Acordo Ortográfico - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Português na 1.ª pessoa Acordo Ortográfico Controvérsias
Questões relativas ao Acordo Ortográfico.

PRECISÕES INICIAIS:

1. O novo acordo ortográfico designa-se por acordo de 1990, data de assinatura de todos os países que o subscreveram, e não erroneamente de 1991, data da ratificação inicial de Portugal. Compreende-se que assim seja, para unificar o título; caso contrário, poderia ter diferentes designações no universo da língua, consoante a data das ratificações dos diversos países.

O Acordo Ortográfico não diz respeito apenas à leitura e não envolve só portugueses e brasileiros. Leio em declarações recentes de Maria Lúcia Lepecki o seguinte: «Sempre achei que o Acordo Ortográfico não é preciso; um brasileiro lê perfeitamente a ortografia portuguesa e um português lê perfeitamente a ortografia brasileira.» Salvo o devido respeito por aquela minha prezada colega, acho a afirmação escassa.

O dr. Vasco Graça Moura e outras pessoas sensatas fizeram o erro de atacar o Acordo Ortográfico luso-brasileiro em pormenor. A essência dessa monstruosidade acabou por se perder numa discussão técnica por que ninguém se interessa e que ninguém consegue seguir. A essência da questão é, ...

O Prémio

Não percebo a crítica que Vital Moreira faz ao meu último artigo no seu blogue Causa Nossa. Diz ele que tanto o Acordo como o Protocolo Modificativo foram ratificados pelo Brasil, Cabo Verde e S. Tomé e Príncipe e por isso «já estão juridicamente em vigor em relação a esses três Estados». Mas diz também que Portugal já tinha ratificado o Acordo em 1991 «que não chegou a entrar em vigor por não ter sido ratificado por todos».

O acordo ortográfico outra vez

Nesse excelente serviço prestado a todos os utentes da língua que é o Ciberdúvidas da Língua Portuguesa podemos ler vários artigos que discutem o novo acordo ortográfico. O grosso dos argumentos a favor e contra parecem situar-se em dois grupos.

Estou certa de que a maioria esmagadora dos portugueses continua a não entender o que realmente se passa relativamente à questão do famoso Acordo Ortográfico assinado em 1991. Para muitos, o último episódio do ‘processo Acordo Ortográfico’, protagonizado pelo PR durante a recente viagem ao Brasil, publicitando uma decisão do Governo, terá significado que, por fim, o dito acordo entrou em vigor. Ora, tal não é verdade. (...)

No enredo do Acordo Ortográfico todos estão a desempenhar um mau papel.

O texto do Acordo em si tem contradições, omissões e instabilidade de critérios, já notadas logo desde 1986. Para além disso, permite manter muitas divergências ortográficas entre os países lusófonos.

As pessoas que se opõem ao novo acordo insistem em argumentos novos, alguns sem grande justificação ou nos quais há nítida intolerância.

Neste artigo procura-se rebater esses argumentos.

1 – Esclarecimento prévio

1.1 Defensor do novo acordo, isso não significa que o considere absolutamente perfeito. Penso que, quando se altera a língua, a mudança deve ser profunda (como a de 1911), para evitar novos ajusta...

O novo ministro da Cultura [português], José António Pinto Ribeiro, [em declarações à agência Lusa, em Madrid, onde se encontrava em visita oficial à Feira Internacional de Arte da capital espanhola], considerou que deve ser o mercado e não moratórias a resolver a aplicação do Acordo Ortográfico, manifestando-se esperançado numa ratificação rápida do respectivo Protocolo Modificativo.

Acordo Ortográfico: <br> O resto (2)

Recapitulemos mais uma série de pontos altamente questionáveis do Acordo Ortográfico:

Foi entretanto escamoteada a necessidade de elaboração de um vocabulário ortográfico (também no tocante à terminologia científica), prévio à entrada em vigor do Acordo, tal como se exigira em 1990 e em 1994.

É deficiente o corpus de 110 000 palavras tomado como base, uma vez que só o Dicionário Houaiss comporta cerca de 228 000.