v - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
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Textos publicados pelo autor
<i>Pragas e Falares do Algarve</i>
Por Ana Pereira, Diogo Simão, Filipe Pires, João Duarte, Marco Gago, Miguel Brito de Oliveira, Nuno Soares e Roberto Leandro

Pragas e Falares do Algarve é uma obra que se centra na linguagem própria dos algarvios e que contribui para o conhecimento do património linguístico regional português. Um livro com mais de 2000 significados, com termos e expressões carismáticas, mas também arcaísmos e gírias urbanas. Os artigos apensos, numa perspetiva sociolinguística e etimológica, procuram desenvolver explicações sobre vocábulos e expressões típicas.  

O livro tem uma apresentação diversificada com pragas do Algarve, histórias e poemas. Eis alguns termos e expressões que se poderão encontrar: «dar de vaia», «marafado», esgarrar a samerote», «moce d'um cabreste», «fezes», «bicoso», «griséus», «almareado», «Ah, Diéb! Quem dera vê-lo enterrade até ós ortelhes, mas de cabeça para baixe.», «feniscadinho», «lamber os cambeiros», «nevrinhar», «tem avonde», «Oh, maldeçoade dum cabrão, devias ter tanta sorte côm' u pêxe fora d' água!», «alcagoita», entre outros...

A falha de bibliografia revela-se uma falha importante numa obra que aborda uma temática que tem sido trabalhada por outros autores. Por exemplo: Dicionário do Falar AlgarvioOs Provérbios Estão Vivos no Algarve ou Subsídios para um Vocabulário Algarvio.   

 

<i>A Estrada de Cintra, Estudos de Linguística Portuguesa</i>
Por Ivo Castro

Ivo Castro escreve sobre estudos de linguística portuguesa em Imprensa Nacional-Casa da Moeda, julho de 2017. Apresentando uma diversidade de artigos redigidos ao longo dos anos enquanto professor da Faculdade de Letras de Lisboa, o autor faz uma compilação dos mesmos, seguindo critérios de apresentação pouco rigorosos, como o próprio admite, procurando uma sequência lógica baseada mais na sensibilidade para a sua sucessão do que em métodos rigorosos [«A disposição sequencial dos artigos foi uma complicação que não sei se resolvi bem. (…) … os artigos aí vão numa espécie de cortejo informal»]. Perante a panóplia de artigos que poderiam constar desta obra, a escolha recaiu sobre aqueles que o autor considerou mais recentes e documentados. 

A variedade temática mostra-se interessante e abrangente, começando por se apresentarem sínteses sobre Portugal, artigo que teve como destinatários principais estrangeiros ligados ou com interesse pelo país. Seguem-se artigos sobre a atualidade recente da língua portuguesa. Escreve-se sobre ortografia, a CPLP, e as expectativas económicas e internacionais da língua portuguesa. Vêm, depois, artigos sobre a Galiza e a sua relação linguística e histórica com Portugal.

A dificuldade da norma linguística é um assunto tratado nos últimos artigos, uma situação que o autor considera que ainda não está resolvida.  A obra finaliza com artigos sobre antroponímia. ...

<i>Mais Pares Difíceis da Língua Portuguesa</i>
Por Sandra Duarte Tavares e Sara de Almeida Leite

Dois anos depois de um primeiro livro sobre parónimos da língua portuguesa, Sandra Duarte Tavares e Sara de Almeida Leite desenvolvem neste novo volume mais 270 «pares difíceis» – e quantas vezes traiçoeiros – para o falante mais desprevenido. Por exemplo: qual a diferença de significado entre as palavras conceção e concessão? E em que contextos devemos usar os verbos avaliar e avalizar, ou os adjetivos lesado e lesionado? Esses são alguns dos pares difíceis da língua portuguesa cujas diferenças de sentido este livro procura esclarecer.

 «Pares difíceis», como lhes chamam muito apropriadamente as autoras, são palavras parónimas, ou seja, palavras com grafia e sonoridade muito semelhantes, mas com significados diferentes - tornando-se, por esse motivo, muitas vezes difícil utilizá-las de forma correta e adequada em todos os contextos.

«Esta segunda série – como se lhe refere Sandra Duarte Tavares – segue a mesma orientação do primeiro volume: de forma concisa e objetiva, não só explicita a diferença de significado entre certos pares de palavras que, a priori, parecem simples e até sinónimos (por exemplo, contagiar e contaminarruim e ruinososensível e sensitivo), como também elucida as diferenças de sentido entre outros vocábulos, menos usados em lingu...

<i>Cem Maneiras de Melhorar a Escrita</i>
Por Gary Provost

Gary Provost (1944-1995) conhecia bem a máxima de que escrever bem é pensar em primeiro lugar no leitor. Neste seu livro – Cem maneiras de melhorar a escrita, edição Guerra & Paz – o autor ensina a escrever qualquer tipo de texto de forma competente: mensagens informais, artigos de revista, propostas de negócios, trabalhos escolares, teses e até listas das compras! Ensina-nos a escrever melhor. Ponto.

Qualquer tipo de texto, independentemente das suas especificidades, é sustentado em pilares comuns, que são, do meu ponto de vista, centrais para chegarmos de forma eficaz ao nosso leitor. Sim, porque escrevemos para quem nos lê, e é isso que devemos ter sempre em conta. A clareza na comunicação é um desses pilares e Gary Provost sabe-o muito bem. Ele consegue contrariar o ditado «Olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço», porque ele faz exatamente aquilo que ensina neste livro: é claro na descrição dos conceitos, é claríssimo nos exemplos que dá. Quem o lê compreende imediatamente aquilo que lê. Escrever bem é isto mesmo. E faço minhas as palavras de Marco Neves, o tradutor desta obra na sua nota prévia: «Provost segue os seus próprios conselhos, deixando a sua personalidade em cada página deste livro.»

Ao longo dos 11 capítulos, o autor deixa-nos um conjunto de dicas e conselhos úteis para escrevermos com êxito. E antes de iniciarmos o processo da escrita, ele dá-nos um conselho precioso: ler, ler muito, ler bem. As palavras são, como sabemos, a matéria-prima da comunicação, portanto, a nossa comunicação será tã...

<i>Nova Peregrinação por Diversificadas <br> Latitudes da Língua Portuguesa</i>
Volume I (1968-1989)
Por Fernando Cristóvão

Recolhidas ao longo dos 21 anos da sua presidência no então ICALP (Instituto de Cultura e Lingua Portuguesa), Fernando Cristóvão reuniu neste primeiro volume os diários que foi escrevendo dessas impressões «pelas rotas da Lusofonia»

«Vinte e um anos (1968-1989) através do mundo – como assinala Annabela Rita, na introdução ao livro –, 28 viagens para 21 países (Alemanha, Argentina, Áustria, Brasil, Bulgária, China, Dinamarca, Dubai, Espanha, Estados Unidos da América, Finlândia, França, Hungria, Índia, Irlanda, Itália, Malásia, México, Polónia, Rússia, Tailândia), repetindo 5 (Alemanha, 2 vezes; Brasil, 3 vezes; Espanha, 2 vezes; França, 3 vezes, e Hungria, 2 vezes) e, frequentemente, com múltiplos lugares no país de destino (...). Pelos vastos e diversificados territórios da língua portuguesa (1968-1990) é a grande angular desta revisitação vinte e sete anos depois, a que outros se seguirão. E o ciclo “encerra” com o destaque de uma personalidade notável e tutelar na construção dessa cartografia lusófona: Agostinho da Silva, “furacão, verdadeiramente genial, de ideias extremamente originais e arrojadas”.»