Li no Ciberdúvidas o seguinte excerto:
«Que o digam os revisores de livros e os copy-desques dos jornais.»
Aqui no Brasil se escreveria copidesques, por já ter sido adaptada graficamente há muito tempo. O mesmo não ocorre em Portugal, trata-se de uma daquelas adaptações pela metade como stresse, ou de um uso próprio/erro da autora do texto?
Obrigado por matarem a minha curiosidade.
Como é que se escreve gastro-resistente? Refiro-o quando falo de um comprimido, por exemplo. Assim, ou gastrorresistente?
Estou às voltas com uma questão recorrente, inserida no contexto do ambiente técnico (áreas médicas, de engenharia, química, biologia...), qual seja o do uso de termos originados em outros idiomas (particularmente o inglês) em nossos textos em português. O que vemos amiúde é a sua tradução literal (na melhor das hipóteses), sem obedecer a um padrão comum, o que acredito ser devido ao fato de o "tradutor" ser alguém de formação técnica e não um especialista no nosso idioma.
Neste contexto – e considerando que tampouco me considero especialista na língua portuguesa – gostaria de perguntar se conhecem referência para regra de tradução de termos em bioquímica. O termo específico para o qual procuro a melhor grafia em português é: methylenetetrahydrofolate reductase, e a tradução que estou adotando é redutase de metilenotetraidrofolato. Todavia, fui questionado acerca da possível existência de hífen no segundo termo, requerendo, portanto, a permanência do h: metilenotetra-hidrofolato ou metileno-tetra-hidro-folato.
Agradeço, desde já, vossa atenção e aproveito para parabenizá-los pelo belo trabalho.
Na resposta acerca da pronúncia de GNR, é dito que guê é nome alternativo da letra G. Aí está uma questão em que os entendidos não se entendem. Há quem pense assim, mas também há quem diga que o nome da letra G é gê, exclusivamente. É o caso de Rebelo Gonçalves e de Edite Estrela. Assim sendo, penso que a resposta deveria falar desta diversidade de opiniões e não dar como pacífico o nome alternativo de guê.
Uma questão que de vez em quando me tem assaltado (ufa!, antes assaltos destes...) é a da forma de grafarmos os nomes chineses, por exemplo, Feng, Chung, Shiang, Ming, Hong, Wa e outros. Ora, como pouco ou nada sei de chinês, fico com a impressão de que a "ocidentalização" dos nomes se processa de tal modo, que seja adequada à leitura por anglófonos, mas não por nós. Outro indício disso mesmo é o uso dos grupos sh e ch e da letra w, que soam, respectivamente, como "ch", "tch", se é que assim se pode indicar em português, e "u".
Quanto ao g final, em português escrever-se-ia Fengue, Chungue, Shiangue, Mingue, etc., mas isso ainda evidenciaria mais um g que não existe, mas que entretanto resulta bem para os anglófonos, pois para estes esses gg impõem uma nasalação final. Por exemplo, nas palavras inglesas doing ou spring, o g final é praticamente imperceptível. No alemão e no neerlandês, o g final também tem habitualmente um efeito análogo.
E mais: que me pareça, não existe o som "g" no fim das palavras chinesas: ao ouvir chineses a falar, não detecto esses sons baseados em g.
Não deveríamos então nós escrever Fem, Chum, Mim, Chiã ou Chiam, Tchum (com o grupo tch?), Uá e assim por diante? Ou devemos continuar a escrever «para inglês ver»?
Ora eis uma dúvida.
Muito obrigado antecipadamente pela atenção.
Gostaria de saber como se escreve: "expecturação", ou "expectoração"?
Qual a forma correcta de escrever a palavra sépsis? Com ou sem acento?
Gostaria de saber qual o significado de seja em questões de matemática como a citada a seguir: «Seja f a função definida por f(x) = (x - 2). Então f é igual...»
Se, nesse contexto, seja significar é, então não alteraria a pontuação. No entanto, se tiver o significado de «sendo» («sendo f a função...»), eu utilizaria uma vírgula antes de então.
Aguardo uma resposta. Grata.
Qual a diferença entre o uso de de certo e decerto?
A frase «eles irão decerto reunir-se» está correcta?
Qual é a expressão mais correcta: atarrachar, ou atarraxar?
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