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Textos publicados pela autora

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«Frutos, dão-os as árvores», um caso de licença poética

Pergunta: Relativamente à expressão «Frutos, dão-os as árvores...» — no poema de Fernando Pessoa — gostava de uma justificação para que o pronome os não leve n, pois o verbo está conjugado com som nasal.Resposta: Qualquer outro discurso/texto que não seja literário está sujeito à norma, às regras gramaticais. Por isso, nesse tipo de texto/discurso (não literário), é exigida a forma «dão-nos», tal como a consulente sugere, uma vez que se trata de um caso em que a forma...

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A concordância com o constituinte relativo cujo

Pergunta: Encontrei um exercício que pedia para detectar a gramaticalidade/agramaticalidade das frases: a) «Os atletas, cuja perseverança e ímpeto levaram à final, serão recompensados.» b) «Os atletas, cujas perseverança e ímpeto levaram à final, serão recompensados.» Será possível explicarem-me a regra a aplicar nestes casos?Resposta: A primeira frase — «Os atletas, cuja perseverança e ímpeto levaram à final, serão recompensados» — está correta, pois respeita a norma gramatical que prevê a...

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Textos paraliterários

Pergunta: Gostaria de saber o que podemos considerar como textos paraliterários.Resposta: A partir do conceito de paraliteratura (para- + literatura) — que designa o «conjunto de textos que não se enquadra no consenso literário social propriamente dito (Por ex.: as revistas sensacionalistas, as letras de músicas, as novelas e telenovelas, as histórias em quadradinhos)» (Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, 2001) — retira-se o do adjetivo...

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«Carne de peixe»

Pergunta: Será que é correcto dizer «carne de peixe»?Resposta: É, de facto, correto dizer-se «carne de peixe», porque o termo carne designa, também, «parte musculosa comestível do corpo de certos peixes e crustáceos» (Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, da Academia das Ciências de Lisboa, 2001, assim como «parte suculenta e comestível de certos frutos» (idem), como se pode verificar pelos exemplos apresentados pelo dicionário citado: «O pargo tem uma carne muito...

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Modificador de frase e oração subordinante

Pergunta: Na frase «Provavelmente, vou a Lisboa», «provavelmente» constitui um modificador de frase. Se substituirmos o advérbio pela expressão «É provável que», esta desempenhará a mesma função? Grata pela atenção.Resposta: Com a substituição do modificador «provavelmente» pela estrutura «é provável que», a frase — «Provavelmente, vou a Lisboa» — passaria de simples a complexa — «É provável que vá a Lisboa» —, constituída por duas orações: «É provável» — oração subordinante; «que vá a Lisboa» — oração subordinada...
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