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A origem e o significado do topónimo Tará (Brasil)
Pergunta: Não muito distante do lugar onde moro, existe uma localidade cujo nome é Tará. Gostaria de saber tanto a origem como o significado desse topônimo.
Agradeço-vos imensamente!Resposta: Não encontro em obras de referência a etimologia do topónimo Tará («serra do Tará»). Contudo, em páginas da Internet, encontro alguma informação num sítio que parece dar algumas pistas:
TARAÍRA, chamada correntemente de traíra, mas que o correto deve ser taraíra, de significado desconhecido, mas tará significa peixe miúdo,...
Sobre o futuro do conjuntivo
Pergunta: Talvez, para mim, uma das formas mais intrigantes da nossa gramática seja o futuro do conjuntivo. Reparemos nas seguintes 4 frases.
1) Embora eu tivesse dificuldades, conseguia trabalhar.
2) Embora eu tenha dificuldades, consigo trabalhar.
3) Embora eu vá ter dificuldades, conseguirei trabalhar.
4*) Embora eu tiver dificuldades, conseguirei trabalhar.
Eu não sei a razão, mas a frase 4) me parece incorreta, e tenho a certeza de que nunca a diria substituindo-a talvez pela 3). O que se passa? É mesmo assim?...
A origem da palavra saudade
Pergunta: Eu gostaria de saber mais sobre a origem da palavra saudade. Vasconcellos, 1914, afirma que sua origem teria a ver com solidão, do latim solitas, e que teria incorporado elementos de «salvação», «saúde», «saudação». Há também uma hipótese que teria surgido do árabe. Os árabes haveriam traduzido a melancolia do grego (bile negra) para sua língua e a saudah (negro, preto em árabe) teria originado a saudade portuguesa. O que lhes parece? Será que a palavra teria sido consolidada em...
A pronúncia das consoantes /b/, /d/ e /g/
Pergunta: Tenho uma dúvida em relação à pronúncia das consoantes. Assim como em espanhol, onde existem os seguintes alofones:
/b/ -< [b], [β]
/g/ -< [g], [γ]
/d/ -< [d], [ð]
em português (especialmente o lusitano) também existem esses casos?Resposta: Existem, pelo menos, em grande parte dos dialectos do português europeu, incluindo a norma-padrão, em posição intervocálica. Segundo Maria João Freitas, "O conhecimento fonológico" (in Inês Duarte, Língua Portuguesa: Instrumentos de Análises, Lisboa,...
Outra vez a sequência pronominal «se o»
Pergunta: «Cada coisa é uma palavra. E quando não se a tem, inventa-se-a. Esse vosso Deus que nos mandou inventar» — Clarice Lispector (A Hora da Estrela).
No excerto acima, «não se a tem» e «inventa-se-a» são combinações incorretas de pronomes? Por que elas soam tão naturais e inteligíveis, se, de acordo com esta resposta, estariam supostamente incorretas?
Gostaria de um esclarecimento mais detalhado, por favor.Resposta: Pouco há a acrescentar ao que já se disse anteriormente. Geralmente, não se aceita a sequência formada...
