A vírgula em frases relativas
Na frase que a seguir transcrevo, a vírgula é absolutamente necessária? Altera o sentido da frase se a omitirmos? «E a passagem da monarquia para a república não melhorou a vida da população, que se sentiu defraudada.»
Na frase que a seguir transcrevo, a vírgula é absolutamente necessária? Altera o sentido da frase se a omitirmos? «E a passagem da monarquia para a república não melhorou a vida da população, que se sentiu defraudada.»
Na frase apresentada pela consulente, a vírgula é necessária para separar a frase principal (oração subordinante) da frase secundária (oração subordinada relativa explicativa), de modo a clarificar o sentido enunciado.
Caso não se coloque a vírgula, poderemos ser levados a interpretar «que se sentiu defraudada» como acrescentando informação apenas sobre o antecedente, ou seja, que «a população que já se sentia defraudada (por razões anteriores não especificadas) não viu a sua vida ser melhorada pela passagem da monarquia para a república». No caso de usarmos a vírgula, a interpretação é: «a população sentiu-se defraudada porque a passagem da monarquia para a república não melhorou a sua vida», o que parece ser o sentido pretendido pela consulente.