Marco Neves - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Textos publicados pelo autor
Qual é a língua mais antiga do mundo?
Continuidade e mudança linguísticas

«Qual é a língua mais antiga do mundo?» – é a pergunta que intitula e desencadeia as considerações que o tradutor, escritor e professor universitário Marco Neves escreveu no blogue Certas Palavras (02/08/2018) e mais tarde incluiu num livro de sua autoria, Palavras que o Português Deu ao Mundo: Viagens por Sete Mares e 80 Línguas, editado em 2019 (ver apresentação na Montra de Livros; manteve-se a ortografia do original transcrito, que não segue o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990).

E se falássemos todos a mesma língua?
Teríamos um um mundo mais pacífico?

«As diferenças entre línguas – escreve nesta crónica* o professor universitário e tradutor português  Marco Neves – picam a criatividade humana de maneira diferente. Só para dar um exemplo muito nosso: Camões nunca teria escrito Os Lusíadas noutra língua, pois o ritmo, o vocabulário e as rimas da nossa língua levaram-no por certos caminhos. No fim, criada a obra, pôde ser traduzida para as outras línguas. É apenas um exemplo, mas um exemplo que mostra como a diversidade linguística enriquece todas as culturas, através da faísca criativa do contacto entre línguas — e ainda através da tradução, que traz obras criadas numa língua, com a sua maneira de levar os falantes a dizer certas coisas, para as outras línguas. (...)»

Quem inventou o nosso alfabeto?
As origens das letras com que escrevemos o português

Longa história têm as letras com que se constrói a escrita. Provavelmente inventada pelos Sumérios, na antiga Mesopotâmia, terá sido, no entanto, a partir dos hieróglifos usados pelos Egípcios que os Fenícios souberam criar um conjunto de sinais que estão na base de grande parte dos alfabetos usados no mundo. Os Gregos deram o seu contributo com a criação de signos claramente vocálicos, e os Romanos definiram a forma da maioria das letras com que se escrevem muitas línguas contemporâneas, entre elas, claro, o português. Mas outras letras foram surgindo, como conta o tradutor e professor universitário Marco Neves no seu blogue Certas Palavras, num texto publicado em 13 de setembro de 2019, que a seguir se transcreve com a devida vénia (manteve-se a ortografia, anterior à do Acordo Ortográfico de 1990; todas as imagens provêm do original aqui transcrito).

Delícias do português numa boca alemã
Palavras engraçadas aos ouvidos de uma alemã

Há palavras e expressões que para nós, falantes de língua portuguesa, são perfeitamente banais. No entanto, para um falante de língua estrangeira, estas mesmas palavras e expressões podem ser engraçadas e, ao mesmo tempo, estranhas, tanto em percebê-las como em pronunciá-las. Neste artigo publicado originalmente no portal no Sapo 24*, o  professor  universitário e tradutor Marco Neves lista e explica  algumas destas palavras e expressões, depois de ter assistido em Lisboa a uma conferência comemorativa dos 30 anos de Português nas instituições europeias e do que nela contou uma funcionária alemã da Comissão Europeia.

* Crónica escrita conforme a norma anterior ao Acordo Ortográfico de 1990, disponível igualmente no blogue  do autor Certas Palavras, com a data de 1/09/2019.

A nossa língua no mapa de Espanha?
A relação dos portugueses com a situação linguística da Galiza

As listas de nomes de lugar associadas aos mapas de Espanha podem tornar-se desconcertantes para qualquer falante de português, porque nelas se encontram topónimos com pouco ou nada de castelhano, como «O Barco», «A Guarda», «Gondomar», «A Lagoa», «Cabana Moura» ou «O Reino». Será que a cartografia espanhola mostra especial deferência com a chamada lusofonia? Longe disso. A abundância de nomes "portugueses" deve-se à Galiza, onde existe um rico património linguístico que está na origem da própria língua portuguesa. Esta e outras surpresas galegas constituem o tema do texto a seguir transcrito com a devida vénia, da autoria do tradutor e professor universitário Marco Neves, que o publicou em 22 de outubro de 2017 no Sapo 24 (manteve-se a ortografia, anterior à norma de 1990).

Na imagem, a placa toponímica do lugar de A Igrexa (= igreja), na paróquia de Calo, no concelho de Teo (Santiago de Compostela, Galiza). Fonte: GaliciaPress.