Pergunta:
Tenho dúvidas relativamente à palavra remédio, se é grave ou esdrúxula. Diria que era esdrúxula, mas, como a sílaba -dio é dita como um todo, fico sem ter a certeza.
Agradeço que me esclareçam esta dúvida.
Resposta:
Remédio é, de facto, uma palavra esdrúxula (ou proparoxítona),1 pois a sílaba tónica recai na antepenúltima sílaba: re-mé-di-o (cf. Dicionário da Divisão Silábica, do Portal da Língua Portuguesa).
Relativamente à questão sobre -dio, faz-se a divisão silábica – di-o – das duas vogais finais da palavra, porque não pertencem a um ditongo decrescente2. É um caso de hiato, razão pela qual se separam duas vogais consecutivas.
Nota: Importa referir que, para a translineação, não se deve isolar uma vogal aquando da mudança de linha. Assim, na translineação das últimas sílabas, estas não se separam. Ficará, então, do seguinte modo:
remé-
dio.
1 Na verdade, trata-se de esdrúxulas ou proparoxítonas aparentes, segundo o Acordo Ortográfico de 1990 (Base XI, 2; sublinhado nosso): «Levam acento agudo: [...] b) As chamadas proparoxítonas aparentes, isto é, que apresentam na sílaba tónica/tônica as vogais abertas grafadas a, e, o e ainda i, u ou ditongo oral começado por vogal aberta, e que terminam por sequências vocálicas pós-tónicas/pós-tônicas praticamente consideradas como ditongos crescentes (-ea, -eo, -ia, -ie, -io, -oa, -ua, -uo, etc.): álea, náusea; etéreo, níveo; enciclopédia, glória; barbárie, série; lírio, prélio; mágoa, nódoa; exígua, língua; exíguo, vácuo.»
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