Gary Provost (1944-1995) conhecia bem a máxima de que escrever bem é pensar em primeiro lugar no leitor. Neste seu livro – Cem maneiras de melhorar a escrita, edição Guerra & Paz – o autor ensina a escrever qualquer tipo de texto de forma competente: mensagens informais, artigos de revista, propostas de negócios, trabalhos escolares, teses e até listas das compras! Ensina-nos a escrever melhor. Ponto.
Qualquer tipo de texto, independentemente das suas especificidades, é sustentado em pilares comuns, que são, do meu ponto de vista, centrais para chegarmos de forma eficaz ao nosso leitor. Sim, porque escrevemos para quem nos lê, e é isso que devemos ter sempre em conta. A clareza na comunicação é um desses pilares e Gary Provost sabe-o muito bem. Ele consegue contrariar o ditado «Olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço», porque ele faz exatamente aquilo que ensina neste livro: é claro na descrição dos conceitos, é claríssimo nos exemplos que dá. Quem o lê compreende imediatamente aquilo que lê. Escrever bem é isto mesmo. E faço minhas as palavras de Marco Neves, o tradutor desta obra na sua nota prévia: «Provost segue os seus próprios conselhos, deixando a sua personalidade em cada página deste livro.»
Ao longo dos 11 capítulos, o autor deixa-nos um conjunto de dicas e conselhos úteis para escrevermos com êxito. E antes de iniciarmos o processo da escrita, ele dá-nos um conselho precioso: ler, ler muito, ler bem. As palavras são, como sabemos, a matéria-prima da comunicação, portanto, a nossa comunicação será tã...