Marco Neves - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Textos publicados pelo autor
Almanaque da Língua Portuguesa
Uma coletânea de curiosidades da língua
Por Marco Neves

O Almanaque da Língua Portuguesa, a mais recente publicação do professor universitário e tradutor Marco Neves (das Edições Guerra e Paz), faz jus ao seu título. Um almanaque é, tradicionalmente, uma publicação de cariz anual que reúne itens muito diversificados associados a um calendário. Quem não se recorda do quase secular Borda d’Água com a sua compilação de pequenos textos da tradição (das adivinhas aos provérbios, entre tantas outras rubricas) e o seu calendário que aponta tanto as fases da lua, como festas e feriados, sem esquecer as preciosas indicações para as atividades agrícolas?

Almanaque da Língua Portuguesa propõe uma remodelação do conceito de almanaque, centrando-se, como o próprio nome assinala, na língua (e também na literatura) portuguesa. A publicação organiza-se segundo os meses do ano, 12 capítulos a que se juntam outros 4 dedicados às estações do ano e ainda um alusivo à passagem do ano (capítulo de abertura) e outro ao fim de ano (capítulo conclusivo). Em cada um dos doze capítulos principais, encontramos uma citação que inclui o nome do mês em questão, a explicação da origem do nome desse mesmo mês, um calendário com efemérides ligadas à literatura ou à história de um país de língua oficial portuguesa e a rubrica «Sabias que…», com curiosidades linguísticas. Em cada mês, o autor apresenta igualmente uma secção que trata dúvidas de natureza linguística, como a questão do uso do artigo com topónimos, a origem do português ou curiosidades como «Que animais se escondem na língua?» ou «Quem inventou as letras?» A obra inclui ainda a rubr...

A história da palavra <i>vírus</i>
Do tempo dos romanos até aos nossos dias

Vírus, a palavra mais usada nos últimos  tempos  no espaço  mediático, desde o aparecimento e propagação já à escala planetária do  COVID 19, chegou-nos do latim, mas foi pela descoberta de um cientista holandês, no final do século XIX, que muitas  «doenças eram transmitidas por qualquer coisa ainda mais pequena que as bactérias» – conta neste texto* o professor universitário, tradutor e escritor Marco Neves.

* Com o título original Qual é a origem da palavra «vírus»?, texto transcrito,  com devida vénia, do blogue do autor, Certas Palavras, no dia 8 de março de 2020 – escrito segundo a norma ortográfica de 1945.

Os 12 erros mais irritantes do português
Escolhidos pelos leitores do autor

Ao preparar o seu último livro , o tradutor Marco Neves pediu aos leitores da página onde publica textos sobre a língua para lhe dizerem quais são as palavras mais belas da língua, mas também as mais feias e ... os erros mais irritantes. Teve centenas de respostas, resumidas aqui em 12.

Viagem a bordo do S português
História de uma letra

Uma discussão com um dos seus filhos, levou o tradutor e professor universitário Marco Neves a investigar a origem da letra s. Um texto que este autor publicou no seu blogue Certas Palavras em 29 de janeiro de 2020 (mantém-se a ortografia original, a qual é anterior ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990).

ABC da Tradução
Por Marco Neves

Um livro* utilíssimo, com a vantagem de se ler num ápice, não só porque é um pequeno volume, mas também  – sobretudo – porque o estilo coloquial de Marco Neves tem uma ação pedagógica notável.

De estrutura ternária, este livro apresenta uma introdução de A a Z, que identifica sucintamente os principais temas e preocupações do trabalho de tradutor. Passa depois, na segunda parte, à descrição dos recursos, das ferramentas e das tarefas que constituem esta atividade, ao mesmo tempo que distingue os seus diferentes atores, dos tradutores aos gestores de projeto, não esquecendo quem faz revisão. A terceira secção, mais extensa, é dedicada às muitas armadilhas linguísticas que podem causar dissabores, embora muitas tenham de ser relativizadas como ónus natural da tradução.

O estilo de escrita é, sem dúvida, uma vantagem. É que, não sendo a exposição propriamente esquemática, a discussão das funções, das ferramentas e dos problemas é sempre feita quase em discurso direto, como se o autor estivesse presente e disposto a ajudar os leitores. A intenção é iminentemente prática; mas a linguagem utilizada e, ao longo do texto, a maneira como não se desiste de encontrar o lado acessível  do que é complicado conseguem cativar quem lê e quer perceber.

Em síntese, uma obra essencial para profissionais e leigos – e também dirigido a quem emite juízos apressados sobre traduções e legendagem, para aprender a moderar instintos de crítica infundada.

* Edição da Guerra & Paz

 
 

Cf.