DÚVIDAS

CIBERDÚVIDAS

Textos publicados pela autora

Consultório

«Fazer bem»: análise sintática

Pergunta: Na frase «o tomate faz bem à saúde», o advérbio bem terá a função de complemento oblíquo – o verbo é transitivo. Porém, na frase «sinto-me bem ao comer salada de tomate», o advérbio terá a função de predicativo do sujeito, já que se trata de um verbo copulativo. Estou a pensar certo? Obrigado.Resposta: O verbo fazer, à semelhança de outros verbos, pode ocorrer em diferentes estruturas sintáticas: – Verbo transitivo direto: a) «A cozinheira fez uma...

Consultório

A sintaxe de nascer

Pergunta: Na frase «ele nasceu em 1952», o sintagma preposicional («em 1952») deverá ser considerado complemento oblíquo, ou modificador do grupo verbal?Resposta: O verbo nascer é um verbo intransitivo, ou seja, não seleciona qualquer complemento, pelo que a expressão preposicional com valor temporal «em 1952» deverá ser considerada um modificador verbal. A sua omissão não gera agramaticalidade na frase: «Ele nasceu.» Eis alguns exemplos de verbos que partilham as mesmas propriedades do verbo...

Consultório

A sintaxe de vir

Pergunta: Na frase «O Rui veio com a irmã de autocarro», estamos na presença de dois complementos oblíquos?Resposta: O verbo vir rege um complemento preposicional com o valor semântico de origem (lugar de onde): (1)  «O Rui veio da faculdade.» Na ausência deste complemento, pode considerar-se que o meio de transporte o poderá substituir. Assim, na frase apresentada, estamos perante um complemento oblíquo apenas, desempenhado pela expressão «de autocarro». O grupo preposicional «com a irmã»,...

Controvérsias

Precariedade...
por mais que haja quem a ponha em causa

À volta do barbarismo “precaridade”

«Baseado nas fontes por mim adoptadas (Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, da Academia das Ciências de Lisboa, no S.O.S. Língua Portuguesa, da autoria de Sandra Duarte Tavares e de Sara de Almeida Leite – escreveu o provedor do jornal “Público”, na edição do dia 24/08 –, malogrei na convicção de que a forma correcta era “precariedade”. Afinal, as duas formas são admitidas.»...
ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de LisboaISCTE-Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa