A IKEA já antes se envolvera num anúncio polémico na China, considerado sexista e retirado com um pedido de desculpas.
Desta vez, foi em Lisboa e no Porto, com um outdoor de promoção a uma estante de livros com a legenda «Boa para guardar livros. Ou 75.800 euros*» numa alusão explícita a um caso judicial, a Operação Influencer, envolvendo o antigo chefe de gabinete do demissionário primeiro-ministro António Costa.
«[Tapetes] para se aquecerem coligados», «[edredões] puxados à inflação» e uma manta promovida com o mote «a nossa geringonça para o frio» são outros três cartazes relacionados com esta campanha publicitária da multinacional sueca do mobiliário e da decoração que logo se tornaram virais nas redes sociais, com as reações e comentários ora críticos ora favoráveis quanto ao envolvimento da IKEA no atual período eleitoral em Portugal e o correspondente debate partidário.
Com bem menos humor e criatividade estiveram os noticiários televisivos na recorrente prolação /IKEIA/, em vez de /IKÊA/.
* 75 800 euros, sem ponto e com espaço, tal como prescreve a Norma Portuguesa n.º 9 sobre a grafia dos grandes números em português.
Cf. 20 ações de marketing que saíram pela culatra em 2017 + «Um palavrão de todo o tamanho». Campanha da Primor gera polémica + «Até António Costa deve achar graça»: a campanha do IKEA sobre a Influencer é politizada, arriscada ou só bem-humorada? E que impacto terá? + IKEA exagerou + Publicidade da IKEA já deu queixas na CNE + Ikea: saber ler o contexto para lá do contexto