Ana Martins - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
Ana Martins
Ana Martins
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Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas – Estudos Portugueses, pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, e licenciada em Línguas Modernas – Estudos Anglo-Americanos, pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Mestra e doutora em Linguística Portuguesa, desenvolveu projeto de pós-doutoramento em aquisição de L2 dedicado ao estudo de processos de retextualização para fins de produção de materiais de ensino em PL2 – tais como  A Textualização da Viagem: Relato vs. Enunciação, Uma Abordagem Enunciativa (2010), Gramática Aplicada - Língua Portuguesa – 3.º Ciclo do Ensino Básico (2011) e de versões adaptadas de clássicos da literatura portuguesa para aprendentes de Português-Língua Estrangeira.Também é autora de adaptações de obras literárias portuguesas para estrangeiros: Amor de Perdição, PeregrinaçãoA Cidade e as Serras. É ainda autora da coleção Contos com Nível, um conjunto de volumes de contos originais, cada um destinado a um nível de proficiência. Consultora do Ciberdúvidas da Língua Portuguesa e responsável da Ciberescola da Língua Portuguesa

 
Textos publicados pela autora

Ainda: sobre alguns prós e alguns contras do Acordo Ortográfico e sobre os recursos disponíveis para bem escrever em função das novas regras.

 

Um estilo de redacção que capta audiências

O artigo anterior foi dedicado à detecção de marcas linguísticas do discurso tablóide. Um desses sinais é o recurso a um nível de língua coloquial ou familiar. A linguagem activada no texto da notícia é a linguagem usada pelos falantes comuns, quando comentam este ou aquele caso de polícia, este ou aquele escândalo. A linguagem dos tablóides encerra o retrato da sua própria audiência.

É consensual considerar que existe bom e mau jornalismo. Assume-se que o jornalismo pode oscilar entre o entretenimento e a informação séria, entre o sensacionalismo e o relato de factos relevantes. Mas este é um juízo que normalmente é apresentado como assentando no senso comum.

Artigo publicado no semanário "Sol" de 15 de Agosto de 2008, na coluna "Ver como se diz".

A "Lusa" publicou uma reportagem (30/07/08) sobre a grafia estropiada nos SMS e chats.

Quando somos crianças aprendemos a falar por imitação e interiorização de rotinas e padrões que instintivamente captamos na interacção com os adultos, em actividades sociais diversificadas. Antes de entrarmos para a escola já somos detentores de uma firme competência lexical e sintáctica.