Gostava de saber como se deve pronunciar a palavra menu.
Penso, creio, que é mais correcto pronunciar "mènu", embora concorde que se deva dar preferência aos vernáculos cardápio ou ementa.
A forma "m´nu" é apenas um dos erros copiosamente fornecidos pelo "lisboês", dialecto espúrio da região de Lisboa (como "m´tadona", "P´nacova", "v´lhice", "cadav´res", "lid´res"), em que o pobre do e é assassinado a sangue-frio. Sugiro a reciclagem do "lisboês", com o "vermâlho", o "Luxamburgo", o "friu" e outras pérolas que tais. Trabalho ciclópico, mas altamente patriótico.
Gostava de saber se suspeição e suspeita são palavras sinónimas ou se, pelo contrário, têm sentidos diferentes.
«Ambiente de suspeição», «a suspeição à volta de…», «a entidade X investigada por suspeição de…» — são algumas frases mais ouvidas e lidas ultimamente nos órgãos de informação portugueses.
Será que já fizeram desaparecer da nossa língua a palavra suspeita, com o modismo da suspeição usado para tudo e para nada?
Tenho ouvido frequentemente o uso do adjectivo verbal carenciados, sem verbo. Porque não carecidos, do verbo carecer? Além deste, há sempre a possibilidade de usar carecedor ou carecente, termos racionais. Carenciado é que não!
O termo protetivo foi encontrado na seguinte obra: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Área de Saúde do Adolescente e do Jovem. Cadernos juventude, saúde e desenvolvimento, v.1. Brasília, DF, Agosto, 1999. 303 p. (http://www.adolec.br).
Pelo contexto, suponho que possa significar «adaptativo», «integrativo», uma vez que a «protecção» conduz a tal. Gostaria de saber a vossa opinião, já que o termo não consta do dicionário da língua portuguesa.
Qual é o antónimo de castiço?
Gostaria de conhecer o significado da palavra aléu, que é muito comum em Vila Real.
A minha dúvida prende-se com a palavra "Demenesteco", que faz parte da peça Auto Pastoril da Serra da Estrela, de Gil Vicente, onde, no verso 106, a personagem Parvo diz: «... fará mais um demenesteco.»
Não encontro respostas em lado algum! Agradecia que me esclarecessem. Obrigado.
Antes de mais, as minhas felicitações pelo trabalho magnífico que colocam à disposição de todos.
Sempre utilizei o adjectivo bizarro no sentido de estranho, fora do vulgar. No entanto, recentemente disseram-me que essa era a denotação anglo-saxónica da palavra, e não a portuguesa, que estaria ligada à ideia de nobreza ou arrogância. Consultei alguns dicionários e encontrei isso mesmo. Nenhuma referência ao conceito de invulgaridade.
Após consulta no Ciberdúvidas, constatei que os senhores utilizaram já o termo no sentido que indiquei anteriormente (confesso que a própria musicalidade da palavra me atrai e ligo-a instantaneamente à obscuridade e ao oculto). Qual é a vossa posição?
Gostaria de saber se a locução «à memória de» é mais correcta que «em memória de».
Em um concurso foi elaborada a seguinte questão:
«Considerando as funções sintáticas das orações apresentadas abaixo: "Permite chegar à abstração completa da realidade" e "Permite que se chegue à abstração completa da realidade" NÃO podem substituir-se porque são diversas.»
Pergunto: do que se trata [quando se diz] «serem diversas» as orações?
Grata.
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