Pelourinho // Mau uso da língua no espaço público «"Afim de" obter a minha licença de piloto» «Lembro-me que, quando era pequena, colecionava fotografias de vários aviões de combate, enquanto as outras meninas colecionavam bonecas! Acabei por desistir da escola muito cedo. estudei mais tarde, afim de obter a minha licença de piloto.» "Mélanie Astles [...] 'O meu lugar é no meio das nuvens'", Metro, 4/03/2016 A presença feminina no Red Bull Air Race é novidade, demonstrando que os altos voos não são propriedade exclusiva dos homens. E a entrevistada, Mélanie Astles, surge descontraída a falar da sua paixão, pilotar aviões, remontando à sua infância para a explicar e afirmando que «O meu lugar é no meio das nuvens». O sonho de pilotar um jato foi posto de parte, apelidado mesmo de impossível, apesar de Mélanie ser uma mulher de armas, cingindo-se, por isso, aos aviões antigos e desportivos que lhe transmitem sensações de medo, prazer e desafio. (...) Filipe Carvalho · 16 de março de 2016 · 3K
Pelourinho // Mau uso da língua no espaço público Contacto, e não "contato" «Dirija-se à caixa automática para pagamento ou contato com a EMEL». Um destes dias, no parque de estacionamento junto à estação de Metro de Entrecampos, em Lisboa, dei com o aviso da EMEL, cujo texto se reproduz acima. (...) Paulo J. S. Barata · 16 de março de 2016 · 20K
Pelourinho // Mau uso da língua no espaço público Aquela ou àquela? «Pelo que li, Jorge Ferreira está de consciência tranquila quantoaquela arbitragem que fez no jogo Paços [de] Ferreira-Benfica.»A Bola, 26 de fevereiro de 2016, p. 43. Não é «aquela arbitragem» mas «àquela arbitragem». (...) Paulo J. S. Barata · 1 de março de 2016 · 37K
Pelourinho // Mau uso da língua no espaço público "Acessor", ou assessor? «Antes de ser acessor de Cavaco, David Justino foi ministro da Educação de Durão Barroso.»Público, 14/02/2016, p. 9. Se o jornalista que legendou a imagem já tivesse sido assessor de imprensa, por certo não escreveria "acessor"… Paulo J. S. Barata · 22 de fevereiro de 2016 · 46K
Pelourinho // Mau uso da língua no espaço público "Cocho"?!... Falava-se de exames, de ensino, de retenções, de dificuldades em língua portuguesa, da necessidade de ditados para conhecer e fixar a grafia, e eis senão quando aparece a legenda: «A partir do momento em que acaba o ciclo dos primeiros quatro anos, ou o aluno sabe, ou vai andar cocho» ("Princípio da Incerteza", RTP3, 13-02-2015), (...) Paulo J. S. Barata · 17 de fevereiro de 2016 · 4K
Pelourinho // Mau uso da língua no espaço público «Alguém lhos "tiram"»?!! «Serena e o dorminhoco Djokovic com os troféus do Open da Austrália do ano passado. Alguém lhos tiram das mãos?» Diário de Notícias, 17/01/2016 «Alguém lhos tiram»?!! (...) Guilherme de Almeida · 29 de janeiro de 2016 · 3K
Pelourinho // Mau uso da língua no espaço público Nada de encontros, só encontrões. Até na Caála «Peixeirada de baixo nível» foi como o jornalista Rui Santos comentou certeiramente a entrevista do presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, no espaço de debate da TVI 24 Prolongamento, depressa resvalada para um feiíssimo confronto pessoal com um dos participantes do painel, “o representante” do clube rival Benfica. José Mário Costa · 7 de outubro de 2015 · 3K
Pelourinho // Mau uso da língua no espaço público O fantasma dos “biliões” na economia angolana Aqui há dias, juntou-se à grelha de programas da TPA um “Especial Informação” e, como se previa, os fantasmas voltaram à acção. A princípio, o debate parecia muito monótono, dava tempo para tirar água às azeitonas, pois nada se perdia. Era fatídico, até mesmo para os olhos, assistir àquele painel de blá-blá-blá... Lénio Gomes António · 8 de julho de 2015 · 3K
Pelourinho // Mau uso da língua no espaço público Ai, os "PALOPs"! Um caso de errada pluralização de uma sigla Os PALOPs — um caso de errada pluralização de uma sigla que já corresponde a um sintagma no plural, neste apontamento do jornallsta José Mário Costa. José Mário Costa · 29 de setembro de 2014 · 7K
Pelourinho // Mau uso da língua no espaço público Notícia do desassossego «Como os seus serviços já não eram precisos, eles foram de férias, descansados da vida e com a cabeça desassossegada. Porque ao contrário do que se passara no último verão, este seria paradinho, quase mortiço [...]». Expresso, Primeiro Caderno, 9 de agosto de 2014, p. 38. Paulo J. S. Barata · 2 de setembro de 2014 · 4K