O uso indevido de cedilhas (...voçês...), erros ortográficos (espetativa, albarroados, presional, recenceado…), redundâncias escusadas (... há anos atrás...), a confissão entre aterrar e alunar, a incorreção recorrente no emprego do bilião, do quadriplicar e dos particípios passados duplos, como o aceitado e o aceite, estiveram em foco no programa Voz do Cidadão, do Provedor do Telespetador da RTP, Jorge Wemans – emitido no dia 2 de fevereiro de 2019 e disponível aqui.
Os esclarecimentos ficaram a cargo da professora Sandra Duarte Tavares, com as recomendações tradicionais nestas circunstâncias: uma revisão atenta dos textos e a consulta rotineira de dicionários e prontuários. Já o responsável do programa adiantou três propostas para a diminuição dos «múltiplos e demasiado frequentes» erros no uso da língua portuguesa nos diversos canais da televisão pública portuguesa:
1. O fim da «impunidade dos que erram», passando a ser chamados à atenção sempre que isso aconteça – com «soluções casuísticas para os reincidentes sistemáticos».
2. A divulgação «entre todos os que escrevem e falam nos ecrãs da RTP uma curta síntese semanal das asneiras divulgadas e da forma correta que devia ter sido usada nesses casos.»
3. A obrigatoriedade do recurso ao corretor ortográfico para os que trabalham com o inserçor de caracteres e a «revisão por outros olhos de tudo o quanto aí se escreve.»
Voz do Cidadão, 2/02/2019