A relação dos portugueses com a situação linguística da Galiza
As listas de nomes de lugar associadas aos mapas de Espanha podem tornar-se desconcertantes para qualquer falante de português, porque nelas se encontram topónimos com pouco ou nada de castelhano, como «O Barco», «A Guarda», «Gondomar», «A Lagoa», «Cabana Moura» ou «O Reino». Será que a cartografia espanhola mostra especial deferência com a chamada lusofonia? Longe disso. A abundância de nomes "portugueses" deve-se à Galiza, onde existe um rico património linguístico que está na origem da própria língua portuguesa. Esta e outras surpresas galegas constituem o tema do texto a seguir transcrito com a devida vénia, da autoria do tradutor e professor universitário Marco Neves, que o publicou em 22 de outubro de 2017 no Sapo 24 (manteve-se a ortografia, anterior à norma de 1990).
Na imagem, a placa toponímica do lugar de A Igrexa (= igreja), na paróquia de Calo, no concelho de Teo (Santiago de Compostela, Galiza). Fonte: GaliciaPress.