Alexandre O'Neill (Lisboa 1924 – Lisboa, 1986) foi poeta e um dos fundadores do Grupo Surrealista de Lisboa. Desvincula-se do grupo a partir de Tempo de Fantasmas (1951), expressando o seu desagrado pelo rumo decadente em que o surrealismo mergulhara. A publicidade foi a maneira menos trabalhosa de ganhar sustento que o poeta encontrou, apesar de não criar nenhum vínculo afetivo com esta profissão. Fez da pátria e da crítica os seus temas mais constantes na poesia, editando, assim, A Ampola Miraculosa (1948), Poemas com Endereço (1962), Feira Cabisbaixa (1965), Portogallo Mio Rimorso (1966), Uma coisa em forma de assim (1985).
Alfredo Barroso (Roma, 1945), licenciou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e é cronista, jornalista, ex-deputado e ex-secretário do Estado português. Enquanto homem ligado à política, teve uma ação importante no Partido Socialista, tendo sido um dos seus fundadores. Dedicou-se também à escrita editando algumas obras, nomeadamente Poemas Rudimentares (1978), A Televisão que Tempos (1995), Guerras Limpas (2005), A Crise da Esquerda Europeia (2012).
Alfredo Farinha (Cimadas Cimeiras, 1925 – Estoril, 2009), foi um jornalista português do jornal «A Bola». Além de jornalista desportivo, Alfredo Farinha foi Precetor, Professor de Português, Latim e Inspetor Geral do Trabalho, dirigente do Grupo Desportivo Estoril Praia e vereador da Câmara Municipal de Cascais. Teve um papel importante no Clube Nacional de Imprensa Desportiva sendo um dos seus membros-fundadores. Em 2002 lançou o livro sobre futebol O Apagão.
Alice Vieira (Lisboa, 1943), licenciada em Filologia Germânica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, é jornalista e uma das mais importantes autoras portuguesas de literatura infantojuvenil Chocolate à Chuva (1982), De que são Feitos os Sonhos (1986), Se Perguntarem por mim, Digam que Voei (1997), Expressões com História (2012). Como jornalista trabalhou no Diário de Lisboa, Diário Popular e Diário de Notícias. Colaboradora na revista Audácia.
Alina Villalva (Lisboa, 1960), linguista portuguesa e docente no Departamento de Linguística Geral e Românica da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL). O seu percurso académico passa pela FLUL: Licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas – Estudos Portugueses e Franceses, completou mestrado em Linguística Portuguesa Descritiva e Doutorou-se na mesma área. Publicou um vasto trabalho na área da morfologia, sendo coautora de obras como Gramática da Língua Portuguesa (2003), Fonética, Fonologia e Morfologia do Português (1990). Preparou ainda trabalhos como: Pequenos Ensaios de Jornalismo Linguístico (2004), O Essencial sobre Formação de palavras (2004).
Cantora, compositora, guitarrista, produtora, cronista e ativista angolana. Pelos seus discos têm surgido parcerias com figuras das letras angolanas, tais como José Eduardo Agualusa, Ondjaki, Alda Lara ou Ana Paula Tavares. Mais informação disponível aqui.
Alípio de Freitas (Bragança, 1929 – Lisboa, 2017) – Alípio Cristiano de Freitas, de seu nome completo – foi padre em Portugal e revolucionário no Brasil durante a ditadura militar, promovendo o movimento camponês. Nos últimos anos dedicou-se ao jornalismo, à promoção e à direção de diversos movimentos sociais e associações cívicas, nomeadamente o Fórum Social Mundial, à Casa do Brasil, em Lisboa, de que foi um dos seu fundadores, assim como da Associação José Afonso (cantautor português que lhe dedicou a canção-bandeira pela sua libertação, como preso político dos mais torturados no Brasil desses tempos de chumbo). Dessa sua violentíssima experiência, publicou o livro Resistir É Preciso em 1981 (Editora Record, Rio de Janeiro), com reedição em Portugal, em 2017 (Âncora Editora). Na homenagem que lhe foi prestada ainda em vida, pelos seus 88 anos, foi publicado em Lisboa o livro Alípio de Freitas – Palavras de Amigos (Edições Pangeia). Mais informações aqui e aqui.
Almeida Garrett (Porto, 1799 - Lisboa, 1854), partiu em 1809 para os Açores aquando da invasão francesa. Em 1816, matriculou-se no curso de Direito em Coimbra e participou na revolução liberal de 1820. Após a Vilafrancada, refugiou-se em Inglaterra tomando contato com a literatura romântica (Byron, Shakespeare e Walter Scott). Em 1824 e 1826, publicou em Paris Camões e Dona Branca, os primeiros poemas do Romantismo português. Em 1826, regressou a Portugal onde se dedicou ao jornalismo. Voltou a exilar-se em 1828 em Inglaterra e foi nomeado cônsul-geral em Bruxelas. Após este período, regressou a Portugal onde se destacou na política e onde dirigiu o Teatro Nacional. Da sua obra, destacam-se: Lucrécia, de 1819; Romanceiro e Cancioneiro Geral, vol. I, de 1843; Frei Luís de Sousa, de 1843; Viagens na Minha Terra, de 1946; Romanceiro e Cancioneiro Geral, vol. II e III, de 1851, e Folhas Caídas, de 1853.
Álvaro Cidrais (Moçambique, 1967) foi, de 1998 a 2001, consultor da Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo. Licenciado em Geografia e Mestre em Geografia Humana, é, desde 2000, consultor da Associação Portuguesa de Enfermeiros para a Educação à Distância; assessor, gestor de projetos e coordenador do Instituto de Formação da FCUL e consultor do Instituto de Ciência Aplicada e Tecnologia. É coautor de dois livros com Xosé Manuel Souto (Universidade de Vigo): Planeamento Estratéxico de Mercadotecnia Territorial e História do Eixo Atlântico. Docente universitário na Universidade Lusíada de Lisboa.
Álvaro Garcia Fernandes é autor da Gramática-Prontuário da Língua Portuguesa
Álvaro Sousa da Silveira (Rio de Janeiro, 1883 - Rio de Janeiro, 1967), foi um filólogo, linguista, foneticista e lexicógrafo brasileiro. Em 1935, exerceu na Universidade do Distrito Federal do Rio de Janeiro e, de 1939 a 1953, tornou-se catedrático de Língua Portuguesa na Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil. De 1944 a 1954, foi Presidente da Academia Brasileira de Filologia e, a partir daí, presidente honorário. Da sua obra, destacam-se: Lições de Português (1921-1923); Trechos Seletos (1919); Textos quinhentistas (1945) e Máximas, Pensamentos e Reflexões do Marquês de Maricá (1858).
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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