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Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

O problema da CPLP está em que as decisões tomadas nas reuniões dos ministros da Cultura dos países lusófonos nunca passam de planos de intenções. A assunção é de António Augusto Gomes, coordenador da Cena Lusófona, declarada na abertura do Encontro Internacional sobre Políticas de Intercâmbio, a decorrer em Coimbra.

 

CfSeixas da Costa diz que CPLP não funciona e que Brasil não se empenha na organização

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"Tuitar", "blogar", "postar", "grafitar"... são palavras que, aparentemente, já sofreram adaptação gráfica, morfológica e fonética para a língua portuguesa. Não terão estas palavras direito a integrar o léxico do português?

Com direito ou sem ele, os estrangeirismos marcam presença assídua no linguajar dos surfistas, tanto assim, que são os estrangeirismos o principal traço desse tecnolecto.

Depois, há os neologismos híbridos, como ciberterrorismo ou ciberactivista... Será o caso de minilifting?

A propósito, lembramos, mais uma vez, aqui, o trabalho do Observatório de Neologia do Português (do ILTEC), que tem por objectivo recolher dados de modo a dar conta da inovação lexical no português.

Todos são convidados a participar nessa recolha de dados

Envie para mafalda.antunes@iltec.pt:

— palavras que para si são novas na língua portuguesa;
— o contexto em que essas palavras foram encontradas (frase em que se encontra a palavra, frases anteriores e frases seguintes);
— o título e a data da publicação do texto de onde foi retirada a palavra.
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Os professores que irão ensinar português em países da América Latina precisam de formação específica para o fazer. Brasil e Portugal (neste caso, via Instituto Camões) acordaram em compartilhar essa tarefa, compromisso assumido no âmbito do Programa Acção Lisboa, discutido na XIX Conferência Ibero-Americana.

Os alunos não lusófonos, a viver em países não lusófonos, que queiram aprender português, têm de escolher entre aprender a variante do português europeu ou a do português do Brasil. As diferenças são não só fonéticas, mas também sintácticas, ortográficas (sim, mesmo com o novo acordo) e lexicais. No que a este campo diz respeito, há a assinalar, no português do Brasil, as palavras de origem tupi (capim, jacarandá, mandioca, arara, jacaré, jenipapo, tapioca, tucano, cururu, arapuca, mingau, iara, pororoca, tocaia, cuíca, etc.) e as palavras de origem africana (bagunça, berimbau, bunda, cacimba, caçula, cafuné, cochilar, jagunço, marimba, moleque, quilombo, quitanda, samba, senzala, tanga, xingar, zumbi, etc.). Mas também diferenças lexicais mais prosaicas, como rádio-despertador/rádio-relógio...

É certo que o português europeu já sofreu influência do português do Brasil, mas a homogeneização é impossível.

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Todo o falante sente a fricativa [ʃ], no final de uma palavra, como sendo um morfema de plural. Daí a invenção patente na forma "téni" como singular de ténis, bem como na de enquanto plural de noz... Já a palavra filhós admite dois singulares — filhó e filhós — e dois plurais — filhós e filhoses. Mas é, no entanto, o primeiro par o mais recomendável.

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Terminou a VI Semana da Língua Portuguesa realizada na Universidade de Toronto, subordinada ao tema Vozes Africanas em Português. O evento foi organizado pelo Departamento de Espanhol e Português daquela universidade, em colaboração com o Instituto Camões.

A comunicação da professora Inocência Mata, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, visou divulgar as literaturas dos cinco países africanos em que o português é a língua oficial: Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.

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Como se traduz newsletter, background, chip, podcast, workshop, masterclass... Já agora, no que toca ao campo lexical da escrita musical, também devem ser traduzidas as designações dos andamentos, como allegro, moderato, presto, adagio? Ou das dinâmicas — ritardando, rallentando, por exemplo? Ainda: deve-se estipular uma tradução para palavras já instaladas na língua, como fait-divers? Afinal, quais os critérios que impõem a tradução de uns empréstimos, mas já não a tradução de outros?

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1. De um breve retorno às origens da Pragmática Linguística, ficam duas noções básicas:

— falar é agir;
— o enunciado é uma imagem da sua enunciação.

Deixamos também um rápido apanhado da bibliografia fundamental, disponível para o português:

Fonseca, Joaquim, 1994 — Pragmática Linguística. Introdução, Teoria e Descrição do Português, Porto Editora.

Gouveia, Carlos 1996 — "Pragmática", in Introdução à Linguística Geral e Portuguesa, Caminho, pp. 383-420.

Lima, José Pinto, 2007 — Pragmática Linguística, Caminho.

2. Temas do Programa Língua de Todos (RDP África, sexta-feira, 13h15*, dia 27): a ratificação na  Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Aprovado pelo Governo guineense em 14 de Novembro de 2009, o Acordo carecia da ratificação parlamentar que agora o oficializa. Dos oito Estados que integram a CPLP, falta ainda a aprovação de Angola e de Moçambique. Nos termos acordados, o documento é válido nos países cuja ratificação parlamentar já ocorreu. Outro tema: o seminário sobre Metodologias e Materiais para o Ensino do Português como Língua não Materna, organizado pelo ILTEC (Instituto de Linguística Teórica e Computacional), de Lisboa.

*Hora de Portugal Continental.

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Acabou de ser lançado, no Brasil, o Dicionário Tupi-Português, da autoria de Hugo Di Domenico. Este dicionário corresponde a um trabalho lexicográfico de grande fôlego e contribui para um mais abrangente entendimento da origem de múltiplas palavras no léxico do português, concorrendo igualmente para prestigiar a língua tupi.

Convém, aliás, lembrar o quanto o processo de fixação pela escrita é fundamental para a conservação e revitalização de uma língua. Sugerimos, a este propósito, a leitura do artigo «Alfabetização indígena: a escrita revitaliza línguas?», publicado na revista electrónica de jornalismo científico Com Ciência.

Para quem estuda os vários fenómenos da expressão linguística e, pelo menos no plano das intenções, para quem é responsável pelas directrizes políticas de promoção dos saberes linguísticos, o que importa não é a luta pela hegemonia de uma, duas ou três línguas, mas a criação de condições que potenciem uma competência multilingue generalizada. Isto mesmo foi defendido recentemente pelo representante do Brasil da CPLP: a preservação das línguas nativas a par da promoção do português.

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A pergunta já aqui foi feita: é possível falar de uma escrita digital, ou seja, de um registo próprio da escrita web? Se sim, de que modo tal pode mudar a língua corrente?

E será que isso representa a ruína da língua? Aparentemente, sim, pois se um ósculo é substituído por um xuac, e um episódio hilariante por um LOL...

Mas estaremos realmente a falar da escrita na acepção de sempre? Será esta escrita mutante verdadeiramente uma nova modalidade de expressão textual, ou simplesmente um suporte de expressão linguística oral ou oralizante e, por isso, mais vulnerável a variações?

Para uma reflexão sobre o tema, recomendamos a leitura dos seguintes artigos:

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A empresa Tecidos A. Carvalho foi condenada judicialmente por participar em licitação fraudulenta, ocorrida em São Francisco do Conde, Brasil. A chave da investigação esteve na ortografia. Havia no processo documentos forjados: todos apresentavam exactamente os mesmos erros ortográficos, que conduziam ao mesmo empresário, agora condenado.