Sul de Portugal são pronunciados da mesma maneira (ambos [ʁiw]). Surgiram-me então as seguintes dúvidas:
1 – Na palavra voo (e outras palavras como enjoo, perdoo, etc.), como é a pronúncia-padrão? É ['vo.u], ou [vow]?
2 – Como é que os lisboetas pronunciam: como ditongo, ou como hiato?
3 – E se por acaso a pronúncia no Sul de Portugal for um ditongo, isso não deita abaixo o conceito que «no Sul de Portugal não existe o ditongo [ow]»?
Obrigado.
A pronúncia do plural de horto
Gostaria de saber a pronúncia correcta para o plural de horto.
