DÚVIDAS

O futuro do subjuntivo referido a situações improváveis
Estou a tentar encontrar uma explicação para a utilização do futuro subjuntivo em situações em que o evento não é provável. Da minha pesquisa, a maioria dos locais que procurei têm uma definição semelhante a esta: «O futuro subjuntivo é utilizado para casos: acções que são prováveis, mas que ainda não ocorreram.» Mas depois é aceitável numa frase como: «Se eu ganhar uma lotaria, vou construir uma mansão.» Ganhar a lotaria não é uma possibilidade provável mas ainda assim o futuro subjuntivo é aceitável aqui. Não será esta uma situação em que, gramaticalmente, só deveríamos ser autorizados a utilizar o "pretérito imperfeito do subjuntivo"? Então eu queria saber até que ponto o futuro subjuntivo está ligado a acontecimentos prováveis? Muito obrigado pela sua ajuda.
Concordância de adjetivos compostos com cor
Em cores originadas de adjetivos compostos apenas o segundo elemento sofre a concordância nominal. A minha dúvida é se isso se mantém quando vem antecedido da palavra cor, como nos exemplos: "roupa na cor amarelo-esverdeada" / "vermelho-clara" / "azul-escura" etc. Ou seja, concorda em singular feminino, pois é antecedido da palavra cor, certo? Ou a cor ficaria invariável: «roupa na cor "amarelo- esverdeado" / "vermelho-claro" / "azul-escuro"» etc?
A coocorrência das duas formas de mais-que-perfeito (simples e composto)
Há alguma tendência para considerar o mais-que-perfeito simples «mais passado» do que o mais-que-perfeito composto ou vice-versa? Por exemplo: «O Manuel foi dar uma volta de automóvel; antes disso, tinha lavado o carro; ainda antes, estivera a pensar no que havia de fazer» ou «O Manuel foi dar uma volta de automóvel; antes disso, lavara o carro; ainda antes, tinha estado a pensar no que havia de fazer»? Obrigado.
O plural de inverosímil
Percebi recentemente que teria tendência a escrever "inverosímel" em vez de inverosímil. Intrigada, procurei encontrar uma explicação para esta tendência e percebi que, além de normalmente se pronunciar "inverosímel", o plural de inverosímil segue a regra de formação do plural das palavras terminadas em -el – inverosímeis. Esta constatação despertou-me a curiosidade pela etimologia da palavra, mas não encontro nada que justifique a terminação em -il com plural em -eis. Agradeço desde já uma eventual explicação, se a houver.
ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa