De Angola, perguntam-nos por que razão as expressões «não o empregar» ou «não empregá-lo» estão ambas corre(c)tas. Sugere-se que é porque o advérbio não tem dois valores nesse contexto.
Do Brasil, alguém se interroga sobre a pronúncia do x de práxis; um consulente pede a explicação da forma vo-lo (são dois pronomes); outro ainda quer saber a etimologia do apelido/sobrenome Melo.
De Portugal, um consulente envia uma dúvida sobre o emprego da vírgula com a conjunção ora.
Neste dia, sobressaem as dúvidas sobre a norma da língua: por exemplo, qual a pronúncia do nome Ema e do verbo enumerar? Outras há sobre terminologia literária (ver "Plurissignificação") e convenções gráficas (consultar Regras para o uso das maiúsculas e minúsculas). Mas são também importantes as perguntas centradas na história de nomes de pessoa e de lugar; por isso, conheça a etimologia do antropó[ô]nimo Joviniano e dos topó[ô]nimos Santarém e Almeirim.
1. São estes alguns dos tópicos abordados neste dia.
— Cara e boca têm um significado especial quando usados em provérbios.
— Rodilhão é um regionalismo.
— O pronome se ocorre em frases de sentido a(c)tivo e passivo.
— Enfardadora não é bem o mesmo que enfardadeira.
2. Na Montra de Livros, damos notícia da publicação no Brasil de um novo e muito aguardado dicionário grego-português.
1. Há palavras, como ônibus e autocarro, que são sinónimos mas marcam convenções linguísticas diferentes. Há vocábulos compostos cuja hifenização ainda não estabilizou: é o caso de fim-de-século (ou fim de século). Há palavras eruditas que disfarçam o que dizem: sabia que um soteropolitano é um natural de Salvador?
2. Para perceber melhor os caprichos das palavras e das línguas em geral, Ana Martins questiona a crença na lógica linguística no Pelourinho. E nas Notícias, damos conta da participação de José Pinto de Lima no programa Língua de Todos, para falar de pragmática.
1. Podemos estudar a relação da palavra com o seu sentido ou o seu referente de duas maneiras: analisando o que um termo ou uma locução querem dizer, como nas respostas sobre linfoplasmocitário e termos de referência; ou partindo de uma coisa, de uma ideia, para saber quais são as suas denominações — qual é a palavra para algo feito de sabão? Realce ainda, nesta a(c)tualização, para as subtilezas do conjuntivo: «penso que seja» está corre(c)to?
2. No Correio, Luís Afonso volta a revelar erros de tradução e de português nos canais de televisão. Na Montra de Livros, falamos da reedição do Dicionário de Vocábulos Brasileiros. E nas Diversidades, Gonçalo Neves explica-nos o que são línguas construídas ou planeadas.
A par de dúvidas sobre o uso desta e daquela palavra (ver o significado de alo-imune), desta e daquela estrutura (por exemplo, a concordância do infinitivo), há consulentes que querem saber como se descreve a língua. Perguntam-nos, por isso, o que é um numeral e um objecto nulo; e levam-nos a abordar de novo o predicativo do complemento directo. É que a gramática não é só uma lista de regras; é também a maneira como as vemos e designamos.
Em qualquer língua, são frequentes os sinónimos. Por exemplo, finura é praticamente o mesmo que fineza, e rendeiro, quase o mesmo que arrendatário (já agora, diz-se «o mesmo que» e não «o mesmo do que»). Mas os respectivos contextos de uso revelam por vezes pequenas diferenças. Noutros casos, há duas formas que competem para designar uma única realidade, como sucede com beisebol e basebol. Aqui não se trata de sinónimos, mas de variações de uma mesma palavra — qual é a melhor? Descubramos nesta actualização o que é que faz a diferença.
Neste dia, explica-se como surge a palavra formação e o que significa o termo «formação expressiva». Analisa-se o significado dos elementos constitutivos de bidimensional e do nome próprio Leonardo. E revela-se a origem da expressão idiomática «desopilar o fígado».
1. Neste dia, respondemos a dúvidas sobre pronúncia-padrão, por exemplo, a propósito da palavra râguebi. A palavra dissuasor conduz-nos ao tema da forma das palavras. Esclarecemos questões relativas ao uso de palavras como o adje(c)tivo oficioso, o verbo abdicar e os demonstrativos esse e este.
2. Nas Controvérsias, retome o debate sobre o novo acordo ortográfico. No Pelourinho, desfaça duas confusões muito comuns na imprensa. Por último, na Antologia, admire a palavra poética de Manuel Bandeira num soneto dedicado a Camões.
A actualização deste dia é bastante ecuménica:
— intervir exige complementos e pode vir acompanhado de modificadores;
— a palavra galopante pode ter diferentes classificações morfológicas e isso traz implicações para a estrutura da frase;
— missanga também se pode escrever miçanga.
São estas e outras as contas do nosso rosário — evitando sempre ser mais papistas que o papa.
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