Trago à vossa consideração duas questões.
QUESTÃO 1: Estabelecendo a Base XV do novo Acordo Ortográfico (AO) que se emprega o hífen «nas palavras compostas que designam espécies botânicas e zoológicas», não deveriam todas as palavras que designam espécies de maçãs (por exemplo, maçã-reineta) ser hifenizadas? Não encontro nenhuma palavra que designe espécies de maçãs no VOP (nem de peras: pera-rocha, pera-acabate, etc.). Qual a diferença em relação a feijão-verde (que nem umaespécie é…), batata-semente, couve-roxa, couve-galega ou abóbora-menina?
QUESTÃO 2: Relativamente aos pontos cardeais, diz o novo AO que se usa maiúscula «Nos pontos cardeais ou equivalentes, quando empregados absolutamente: Nordeste, por nordeste do Brasil, Norte, por norte de Portugal». Já a Convenção de 1945 diz que «Os nomes dos pontos cardeais e dos pontos colaterais (…) recebem, por excepção, a maiúscula, quando designam regiões: o Norte do Brasil; os mares do Sul; os povos do Oriente».
Tenho alguma dificuldade em interpretar o «absolutamente»… A noção de região esbate-se com o novo AO?
1. «Vou para o Norte, mas a minha mulher ficou no Sul… No sul de Espanha, devo acrescentar!»
As maiúsculas/minúscula parecem indiscutíveis.
2. «Vou para norte.» / «Viramos para sul.» / «Siga a direção norte!» / «Meca fica a leste.»
As minúsculas são adequadas? Se sim, como explicar a questão do «absolutamente»?
Finalmente, na generalidade dos guias diz-se que os pontos cardeais se escrevem com maiúscula quando designam regiões. Não vos parece ser esta uma “recuperação” do texto de 45 simplista e potencialmente incorreta como se pode constatar no exemplo “norte de Portugal”?
Obrigado.
Porque é que dói se acentua, e foi não?
Sou um estudante de Português.
Obrigado.
Qual a grafia que devemos usar em português para a capital da República da Estónia? Se em estónico, se escreve Tallinn, em português encontro grafias aportuguesadas (Talim e Taline) ou parcialmente aportuguesadas (Talin).
A palavra abestunto existe?
Deixem-me antes de mais deixar aqui os parabéns a todos os colaboradores e colaboradoras do Ciberdúvidas pelo excelente trabalho.
Quanto à minha questão, esta prende-se com a existência, ou não, de um espaço entre o texto e a categoria de símbolos de propriedade intelectual ou marcas de rodapé, ou seja, de símbolos ou itens em expoente como nos casos abaixo: marca ®, marca ™, excerto ©, rodapé ¹.
Desde já obrigado por qualquer eventual esclarecimento.
Recentemente surgiu uma dúvida relativamente à forma como se designam os animais invertebrados de corpo mole. Para mim, sempre se chamaram moluscos, mas têm insistido comigo que também é válida a designação "molúsculos". Não encontro nenhuma referência a "molúsculos" em dicionários. Gostava de saber se esta forma é válida, ou se se trata de um erro.
Obrigada.
Qual é a forma correta: «trabalho em Pinhal Novo», ou «trabalho no Pinhal Novo»? No fundo: quando se utiliza em, e quando se utiliza no?
Agradecido pela atenção.
Sabendo de antemão que no Ciberdúvidas este assunto já foi parcialmente tratado, gostaria, no entanto, que me fosse esclarecida esta dúvida: como designar um habitante de/do (?) Laus? Aparentemente, a forma Laos continua a ser amplamente usada, apesar de encontrar aqui no Ciberdúvidas indicações de que esta deveria ser substituída por Laus. Nessa mesma resposta, diz-se ser de evitar a forma "laociano", não se apontando, contudo, nenhuma forma correta alternativa. Será lau um gentílico válido? Ou lausiano? Muito obrigado pelo inestimável esclarecimento.
Em A da Gorda, povoação do concelho de Óbidos, o a é fechado, ou aberto? Embora não tenha acento gráfico, ouço pronunciar "à " . Qual a pronúncia correta?
Grata pela atenção.
Sei que não é a primeira vez que esta dúvida é exposta, mas, perante o que li aqui e noutros sítios, gostaria de ver esclarecido o seguinte: Se em Portugal a maioria das pessoas pronuncia "Egipto" (digo a maioria porque tenho perguntado às pessoas com quem me cruzo como pronunciam a palavra), por que razão nos pedem para escrever "Egito"? Tive oportunidade de ter uma cadeira de Introdução à Linguística, matéria que sempre me apaixonou, e não me faz qualquer sentido que seja a escrita a influenciar uma língua, quando é o contrário que tem vindo a acontecer desde que os povos começaram a comunicar. Ainda acreditei que se tratasse de uma má interpretação do Acordo Ortográfico, como acontece frequentemente com a palavra facto ou contacto, mas pelos vistos não é o caso. Não sou purista da língua e concordo com muitas das novas regras. Esta choca-me.
Obrigada pelos vossos esclarecimentos, que são sempre muito úteis, e por continuarem a defender este nosso património.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
Se pretende receber notificações de cada vez que um conteúdo do Ciberdúvidas é atualizado, subscreva as notificações clicando no botão Subscrever notificações