Miguel Esteves Cardoso - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
Miguel Esteves Cardoso
Miguel Esteves Cardoso
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Nasceu em Lisboa em 1955. É doutorado em Filosofia Política, pela Universidade de Manchester, Inglaterra. Desde 2009 escreve diariamente no Público e, em 2013, passou a ser autor da Porto Editora, a quem confia a obra inteira. Publicou entre outros: A causa das coisas (1986), O amor é fodido (1994), A vida inteira (1995), Explicações de Português (2001). Mais aqui.

 
Textos publicados pelo autor
A iliteracia emoji
Os bonecos que nos calam

«Os emojis acrescentam. Não substituem. Usá-los pode ir além da preguiça e prejudicar a nossa capacidade de comunicarmos uns com os outros, calando-nos.» Assim se refere o escritor Miguel Esteves Cardoso ao uso dos emojispictograma usado em comunicações eletrónicas informais») nesta crónica incluída na edição de 7 de dezembro de 2021 do jornal Público.

“Jajar” é resistir
O advérbio na resposta a ordens

«O “jajar” é uma das grandes armas da nossa cultura. Ao “jajarmos”, fazemos com que o mandador pareça impaciente, tirânico, caprichoso e surdo.» Crónica da edição de 5 de dezembro de 2021 do jornal Público e assinada pelo escritor Miguel Esteves Cardoso, que, a propósito do uso do advérbio como resposta a ordens («já vou», «já ouvi», «já faço»), cria o verbo "jajar", um neologismo para denotar a atitude de quem acata uma ordem sem pressa e com má vontade. Mantém-se a ortografia de 1945 em que está escrito o original.

 

Consoantes de gato
Como caracterizá-las?

«Nem comento o despropósito de dizer que um gato, quando está zangado, se põe a bufar. Já não bastam as verdadeiras bufas dos gatos?» Afinal como podemos caracterizar os sons emitidos pelos gatos? Esta é a questão levantada por Miguel Esteves Cardoso nesta crónica publicada no jornal Público no dia 8 de outubro de 2021.

O placebo da letra
O gosto que dava ver os médicos a ecrever...

Os tempos em que os médicos escreviam à mão – e as saudades quando eles, «de caneta em punho, fazendo mais uma pergunta antes de começar a traçar o nome da poção mágica»  –, evocados nesta crónica do autor, no jornal "Público" do dia 30 de agosto de 2021. Manteve-se a grafia original, segundo a norma de 1945.

A gente organiza-se
Sardinhadas... afrancesadas

Crónica* do escritor Miguel Esteves Cardoso, parodiando o afrancesamento do popular prato português em Marselha: «Não, não eram emigrantes portugueses a falar. Era gente fina, arquitectónica,a dizer sardinades para impressionar.»

*in jornal Público do dia 7 de agosto de 2021- Manteve-se  a a norma ortográfica de 1945 do original.