Textos publicados pela autora
«Sei, porque sei», redundância?
Pergunta: Ao ser questionado sobre um conhecimento (adquirido naturalmente), eu respondi «sei, porque sei», querendo dizer que eu simplesmente sei, porque aprendi, sem esforço algum.
A minha colocação «sei, porque sei» foi recebida como erro da língua portuguesa. É uma redundância? Posso dizer?Resposta: A resposta que deu — «Sei, porque sei» —, querendo indicar que o que sabia o aprendera sem esforço, quase como se fosse uma aprendizagem feita naturalmente, é praticamente algo como o saber intuitivo (dos falantes) de que os...
Interpretação de excerto de Sermão de Santo António aos Peixes
Pergunta: No Sermão de Santo António aos Peixes, no primeiro capítulo, surgiu a seguinte pergunta: «Está o sal a cumprir a sua função? Justifica.»
Estou na dúvida, pois penso que é possível responder sim e não, uma vez que: «Ou é porque o sal não salga, ou porque a terra não se deixa salgar.»
Agradeço o vosso esclarecimento.Resposta: Se a pergunta é «Está o sal a cumprir a sua função?» e a resposta é uma frase disjuntiva em que são apresentadas duas alternativas em que se nega o poder do sal — «Ou porque o sal não salga, ou porque a terra não...
Sobre a regência de propor
Pergunta: Na frase «Este relatório não propõe nada [sobre? de? a? em? …?] como economizar nos custos energéticos», qual a preposição que o verbo propor deve reger?Resposta: A forma da frase que nos apresenta não está dependente de questões de regência do verbo propor.
Neste caso, estamos perante uma ocorrência do verbo propor como verbo transitivo — «não propõe nada», o que poderia ser substituído por «não propõe soluções», «não propôs modificações», «não propõe alternativas» —, uma vez...
«Em Porto Santo» e «no Porto Santo»
Pergunta: Surgiu uma dúvida sobre a contração da preposição em na seguinte frase:
«Ela vive em Porto Santo.»
Há quem defenda que se deve dizer «Ela vive no Porto Santo» (eu, por exemplo). No entanto, concordo que se diga «Ela vive em Machico».
Já tentei tirar a dúvida nas gramáticas, mas não fiquei elucidada. Gostaria que me explicassem.Resposta: Embora os nomes próprios sejam por definição individualizantes, o que deveria implicar a dispensa do artigo, «no curso da história da língua, razões diversas...
A e à + topónimos
Pergunta: Gostaria de tirar uma dúvida quanto à preposição a, quando utilizada em conjunto com o verbo ir.
«Fui a Lisboa», ou «Fui à Lisboa»?.
«Fui à Covilhã», ou «Fui a Covilhã»?
O acento agudo só será utilizado quando a cidade estiver no feminino? Qual a regra?Resposta: As formas corretas das frases são:
«Eu fui a Lisboa.»
«Eu fui à Covilhã1.»
Usa-se somente a preposição a, quando o nome da cidade (e de qualquer outro topónimo) não é originariamente um...
