Margarita Correia - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
Margarita Correia
Margarita Correia
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Margarita Correia, professora  auxiliar da Faculdade de Letras de Lisboa e investigadora do ILTEC-CELGA. Coordenadora do Portal da Língua Portuguesa. Entre outras obras, publicou Os Dicionários Portugueses (Lisboa, Caminho, 2009) e, em coautoria, Inovação Lexical em Português (Lisboa, Colibri, 2005) e Neologia do Português (São Paulo, 2010). Mais informação aqui. Presidente do Conselho Científico do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP) desde 10 de maio de 2018. Ver, ainda: Entrevista com Margarita Correia, na edição número 42 (agosto de 2022) da revista digital brasileira Caderno Seminal.

 
Textos publicados pela autora
A língua dos mapas ao contrário
O romance Jangada de Pedra e o Dia Mundial da Língua Portuguesa

«E, como a jangada de pedra [do romance de José Saramago], equidistante da América e da África (e também da Ásia), a nossa língua cai cada vez mais em direção a sul e que tudo tem para enriquecer os que a falam e ser um instrumento cada vez mais poderoso de diálogo e comunicação.» 

Crónica da linguista Margarita Correia publicada no Diário de Notícias de 2 de maio de 2022, na qual, a propósito do Dia Mundial da Língua Portuguesa, festejado em 5 de maio, se fala do romance Jangada de Pedra (1986), de José Saramago, como metáfora de um futuro mapa do português.

 

O cair das máscaras
Etimologia, a propósito da covid-19 e do 25 de Abril de 1974

«As palavras máscara em português e em espanhol, masque em francês e mask em inglês terão todas a mesma origem, i.e., a palavra maschera, com o significado de "rosto falso", atestada no século XIV, na obra de Giovanni Boccacio, autor que, tal como Dante Alighieri, era natural de Florença, berço da língua italiana.»

Artigo da linguista Margarita Correia publicado no Diário de Notícias de 25 de abril de 2022, no qual se aborda a etimologia da palavra máscara a propósito do levantamento da obrigação de usar máscara depois das fortes restrições aplicadas no quadro da pandemia de covid-19.

A ignorância é a mãe de todos os preconceitos
O desconhecimento da cultura cigana e da língua romani em Portugal

«Da história, língua e cultura das comunidades ciganas pouco ou nada conhecemos e essa ignorância é o principal alimento dos profundos preconceitos enraizados na nossa sociedade relativamente aos membros desta etnia.» A propósito do Dia Internacional das Comunidades Ciganas, festejado em 8 de abril, a linguista e professora universitária portuguesa Margarita Correia, salienta, em crónicas incluídas nas edições do Diário de Notícias de 11 e 18 de abril de 2022, um importante aspeto das culturas ciganas, a macrolíngua romani, pertencente à família indo-europeia e ao mesmo subgrupo em se enquadram o sânscrito, o hindi, o gujarate, e o concani, de Goa.

 

 A ciência em português e espanhol
As consequências nocivas da anglofonização na comunicação científica

«Se, por um lado, é certo que a anglofonização global da ciência é benéfica como ferramenta de colaboração, de pluralidade e de inclusão [...], é igualmente certo, por outro lado, que ela tem consequências nocivas para o desenvolvimento, como a exclusão de investigadores e académicos que não escrevem em inglês e o distanciamento das comunidades dos leitores, os próprios cientistas e os demais setores sociais, cada vez mais interessados e dependentes do conhecimento científico.»

Artigo de opinião da linguista Margarita Correia publicado no Diário de Notícias em 4 de abril de 2022, a propósito da publicação do O português e o espanhol na ciência: notas para um conhecimento diverso e acessível, apresentado Conferência Internacional sobre as Línguas Portuguesa e Espanhola, CILPE-2022 (Brasília, 16-18 de fevereiro), da Organização de Estados Ibero-americanos (OEI) e subordinada ao tema "Línguas, cultura, ciência e inovação". A autora sublinha a necessidade de incentivar a comunicação cinentífica nas línguas portuguesa e espanhola como forma de resistir à pressão do inglês.

Quando entenderemos devidamente o valor da educação?

«[...] [E]ncontrei candidatos a professores de Português muito bem preparados e motivados, que sonhavam passar o resto da sua vida profissional a ensinar. Infelizmente, muitos desistiram de o fazer, porque a sociedade e sucessivos governantes os foram escorraçando, ora destruindo a frágil carreira que tinham e aviltando-os aos olhos da opinião pública (anos 2000), quer aconselhando-os a emigrar, alegadamente por não serem precisos e sobrecarregarem o erário público (anos 2010).»

Artigo de opinião da linguista e professora universitária porrtuguesa Margarita Correia,  publicado no Diário de Notícias em 14 de março de 2022, a respeito das vicissitudes por que tem atravessado a formação de professores nas últimas quatro décadas em Portugal.