Pelourinho Titulando Há uma arte de escrita de títulos nos jornais? Há. O título designa, identifica, descreve e aponta para o conteúdo global do texto de que é porta-estandarte. O título tem de ter autonomia, tem de ser inteligível por si só e, ao mesmo tempo, instigar à leitura, criar a necessidade de ir buscar informação suplementar ao corpo da notícia. Ana Martins · 23 de junho de 2007 · 3K
Pelourinho Uma alcofa na alcova O presidente do FC Porto foi traído por uma gralha. Sendo pessoa culta e partindo do princípio de que os jornalistas não dão erros ortográficos, só uma gralha justifica a comicidade do caso. Entrevistado pelo Público, o presidente campeão teoriza sobre as relações entre o Ministério Público e os media e avança com uma analogia histórica: «Algo semelhante entre o que se passava na corte francesa (...).» Voici a parte culta. Leonor Pinhão · 19 de junho de 2007 · 5K
Pelourinho A persistente confusão do por que, em vez do porque interrogativo Mais um exemplo da incorrecta utilização do por que, em vez do advérbio interrogativo porque:«Pai de Nani explica por<span style="b... Maria Regina Rocha · 19 de junho de 2007 · 2K
Pelourinho «89% dos formandos» é um sujeito plural No Telejornal (RTP 1) do dia 17 de Junho p. p., foi transmitida uma notícia sobre uma academia de formação em Palmela, tendo o apresentador referido que quase 90% dos formandos têm emprego logo que terminam os cursos. Foi aqui bem utilizado o predicado («têm», «terminam»), em concordância com o sujeito plu... Maria Regina Rocha · 19 de junho de 2007 · 3K
Pelourinho A Academia dos Amadores de Inglês O Verão será a “silly season” para os jornais1, mas alguns jornalistas insistem em estendê-la ao ano inteiro. É o caso do autor desta notícia do Record em linha, que se atreve a escrever em inglês sem um domínio mínimo da língua. João Alferes Gonçalves (1944 — 2023) · 16 de junho de 2007 · 4K
Pelourinho Flexi quê? Poul Rasmussen, actual líder do Partido Socialista Europeu, esteve em Lisboa e falou de um novo modelo laboral denominado flexissegurança — ou flexigurança ("flexisegurança" é erro ortográfico). Ana Martins · 16 de junho de 2007 · 3K
Pelourinho «Porque ( e não “por que”) não?» Persiste a confusão entre o emprego de porque e por que, nomeadamente na legendagem de filmes ou séries de televisão. Foi o que aconteceu num recente episódio da série 24 (RTP 2, 13 de Junho p. p.), onde podiam ler-se as seguintes frases: «Por que não?»; «Por que fazes tantas perguntas?»; «Por q... Maria Regina Rocha · 15 de junho de 2007 · 35K
Pelourinho Imputabilidade ≠ inimputabilidade Na página 5 da edição de 14 de Junho p. p. do jornal 24 Horas, pode ler-se o seguinte título: «Pedido de imputabilidade de assassino de menina foi aceite.»Significa este título que teria ha... Maria Regina Rocha · 15 de junho de 2007 · 3K
Pelourinho O corpo e "a óssea" 14 de Junho 2007 Encontrado corpo de bombeiro que caiu ao rio Douro O corpo do jovem, de 18 anos, foi recolhido às 8h15 e encontra-se no centro de saúde de Cinfães, aguardando a chegada do delegado de saúde e do procurador do Ministério Público, autoridades que deverão pronunciar-se sobre a eventual autópsia. .......................................... Mais de milhão e meio de portugueses sofre de dor crónica Ana Martins · 14 de junho de 2007 · 3K
Pelourinho Fratricida (e não “fraticida”) «Pior mesmo que a queda do Governo é esta luta fraticida levar à ruína da própria Autoridade Palestiniana (…)», referia-se numa reportagem do Jornal Nacional da TVI, de 13 de Junho p. p., sobre a iminência de guerra civil na Faixa de Gaza, citando o ministro da Informação palestino.Luta fratricida era o que deveria ter sido dito, pois esta palavra provém do latim fratricida, formada de frater, fratris, que significa «irmão», e do verbo caedo, que significa «cortar», «deitar abaixo», «matar». Maria Regina Rocha · 14 de junho de 2007 · 6K