. - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
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Textos publicados pelo autor
<i>Mundo do Português e o Português no Mundo afora:<br> especificidades, implicações e ações</i>
Por Maria Luísa Ortiz Alvarez, Luís Gonçalves (orgs.)

O Mundo do Português e o Português no Mundo afora: Especificidades, Implicações e Ações, com a organização dos linguistas Maria Luísa Ortiz Alvarez e Luís Gonçalves, é uma abordagem de sete especialistas em outros tantos sete domínios: Contextos e enquadramentos da língua portuguesa; As diásporas dos países de língua portuguesa e a sua herança cultural; Recursos, ferramentas e desafios dos programas de Português como língua de herança; Novos espaços do Português como língua estrangeira nos países de língua portuguesa; Contextos e desafios do ensino do Português no mundo; reflexões sobre o ensino e o aprendizado da língua portuguesa; e Ensino do Português e as novas tecnologias.

Entre esses sete contributos, conta-se o de anterior diretor executivo do Instituto Internacional da Língua PortuguesaGilvan Müller de Oliveira, com o trabalho "O sistema de normas e a evolução demolinguística da língua portuguesa".

Resumo  do artigo (na íntegra 

<i>Pequeno Dicionário Caluanda</i>
1001 termos da fala de Luanda explicados em português
Por Manuel S. Fonseca

Manuel S. Fonseca oferece-nos a obra Pequeno Dicionário Caluanda, assumindo o pioneirismo no concernente ao esforço em concentrar um conjunto de termos vocálicos utilizados nas falas de Luanda. É uma forma de enriquecimento terminológico da língua portuguesa, segundo o autor, conferindo-lhe humor, musicalidade, existindo prazer em utilizá-la. A fala característica de Luanda1 não é um facto novo, já há muito que se incrementou e ultrapassou fronteiras, tanto em Portugal como no Brasil, ou, até, em Moçambique. A sua afirmação crescente veio potenciar o interesse cada vez maior em estudá-la e conhecê-la e, por este motivo, esta obra tem toda a pertinência. Para o seu enraizamento e operacionalização têm contribuído a literatura, a música, a imprensa, redes sociais, blogues, caixas de comentários dos jornais angolanos online, mas, sobretudo, a atualização dada pelos falantes. Esta obra é «Um dicionário que privilegiou a comunicação, a troca lexical quotidiana dos angolanos, o modo como se fala, hoje, na rua e em casa».

Sendo a língua portuguesa o idioma oficial de Angola, mas também um elemento de unidade, de comunicação e cultura, a perspetiva de um povo e a prova material do seu pensamento, através do registo oral e escrito, o conhecimento de nova terminologia, que lhe dá um carácter próprio, é de suma importância para que se conheça o seu povo e a sua língua. Vocábulos como amigar (viver maritalmente), bala (dinheiro), banzo (espantado), besugo (um branco saloio), bitola (cerveja), bué (muito), bulir (trabalhar), caçula (o fil...

<i>Estudos de Semântica</i>
Por Purificação Silvano e António Leal (org.)

O livro Estudos de Semântica reúne um conjunto de textos relativos a alguns dos resultados de investigação realizada pelo grupo de semântica do Centro de Linguística da Universidade do Porto ao longo dos últimos anos. Os trabalhos reunidos abordam questões desde tempo e aspeto até referência nominal e quantificação, dando uma visão multifacetada do estudo do significado nas línguas naturais, em particular, no português europeu.

 

Gramática do Português
Por Eduardo B. Paiva Raposo et al.

Há muito aguardada – trata-se do resultado de um projeto iniciado em 2000 –, a publicação desta gramática impõe-se certamente em Portugal como o acontecimento mais marcante de 2013 em matéria de estudos gramaticais. Com edição da Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa) obra, constituída por três volumes (o terceiro volume ainda não se encontra disponível), apresenta-se como uma gramática de referência, tendo por objetivo fundamental a descrição a norma culta do português europeu, sobretudo encarado do ponto de vista sincrónico e abrangendo vários níveis estruturais – da sintaxe à semântica, da morfologia à fonologia. No entanto, não se julgue que esta obra se limita à variedade lusitana: os capítulos iniciais são dedicados à variação da língua não só no eixo histórico, mas também na sua dimensão geográfica, quer relativa à dialetologia no território atualmente português, quer nos países onde ela tem estatuto oficial, em especial no Brasil, em Angola e Moçambique. Mas a sua originalidade parece residir sobretudo no modo como se posiciona relativamente ao confronto (nem sempre pacífico) entre a gramática tradicional (ou prescritiva) e a gramática teórica; tal aspeto fica explicitado nas palavras de dois dos seus autores, membros também da comissão organizadora deste trabalho monumental:

«[…] [E]sta Gramática destina-se a um público culto, de nível de instrução acima da média, que nela pode obter informação actualizada e aprofundada sobre os principais temas da gramática do português. Não é uma gramática teórica, destinada apenas a especialistas em Linguística, nem uma gramática simplificadora, de tipo escolar.» [Maria Fernanda Bacelar do Nascimento (in 

Dicionário de Falares do Alentejo (3.ª edição)
Por Vítor F. Barros e Lourivaldo Martins Guerreiro

«Borracheiro», que – via Brasil – tem o sentido generalizado de «seringueiro», no Baixo Alentejo chama-se ao trator agrícola. Mais acima, em Évora, «borrego» também quer dizer «monte de palha». Mas em Reguengos diz-se do que a esposa, à sucapa do marido, tira da despensa (azeite, trigo, etc.), para, com a venda, obter dinheiro para ela. E «fineza», em Ferreira do Alentejo, significa proeza, façanha, valentia. Já em Beja, usa-se a expressão «já agora logo amanhã», equivalente a «deixa estar», «fica para mais tarde». E, em Marvão, «mandar o bacalhau» significa o mesmo que «ter poder sobre os outros».

Muitos mais outros termos e expressões típicos do Alentejo constam deste Dicionário de Falares do Alentejo, com a coautoria do professor de Português Vítor Fernandes Barros¹ e do publicista Lourivaldo Martins Guerreiro. Organizado nos moldes de um dicionário v...