Consultório - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Respostas Consultório Área linguística: Sintaxe
Filipa Leal Estudante Viseu, Portugal 1K

Gostaria de saber como classificam sintaticamente o constituinte «na faixa ocidental da Península Ibérica"» na seguinte frase:

«O galego-português era a língua falada na faixa ocidental da Península Ibérica.»

Ana Marques Estudante Lisboa, Portugal 2K

Gostaria de saber se o verbo ceder pode construir regência com a preposição em?

Muito obrigada.

João Pimenta Operador de loja Sintra , Portugal 2K

Estou a elaborar um projecto artístico de fotografia digital em que abordo o tema da saúde mental.

Escrevi o seguinte parágrafo:

«Cheguei à conclusão feliz de que pessoas que sofram de ansiedade, depressão, perturbações obsessivas, pensamentos suicidas – entre outros sensíveis problemas de saúde mental – encontram uma forma de se resgatarem desses cuidados para se sentirem melhores, quer seja através de expressão artística, quer pela meditação, terapia, etc. Doentes com uma frágil saúde mental resgatam-se a si próprias, salvando-se de formas diferentes. »

Assim, cruzei-me com a palavra remir e a sua definição: «resgatar, conseguir a libertação de outrem ou de si. = LIBERTAR, Livrar; tirar ou sair do perigo ou da condenação. = Salvar.»

Neste contexto, gostaria de esclarecer se a palavra remir pode ela, realmente, enquadrar-se na minha exposição anterior.

Julian Alves Estudante Roma, Itália 1K

Tanto em italiano quanto em espanhol há verbos cujo sujeito vem após o verbo, por exemplo:

1. «Mi piace il cioccolato.»/«Mi piacciono i cioccolati.»

2. «Me gusta el chocolate.»/«Me gustan los chocolates.»

Só que estes verbos piacere e gustar, quando têm como sujeitos verbos no modo infinitivo não mudam.

1.1. «Mi piace cantare e ballare.»

2.1. «Me gusta cantar y bailar.».

I. Eu gostaria de saber esta regra se funciona com o verbo português agradar, ou seja, se o verbo muda ou não, quando o sujeito é composto por verbos no modo infinito, como:

3.1. «Agrada-me dançar e cantar.»

3.2. «Agradam-me dançar e cantar.»

II. E se «agrada-me dançar e cantar» é o correto, por que o verbo fica no singular já que o sujeito é composto: «dançar e cantar»?

Desde já, muito obrigado.

Maria Novais Estudante Portugal 1K

Na frase «partiu-se um copo», o segmento «um copo» é um complemento direto ou sujeito?

A minha dúvida reside na possibilidade de a frase estar invertida (=«um copo partiu-se»), contudo penso que, na frase dada para análise sintática, «um copo» parece-me o complemento direto da frase, visto que os copos não se partem sozinhos, ou seja, alguém (ou uma entidade) tem de os partir.

Desta forma, posso considerar que a frase apresenta um sujeito nulo indeterminado do predicado «partiu-se um copo» («partiu-se» = «partiram/alguém partiu») e que «um copo» é complemento direto?

Muito obrigada.

Jorge Gonçalves Estudante Brasil 1K

Por obséquio, esclareça-me estas questões:

1. Na oração «Este cartão de crédito é importante para você», qual a função sintática da palavra importante e da expressão «para você»?

2. Nessa oração, o verbo ser poderia ser tratado como um «verbo transitivo direto e indireto» (pois quem é, é algo para alguém), de modo que a palavra importante seria objeto direto e a expressão «para você» seria objeto indireto?

Obrigado.

Francisco F. Souza Analista de Sistemas Fortaleza, Brasil 4K

Tenho dúvidas quanto à mais adequada colocação do hífen.

Em vez de escrever «Por toda a vida poder amar-te», eu gostaria de saber se poderia escrever: «Por toda a vida poder-te amar», ao que me foi respondido que sim.

Entretanto, surgiu-me uma nova dúvida: Nesse último caso, o sentido não ficaria diferente, já que o te, originalmente, refere-se a amar («amar a ti») e não a poder?

No Brasil, ele seria escrito «por toda a vida poder te amar», ou seja, em vez de uma ênclise em poder, seria uma próclise em amar.

Não sei se, gramaticalmente, essa colocação já seja "pacificamente" aceita como possível, embora seja bastante difundida na prática. Ela pareceu-me mais apropriada já que, ao que me parece, amar-te seria uma oração subordinada substantiva reduzida de infinitivo, em vez de formar uma locução verbal com poder. A mesma dúvida aparece em «tentar servir-te», etc.

Mais uma vez, grato pela atenção!

João Henriques Estudante Lisboa, Portugal 2K

Aprendi que se deve dizer "ozaviões", e não "ojaviões". Existe explicação formar para tal regra?

Obrigado.

Isabel Maria Pires Barbedo Professora Sintra, Portugal 1K

Na frase «a vós criou primeiro que os homens», gostaria que me dissessem qual a função sintática de «primeiro».

Muito obrigada.

Ricardo Madureira Professor Juiz de Fora, Brasil 4K

No período «Tendo em vista que os recursos são escassos, devemos economizar», «tendo em vista que» pode ser considerada uma locução conjuntiva, e a oração introduzida por ela, subordinada adverbial causal?

Explico minha dúvida: em «tendo em vista que», há um verbo (tendo). Uma locução conjuntiva pode conter verbo?

Segundo: não se trata de oração reduzida de gerúndio, pois há um verbo finito no primeiro período (são), então acabei não chegando à conclusão nenhuma.

Desde já agradeço pela atenção. Um abraço apertado a todos os irmãos unidos pela língua portuguesa!