Aberturas - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

1. A expressão da negação em português não cabe na adjunção do advérbio não à frase. É essa uma das razões por que a oposição frase afirmativa vs. frase negativa desapareceu da TLEBS e do Dicionário Terminológico. Depois há o não enfático (que não nega) e a dupla negação. Daí que a negação seja frequentemente objecto de análise nos estudos linguísticos, sob diferentes respectivas. Justamente, a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (Universidade Nova de Lisboa) dedica, no dia 21 de Novembro de 2009, um workshop às relações entre negação e texto.
É curioso verificar, ainda, como este processo gramatical e discursivo se instalou na expressão fixa de desprezo «És uma negação!»...

2. O Instituto Camões é o representante da língua portuguesa na Expolíngua de Berlim (22.ª edição), a decorrer até ao dia 22 do mês presente. As leitoras Catarina Castro (Berlim) e Madalena Simões (Hamburgo) são as dinamizadoras de um dos principais eventos da exposição, a saber, cursos de sensibilização à aprendizagem do português.

3. Quais são os valores transportados pela língua portuguesa? E porquê a importância da sua internacionalização? As respostas, e as pistas, do professor Adriano Moreira e do jornalista da TV Globo Alexandre Garcia no programa Páginas de Português (Antena 2, 17h00*).

*Hora de Portugal continental

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O Fundo da Língua corresponde a 30 milhões de euros. Foi este o montante anunciado, na legislatura anterior, com vista ao investimento na promoção da língua portuguesa — património imaterial estimado em 17% do PIB português. António Monteiro, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, defende agora o alargamento desse montante.

Porém, antes mesmo de um eventual alargamento, era importante saber como foi ou vai ser aplicado esse dinheiro e quais os efeitos esperados no curto e no médio prazo.

Entretanto, o interesse em aprender português do Brasil cresce, assim como o fascínio pela cultura desse Brasil brasileiro, prevendo-se que ambos cresçam fortemente, antes e depois de 2016.

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Uma boa ideia: fazer uma lista graduada de palavras novas na língua. Fatalmente, palavras do mundo das novas tecnologias. Foi o que fez o Dicionário Oxford: elegeu unfriend a palavra do ano. Unfriend é verbo e significa remover um utilizador da sua lista de contactos numa rede social.

A velocidade da emergência de novos produtos, sistemas e possibilidades operativas é actualmente estonteante. E a língua não fica atrás, fica à frente desse processo: as facetas deste admirável mundo novo têm de ser nomeadas para terem efectividade — ainda que virtual.

Ficamos a aguardar, então, a recepção de perguntas sobre como traduzir ou adaptar a palavra unfriend para português.

Lembramos, a este propósito, o meritório trabalho do Observatório de Neologia do Português, do Instituto de Linguística Teórica e Computacional.

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Vítima de um melanoma nodular, faleceu no sábado, dia 15 de Novembro de 2009, em Lisboa, a professora Teresa Álvares, consultora e amiga do Ciberdúvidas, desde a sua criação. Maria Teresa Álvares Pires, de seu nome completo, licenciada em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, exerceu a docência (Língua Portuguesa e Francês) no ensino secundário, antes de passar  a trabalhar na Acção Social do Ministério da Educação português, integrando, posteriormente, os quadros do Instituto do Consumidor, até à reforma. De grande carácter e integridade cívica, os seus profundos conhecimentos da nossa língua ficam atestados na mais de centena e meia de assertivas respostas que assinou enquanto, generosamente, colaborou com mais regularidade no Ciberdúvidas – e quando o Ciberdúvidas ainda dava os seus difíceis primeiros passos.

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FOXP2: é este o gene que sofreu uma mutação exclusiva durante o desenvolvimento da espécie humana e que é responsável por sermos seres falantes. A descoberta foi recentemente feita por neurologias da Universidade da Califórnia. Bom seria que todos activássemos esta potencialidade com correcção – de forma e de conteúdo.

 

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1. Em representação da língua portuguesa, o Ciberdúvidas passou a figurar no Linguist List, a maior comunidade na rede de linguistas de todo o mundo (investigadores, professores doutorados e estudantes de pós-graduação), sediada na Universidade do Michigan.

2. Em Portugal, o Campeonato Nacional de Escrita Criativa já vai na segunda edição: começou no passado dia 11 e prolongar-se-á por três meses. Os concorrentes podem deixar os seus textos aqui. A produção de poemas, contos, romances e até guiões de séries televisivas, fora da alçada dos autores literários "profissionais", tem sido alvo de treino em cursos de duração variada, ministrados no departamento de línguas de diferentes universidades.

3. Assinalamos também neste dia o problema da pronúncia dos nomes Noronha e Ronaldo descrito pela nossa consultora Maria João Matos.

4. Os desafios do ensino do português a alunos que não o têm como língua materna é o tema dO programa Língua de Todos, na emissão de sexta-feira, 13 de Novembro, às 13h15.*

*Hora de Portugal continental.

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Grafia 2000 – Poema/Processo, de Moacy Cirne

Que peso tem a pronúncia nas opções ortográficas? Se a pronúncia é volátil (ao sabor, principalmente, das variações diatópicas) e a escrita, por definição, perene, como se conjugam estes dois tempos de duração? Qualquer opção ortográfica tem argumentos a favor e contra, daí que a fixação ortográfica também seja uma questão política, para além de académica.

Estes são apenas alguns veios de reflexão que perpassam o artigo de Luiz Carlos Cagliari na Com Ciência – Revista Electrônica de Jornalismo Científico.

Sugerimos a este propósito a (re)leitura de Maria Helena Mira Mateus, em Sobre a natureza fonológica da ortografia portuguesa

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1. É possível falar de um registo linguístico cibernáutico? A recente deriva tecnológica é comprável à divulgação da palavra escrita gerada pela revolução de Gutenberg? Que géneros textuais estão a emergir da escrita em blogues e redes sociais? Uma coisa é certa: ainda há espaço para a norma culta no ciberespaço.

2. Invocando uma querela antiga surgida em Portugal, sobre a relação linguística — literatura, vale a pena dar eco às recentes declarações de Olivier Rolin à agência Lusa: «A literatura é o que mantém o conhecimento e o amor pela língua, e sabemos muito bem que agora as línguas estão cada vez mais esquecidas, são cada vez mais simplificadas, as pessoas utilizam um vocabulário cada vez mais reduzido (...). A literatura é também aquilo que, no fundo, nos permite, através da língua, pensar. Tem uma importância enorme, mesmo que não sirva para nada. Serve para pensar, simplesmente.»

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1. «Um congresso para as cabeças pensantes reflectirem acerca dos destinos da língua portuguesa»: foi assim que o presidente da Academia de Letras de Brasília, José Carlos Gentili, descreveu o Congresso da Língua Portuguesa em Brasília, a decorrer de 19 a 21 de Novembro, na capital brasileira, com a chancela da Academia de Letras de Brasília. O evento conta com a participação de Adriano Moreira, Evanildo Bechara e Malaca Casteleiro. As inscrições ainda estão abertas, em www.acleb.org.br .


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Bastam 170 professores para assegurar o fortalecimento do português como língua nacional em Timor? Bastam 200, 500, 1000? O embaixador do Brasil em Timor sublinha o facto de a língua ser uma práxis e de vir agregada ao gosto e à necessidade de falar, no quotidiano, uma segunda língua. Portanto, a língua é implantada — também — através da profusão da indústria do cinema, da televisão, da imprensa escrita, da música, das artes performativas, etc. Deste modo, o português poderá concorrer mais eficazmente com a atracção dos jovens timorenses pelo inglês — atracção exercida quer pela construção de um ideário estereotipado de modernidade, quer por acção da proximidade com a Austrália.

As declarações do embaixador brasileiro foram feitas no âmbito do Mês Cultural do Brasil, um prenúncio daquilo que virá a ser o Centro Cultural do Brasil/Timor-Leste.