Sobre a confusão entre «prisioneiros» e «detidos», assinalada neste texto crítico do jornalista Wilton Fonseca na sua coluna O Ponto do i, no jornal i do dia 16/07/2012, à volta de erros cometidos nos media portugueses.
Numa altura em que tudo o que ocorre em Espanha interessa sobremaneira aos portugueses, seria desejável que a informação veiculada pela correspondente da RTP em Madrid fosse isenta.
A correspondente Rosa – que em 2005 foi nomeada para a delegação da empresa por decisão da administração, apesar de estar colocada em quarto lugar no concurso para o preenchimento da vaga – não consegue esconder a sua aversão pelo governo de Rajoy.
O problema é que a aversão da Rosa correspondente faz com que ela não corresponda àquilo que se espera dela. Todos nós e Rodrigues dos Santos – que a trata por “tu” mas que perdeu a Direcção de Informação quando a correspondente Rosa ganhou Madrid – somos obrigados a suportar a sua (dela) falta de fôlego jornalístico e pulmonar, a ansiedade e os atropelos à gramática e à língua.
Na crónica sobre os incidentes que no dia 11 [de julho de 2012] envolveram mineiros, provocadores não identificados, jornalistas e a polícia, a Rosa correspondente informou que tinham sido feitos “prisioneiros”. O número não interessa, mas sim o facto de a polícia espanhola andar a fazer “prisioneiros”. É que “prisioneiro”, como se sabe, é quem se encontra detido numa prisão. Ora, se a pessoa está numa prisão, não pode andar na rua a brigar com a polícia... Talvez a Rosa tenha confundido “prisioneiro” com “detido”, que é aquele que se encontra ou é preso provisoriamente.
In jornal i, de 16 de junho de 2012, sob o título Prisioneira (respeitou-se a norma ortográfica de 1945, aí seguida, ainda)