v - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
v
v
3K

v

 
Textos publicados pelo autor
<i>Na Ponta da Língua</i>
Por Sérgio Luís de Carvalho

Na Ponta da Língua, do historiador português Sérgio Luís de Carvalho (editora Clube do Autor), reúne 200 palavras que «nos podem tornar um pouco mais cultos», no entender do autor.

A capa elucida o leitor sobre o contributo do acervo linguístico aqui reunido: «Mais de 200 palavras que ajudam a falar e a escrever melhor», uma seleção enriquecedora, que tem o objetivo de nos levar a ter a palavra certa na ponta da língua.

Estas palavras estão agrupadas e divididas segundo a época histórica da entrada na língua portuguesa. É um critério de arrumação que leva o leitor a um esclarecimento que se torna mais interessante do que a simples ordem alfabética, em jeito de dicionário.

Exemplificando, no 1.º capítulo, Pré-História e Classicismo, encontramos ortodoxia e epicurista; no seguinte, o da Idade Média, mendicante e apócrifo; no da Época Moderna, heliocentrismo e antropocentrismo; e, no último, Época Contemporânea, deparamos significativamente com proletariado e sufragista.

Todas as 200 palavras estão detalhadamente explicadas numa perspetiva histórica, cultural e linguística.

Pena a ausência de um índice geral e da bibliografia consultada na elaboração da presente obra, cuja temática tem sido objeto de interesse do autor, com tr...

<i>Coisas do Arco-da-Velha</i>
Por Jorge Esteves

Escrever uma obra sobre expressões idiomáticas e populares são coisas do arco-da-velha. Requer muito trabalho e pesquisa e, quando finalizadas, a sorte está lançada. Não se pode saber se terá sucesso ou se a montanha pariu um rato. Pode ser que agrade a gregos e a troianos, ou talvez não. Isso não são favas contadas. Mas de certeza que o autor andou numa roda-viva para a elaborar e, se tiver sucesso, provavelmente, o leitor ficará a lê-la até chegar a mulher da fava-rica, ou até queimar as pestanas.

Infelizmente, hoje em dia, as livrarias levam coiro e cabelo nos preços dos livros, apesar de, diga-se em abono da verdade, alguns livros terem sido redigidos mal e parcamente. Não quer isto dizer que se devia vendê-los por um prato de lentilhas ou por tuta e meia. O autor não se deve preocupar muito com a má-língua e deve mandar bugiar aqueles que só lhe querem fazer a folha. Alguns até não criticarão por mal, são mais do género maria vai com as outras, porém não é por isso que se vai mandar para o maneta a obra tão esforçadamente realizada. Com esta obra, não se meteu a lança em África, pois já vários autores escreveram sobre a temática, contudo, não devem meter o bedelho ou meter a colherada aqueles que nada percebem do assunto.

Todas estas expressões, e os respetivos significados, o leitor de Coisas do Arco-da-Velha

<i>Pragas e Falares do Algarve</i>
Por Ana Pereira, Diogo Simão, Filipe Pires, João Duarte, Marco Gago, Miguel Brito de Oliveira, Nuno Soares e Roberto Leandro

Pragas e Falares do Algarve é uma obra que se centra na linguagem própria dos algarvios e que contribui para o conhecimento do património linguístico regional português. Um livro com mais de 2000 significados, com termos e expressões carismáticas, mas também arcaísmos e gírias urbanas. Os artigos apensos, numa perspetiva sociolinguística e etimológica, procuram desenvolver explicações sobre vocábulos e expressões típicas.  

O livro tem uma apresentação diversificada com pragas do Algarve, histórias e poemas. Eis alguns termos e expressões que se poderão encontrar: «dar de vaia», «marafado», esgarrar a samerote», «moce d'um cabreste», «fezes», «bicoso», «griséus», «almareado», «Ah, Diéb! Quem dera vê-lo enterrade até ós ortelhes, mas de cabeça para baixe.», «feniscadinho», «lamber os cambeiros», «nevrinhar», «tem avonde», «Oh, maldeçoade dum cabrão, devias ter tanta sorte côm' u pêxe fora d' água!», «alcagoita», entre outros...

A falha de bibliografia revela-se uma falha importante numa obra que aborda uma temática que tem sido trabalhada por outros autores. Por exemplo: Dicionário do Falar AlgarvioOs Provérbios Estão Vivos no Algarve ou Subsídios para um Vocabulário Algarvio.   

 

<i>A Estrada de Cintra, Estudos de Linguística Portuguesa</i>
Por Ivo Castro

Ivo Castro escreve sobre estudos de linguística portuguesa em Imprensa Nacional-Casa da Moeda, julho de 2017. Apresentando uma diversidade de artigos redigidos ao longo dos anos enquanto professor da Faculdade de Letras de Lisboa, o autor faz uma compilação dos mesmos, seguindo critérios de apresentação pouco rigorosos, como o próprio admite, procurando uma sequência lógica baseada mais na sensibilidade para a sua sucessão do que em métodos rigorosos [«A disposição sequencial dos artigos foi uma complicação que não sei se resolvi bem. (…) … os artigos aí vão numa espécie de cortejo informal»]. Perante a panóplia de artigos que poderiam constar desta obra, a escolha recaiu sobre aqueles que o autor considerou mais recentes e documentados. 

A variedade temática mostra-se interessante e abrangente, começando por se apresentarem sínteses sobre Portugal, artigo que teve como destinatários principais estrangeiros ligados ou com interesse pelo país. Seguem-se artigos sobre a atualidade recente da língua portuguesa. Escreve-se sobre ortografia, a CPLP, e as expectativas económicas e internacionais da língua portuguesa. Vêm, depois, artigos sobre a Galiza e a sua relação linguística e histórica com Portugal.

A dificuldade da norma linguística é um assunto tratado nos últimos artigos, uma situação que o autor considera que ainda não está resolvida.  A obra finaliza com artigos sobre antroponímia. ...

<i>Mais Pares Difíceis da Língua Portuguesa</i>
Por Sandra Duarte Tavares e Sara de Almeida Leite

Dois anos depois de um primeiro livro sobre parónimos da língua portuguesa, Sandra Duarte Tavares e Sara de Almeida Leite desenvolvem neste novo volume mais 270 «pares difíceis» – e quantas vezes traiçoeiros – para o falante mais desprevenido. Por exemplo: qual a diferença de significado entre as palavras conceção e concessão? E em que contextos devemos usar os verbos avaliar e avalizar, ou os adjetivos lesado e lesionado? Esses são alguns dos pares difíceis da língua portuguesa cujas diferenças de sentido este livro procura esclarecer.

 «Pares difíceis», como lhes chamam muito apropriadamente as autoras, são palavras parónimas, ou seja, palavras com grafia e sonoridade muito semelhantes, mas com significados diferentes - tornando-se, por esse motivo, muitas vezes difícil utilizá-las de forma correta e adequada em todos os contextos.

«Esta segunda série – como se lhe refere Sandra Duarte Tavares – segue a mesma orientação do primeiro volume: de forma concisa e objetiva, não só explicita a diferença de significado entre certos pares de palavras que, a priori, parecem simples e até sinónimos (por exemplo, contagiar e contaminarruim e ruinososensível e sensitivo), como também elucida as diferenças de sentido entre outros vocábulos, menos usados em lingu...