Acordo Ortográfico - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Português na 1.ª pessoa Acordo Ortográfico Controvérsias
Questões relativas ao Acordo Ortográfico.
Parlamento português constitui<br> novo grupo de trabalho sobre o Acordo Ortográfico de 1990
2.ª iniciativa da Comissão de Educação, Ciência e Cultura da Assembleia da República
Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

O segundo grupo de trabalho constituído pela Comissão de Educação, Ciência e Cultura da Assembleia da República para Avaliação do Impacto da Aplicação do Acordo Ortográfico de 1990 programou audições a várias entidades e personalidades com posições públicas sobre esta querela que se arrasta há mais de 20 anos. A seguir ficam os registos já disponíveis.

O atentado contra o Acordo Ortográfico<br> na Academia das Ciências de Lisboa

Membros da Academia das Ciências de Lisboa – e os únicos linguistas de formação da respetiva Classe de Letras –, os autores criticam neste artigo publicado no semanário Expresso do dia 11 p.p a proposta constante no documento "Sugestões para o aperfeiçoamento do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa", que – além de «vã» e inoportuna» – consideram sem «o rigor científico indispensável a um empreendimento académico desta natureza». E perguntam: «Então, andaram os nossos grandes mestres da Filologia e da Linguística, portugueses e brasileiros, a labutar pela defesa da unidade essencial da língua e agora atraiçoamos esse património?»

Sem pés para andar

«Sendo uma convenção internacional, o AO só poderia ser modificado por acordo entre os governos dos países que o ratificaram», escreve neste apontamento o constitucionalista português Vital Moreira, em referência às proposta de alteração anunciadas pela Academia das Ciências de Lisboa, primeiro em notícia aqui reproduzida, e depois nas declarações prestadas pelo respetivo presidente, Artur Anselmo, em entrevista ao jornal “Público” de 12/12 p.p.

«Dizer que o Brasil cedeu alguma coisa<br> é de uma hipocrisia total»

Segunda parte da entrevista do presidente da Academia das Ciências de Lisboa, Artur Anselmo, ao jornal "Público" de 12/12/2013 – ver «Para nós, o normal é o respeito pelas ortografias nacionais» –, para quem «o respeito pelas normas de cada país é essencial para um bom entendimento em matéria ortográfica: um mesmo sistema, o da Língua Portuguesa, e várias normas, consoante os países a que digam respeito.» Por isso, na sua opinião, o Acordo Ortográfico não tem sentido.

As palavras e os (f)actos

O jornalista e escritor Viriato Teles critica o Acordo Ortográfico, contestando o propósito de unificação linguística que lhe está associado: «[...] querer “unificar” a língua através da ortografia, abastardando a etimologia e impondo umas absurdas e inexplicáveis “facultatividades”, é um disparate incomensurável e só pode resultar no inverso do que pretende.» Texto transcrito da edição de 30/09/2016 do jornal Público.

Oposições e resistências (ainda) ao Acordo Ortográfico

Com o Acordo Ortográfico já em vigor, oficialmente, no Brasil, em Portugal e em Cabo Verde, pergunta-se – e responde-se – neste trabalho publicado no no Jornal Opção do dia 3/07/2016: e os demais países de língua oficial portuguesa, «por que estão ainda a esperar»? 

Marcelo: Acordo Ortográfico «é um não tema»
Por Lusa

«Falando em Lisboa, no final da Assembleia Geral da COTEC Portugal, entidade da qual Marcelo Rebelo de Sousa é presidente honorário, o presidente da República foi questionado pelos jornalistas sobre as críticas de Cabo Verde, da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) e de Angola a propósito de uma eventual reavaliação do Acordo Ortográfico, tema levantado pelo chefe de Estado português durante a visita da semana passada a Moçambique. "É um não tema. É uma não questão", respondeu apenas Marcelo Rebelo de Sousa, escusando-se a fazer qualquer outro comentário sobre o tema.»

Notícia da agência Lusa difundida em 10/05/2016.

[Ver também: Acordo Ortográfico sob polémica presidencial]

Por que não devemos revogar o Acordo Ortográfico

Sobre a eventual reavaliação do Acordo Ortográfico (AO), que o chefe de Estado português não excluiu em declarações que fez durante a sua visita oficial a Moçambique, a jornalista Ana Paula Azevedo reflete: «[N]inguém condenará certamente [Marcelo Rebelo de Sousa] se continuar a escrever os seus discursos sem AO. Mais ano ou menos ano, mais quarto de século ou menos quarto de século, a questão há-de resolver-se por si. De tal forma que daqui a nada seremos interpelados pelos nossos filhos ou netos: "Vocês escreviam acção e excepção? Mas que cotas...".» Texto publicado no jornal Sol de 10/05/2016.

[Ver também: Acordo Ortográfico sob polémica presidencial]

A primeira grande gafe diplomática de Marcelo

«(...) A declaração de Marcelo [Rebelo de Sousa, na sua visita oficial a Moçambique] de que Portugal estaria disponível para reabrir o Acordo Ortográfico caiu como uma bomba. (...)»

[Ver também: Acordo Ortográfico sob polémica presidencial]

Acordo ortográfico. Países africanos atacam Marcelo e não querem reabrir processo

«Marcelo [Rebelo de Sousa] abriu uma caixa de Pandora ao falar em reabrir o debate sobre o Acordo Ortográfico [quando no decurso da sua visita oficial a Moçambique admitiu a necessidade de o "repensar" ]. E já sofreu críticas externas». 

in jornal i de 10 de maio de 2016

[Ver também: Acordo Ortográfico sob polémica presidencial]