A expressão «poder-so-ia dizer», significando «poder-se-ia dizer isso», está correta? Acho difícil encontrar informação sobre essa fusão de pronomes (p. ex., como em «traz-mo»).
No livro Não é errado falar assim, Marcos Bagno menciona telefonema como substantivo de gênero variável. Eu nunca ouvi «a/uma telefonema» em Botucatu, SP, Brasil, sempre «o/um telefonema» (se se tornou feminino nestes últimos anos, não saberia dizer). Procurando no Twitter, noto que pessoas de várias regiões do Brasil usam, efetivamente, o substantivo como feminino, mas não só no Brasil, algumas em Portugal também, apesar de «o/um telefonema» continuar a ser a forma maioritária em ambos os países. Têm alguma informação a respeito?
Descobri recentemente que o título da obra de Homero, Odisseia, se refere à forma grega do nome do herói da obra. Li entretanto que Ulisses é forma latina. É verdade? Porque é que em português se usam origens diferentes para o nome do livro e para o nome do seu herói? Existe em português a forma grega do nome Ulisses?
Obrigado.
Ao apresentar uma lista de palavras formadas pelo sufixo -ança (abastança, chegança, chibança, chupança, cobrança, etc), Houaiss (2009) cita "constança". Ao buscar esta entrada tanto em Houaiss (2009) como também no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa da Academia Brasileira de Letras (2009), não encontrei nenhum resultado. Em ambos, apenas a forma constância. Assim, uma pergunta advém: a forma "constança" é inexistente no léxico comum da língua portuguesa?
Num sistema político em que o poder legislativo está dividido em duas câmaras, diz-se que é "bicameral", ou "bicamaral"?
Na expressão «não vos faz querer ler o livro», se eu quiser substituir «o livro» por um pronome pessoal, como devo proceder? Eu responderia «não vo-lo faz querer ler», mas estou em dúvida também com «não vos faz querer lê-lo». Qual das formas está correta (ou ambas são corretas)?
Agradeço a atenção.
Penso que já li todos os artigos do Ciberdúvidas sobre o plural de “curriculum”, mas em nenhum deles encontrei resposta para o seguinte: quem, em vez de dizer “os currículos”, prefere a forma latina “curricula”, não incorre em erro grotesco quando escreve expressões do género «os programas dos curricula» (em vez de «os programas curriculorum») ou «nos curricula deste curso» (em vez de «nos curriculis deste curso»)? Não seria mais coerente empregar sempre a forma portuguesa?
Qual é a origem do sobrenome Viríssimo?
Será que posso dizer «o cão está trás da igreja», em vez de dizer atrás, detrás, «por trás» e/ou «por detrás»?
Obrigada.
A palavra razia, com z, pode também aplicar-se ao acto de fazer uma tangente a um ciclista ou um peão no trânsito? Pesquisei [para saber] se existe a palavra "rasia" (que teria lógica, relacionada com a palavra rasar – «roçar, tocar ao de leve»), mas não encontrei.
Será correcto usar razia?
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