Português na 1.ª pessoa - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Um estrato (muito) mal extraído

«Este foi um dos produtos […] que também permitiu criar a Red Eye, cerveja
apresentada como remédio para a ressaca, e cujo segredo é um estrato de
tomate criado em Portugal»

Expresso, Economia, 18 de julho de 2014, p. 14.

 

O estrato de tomate referido na transcrição é na verdade extrato.

O

Três exemplos da confusão no emprego de duas conjunções coordenativas de sentido distinto, colhidos em jornais portugueses. Crónica do autor publicada no jornal "i" de 31 de julho de 2014.

 

 

Para alguns jornalistas é um problema escolher entre um “e” e um “ou”, as inesquecíveis conjunções aditivas e alternativas que surgiam nas primeiras páginas das gramáticas básicas.

Aulas muito

Na derivação de palavras, podem surgir variantes inesperadas, como é o caso da forma "vantagioso", usada incorretamente em lugar de vantajoso. É este o tópico gramatical de mais uma crónica que Edno Pimentel dedica aos usos do português de Angola.

 

 

A ideia não é tirar vantagem sobre outrem. Sempre que escrevo as aulas do professor Ferrão, como já um dia contei neste mesmo espaço, faço de forma a não ferir quem quer que seja.

Um erro (facilmente) evitável

É por estas e por outras – a confusão entre ter a ver (= «ter relação com»/«dizer respeito a») e ter a haver (= «ter a receber») – que vale mais preferir-se o vernáculo ter que ver.

Evitava-se o erro1. E tratando-se ainda por cima de uma televisão de serviço público a veiculá-lo...

 

1 Ainda por cima, um erro duplo aquele anómalo ter haver.

Um casual nada fortuito

«A partir daí, o almoço desenrolou-se [de forma] bastante casual»

Jorge Lavos da Costa, SIC Notícias, 21 de julho de 2014, 1m27.

 

«Assim ele não

 O mau emprego do verbo gostar sem preposição antes de um substantivo ou de um infinitivo abordado nesta crónica do autor à volta dos usos do português em Angola.

 

 

Crónica do autor  publicada no jornal i a propósito da abundância de notícias sobre situações caricatas na comunicação social portuguesa. Neste caso,  envolvendo ainda um comentário com vários erros ortográficos de uma deputada portuguesa no Facebook – o que originou uma chuva de reações  críticas nas redes sociais (e, posteriormente, retratação da visada).

 

 

O Instituto Internacional da Língua Portuguesa  <br> e o legado de Gilvan Müller de Oliveira

 «Criado em 1989 em 1989 na primeira reunião dos chefes de Estado de todos os países que adotam o português como língua oficial, [o IILP] é hoje o fórum para a gestão compartilhada de todos os aspectos da língua que sejam do interesse conjunto desses países.»

 

O português é uma língua em franca expansão no cenário internacional: vem crescendo o número de seus falantes como primeira e segunda língua e como língua estrangeira.

No tempo do livro
Quando se era «leitor» — e não, ainda, «usuário»

Crónica ao melhor estilo do recém-falecido autor de Viva o Povo Brasileiro à volta destes tempos da internet e das redes sociais, em que o leitor já não se chama leitor e os romances e peças de teatro «virão com clipes dos cenários descritos pela narrativa, entrevistas com o autor, facilidade em substituir palavras difíceis por sinônimos acessíveis, interatividade com o usuário (“faça seu final, case Romeu com Julieta").»  

 

«Nem por isso»

 

«Pergunta-se a alguém se gosta de viver em Portugal e ele responde “nem por isso”. Não é bem “não”. É “não especialmente” (…) É a alforreca das respostas negativas». Crónica do autor transcrita, com a devida vénia, do jornal "Público" de 21/07/2014.

 

 

 Ainda acalento a esperança de vir a perceber a língua portuguesa mas, com cada ano que passa, a esperança queixa-se que está fria.