Pelourinho "Idiomicídio", dizem eles O que é verdadeiramente escrever mal? Dizer mal? Os que falam em desrespeito intolerável pela língua são apodados de puristas, normativos, conservadores. Não raro, há crispações em torno do tema da fixação da norma e da aceitação dos usos. Os exemplos abaixo nada têm que ver com esse tema. São simplesmente casos em que o jornalista revela ignorar a estrutura da sua língua materna. «Seis algarismos apenas causaram o motivo da discórdia.» (DN, 5-5-07) — Devia estar: causaram a discórdia. Ana Martins · 12 de maio de 2007 · 5K
Pelourinho Quer… quer Notícia do Jornal da Tarde (RTP 1, 10 de Maio de 2007) sobre as investigações a propósito do desaparecimento de uma menina inglesa no Algarve: «As investigações prosseguem no terreno, com uma equipa de 180 inspectores da Judiciária, apoiada por 100 militares da GNR e por todos os elementos ... Maria Regina Rocha · 11 de maio de 2007 · 3K
Pelourinho «"Telégrafo" de profissão» Fusão de Reuters e Thomson cria maior agência noticiosa do mundo INÊS DAVID BASTOS As origens da Reuters João Alferes Gonçalves (1944 — 2023) · 9 de maio de 2007 · 3K
Pelourinho Traduções a martelo Pelos exemplos assinalados abaixo, se há guerra é ao português. E a pirataria, está visto, é de quem faz traduções assim a martelo, à boleia da Internet. A pirataria continua a ser o pão nosso de cada dia no mundo da Internet, dividindo duas opiniões distintas sobre ela e alimentando sucessivas batalhas no combate à actividade que é copiar ilegalmente. José Mário Costa · 8 de maio de 2007 · 4K
Pelourinho «Porque não?» (e não “por que”) Legenda no Telejornal da RTP 1 (5 de Maio de 2007), a propósito das eleições presidenciais em França, traduzindo-se uma interrogação retórica a respeito da vitória de um dos candidatos: «Por que não? Por que não?» Devia ter sido utilizado o advérbio interrogativo porque: «Porque não? Porque não?» Este advérbio, que significa «por que motivo», «por que razão», nunca tem os seus constituintes separados. Maria Regina Rocha · 7 de maio de 2007 · 4K
Pelourinho «Cuja participação estava prevista» Numa notícia do matutino 24 Horas, de 6 de Maio de 2007, sobre uma corrida relacionada com a luta contra o cancro, podia ler-se, a terminar: «Maria José Rita, que estava prevista participar na iniciativa, acabou por não poder comparecer.»Esta frase está deficientemente construída, pois não é a pessoa que «está prevista», mas a sua participação. Uma alternativa seria: «Maria José Rita, cuja participação na iniciativa estava prevista, acabou por não poder comparecer.» Maria Regina Rocha · 7 de maio de 2007 · 3K
Pelourinho Xaropada A PT lançou agora um anúncio com o slogan escrito assim: «XAMADAS A ZERO XÊNTIMOS PARA TODAS AS REDES FIXAS.» Uma das estratégias actuais do discurso publicitário é alterar a forma convencional de escrever as palavras para, criando uma analogia inusitada entre grafia, fonia e sentido, causar surpresa e provocar o riso. Uma vez definida bem a fronteira entre jogo e erro ortográfico, as charadas gráficas da publicidade em nada ferem o respeito pelas regras do código da escrita. Ana Martins · 5 de maio de 2007 · 3K
Pelourinho Acorrer à ocorrência 2007-05-03 - 02:00:00 IC17: Colisão mata mulher e fere três Uma mulher de 26 anos morreu ontem numa colisão entre cinco veículos no IC17, perto do Odivelas Parque. O acidente, que fez mais três feridos graves, deu-se por volta das 16h00. Ocorreram ao local os Bombeiros Voluntários da Amadora, com cinco veículos e 13 elementos. José Mário Costa · 4 de maio de 2007 · 4K
Pelourinho O advérbio melhor, em vez da locução mais bem Três exemplos da utilização do advérbio melhor em vez da locução mais bem: 1) [Notícia do Jornal da Tarde da RTP 1, de 3 de Maio de 20007, sobre as eleições intercalares para a Câmara de Lisboa] «O PS encomendou uma sondagem para saber quem está melhor colocado.» Maria Regina Rocha · 4 de maio de 2007 · 7K
Pelourinho «O moral (e não "a" moral) das tropas britânicas no Iraque» Peça no Jornal da Noite da SIC (30 de Abril de 2007), sobre a mobilização do príncipe Harry de Gales1 para o Iraque: «[Uma] corrente de opinião defende o envio de Harry como uma forma de aumentar a moral das tropas britânicas, numa fase em que o conflito em território iraquiano parece cada vez mais longe de uma vitória.» Maria Regina Rocha · 2 de maio de 2007 · 3K