Aberturas - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
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Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

Vítima de um melanoma nodular, faleceu no sábado, dia 15 de Novembro de 2009, em Lisboa, a professora Teresa Álvares, consultora e amiga do Ciberdúvidas, desde a sua criação. Maria Teresa Álvares Pires, de seu nome completo, licenciada em Filologia Românica pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, exerceu a docência (Língua Portuguesa e Francês) no ensino secundário, antes de passar  a trabalhar na Acção Social do Ministério da Educação português, integrando, posteriormente, os quadros do Instituto do Consumidor, até à reforma. De grande carácter e integridade cívica, os seus profundos conhecimentos da nossa língua ficam atestados na mais de centena e meia de assertivas respostas que assinou enquanto, generosamente, colaborou com mais regularidade no Ciberdúvidas – e quando o Ciberdúvidas ainda dava os seus difíceis primeiros passos.

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FOXP2: é este o gene que sofreu uma mutação exclusiva durante o desenvolvimento da espécie humana e que é responsável por sermos seres falantes. A descoberta foi recentemente feita por neurologias da Universidade da Califórnia. Bom seria que todos activássemos esta potencialidade com correcção – de forma e de conteúdo.

 

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1. Em representação da língua portuguesa, o Ciberdúvidas passou a figurar no Linguist List, a maior comunidade na rede de linguistas de todo o mundo (investigadores, professores doutorados e estudantes de pós-graduação), sediada na Universidade do Michigan.

2. Em Portugal, o Campeonato Nacional de Escrita Criativa já vai na segunda edição: começou no passado dia 11 e prolongar-se-á por três meses. Os concorrentes podem deixar os seus textos aqui. A produção de poemas, contos, romances e até guiões de séries televisivas, fora da alçada dos autores literários "profissionais", tem sido alvo de treino em cursos de duração variada, ministrados no departamento de línguas de diferentes universidades.

3. Assinalamos também neste dia o problema da pronúncia dos nomes Noronha e Ronaldo descrito pela nossa consultora Maria João Matos.

4. Os desafios do ensino do português a alunos que não o têm como língua materna é o tema dO programa Língua de Todos, na emissão de sexta-feira, 13 de Novembro, às 13h15.*

*Hora de Portugal continental.

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Grafia 2000 – Poema/Processo, de Moacy Cirne

Que peso tem a pronúncia nas opções ortográficas? Se a pronúncia é volátil (ao sabor, principalmente, das variações diatópicas) e a escrita, por definição, perene, como se conjugam estes dois tempos de duração? Qualquer opção ortográfica tem argumentos a favor e contra, daí que a fixação ortográfica também seja uma questão política, para além de académica.

Estes são apenas alguns veios de reflexão que perpassam o artigo de Luiz Carlos Cagliari na Com Ciência – Revista Electrônica de Jornalismo Científico.

Sugerimos a este propósito a (re)leitura de Maria Helena Mira Mateus, em Sobre a natureza fonológica da ortografia portuguesa

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1. É possível falar de um registo linguístico cibernáutico? A recente deriva tecnológica é comprável à divulgação da palavra escrita gerada pela revolução de Gutenberg? Que géneros textuais estão a emergir da escrita em blogues e redes sociais? Uma coisa é certa: ainda há espaço para a norma culta no ciberespaço.

2. Invocando uma querela antiga surgida em Portugal, sobre a relação linguística — literatura, vale a pena dar eco às recentes declarações de Olivier Rolin à agência Lusa: «A literatura é o que mantém o conhecimento e o amor pela língua, e sabemos muito bem que agora as línguas estão cada vez mais esquecidas, são cada vez mais simplificadas, as pessoas utilizam um vocabulário cada vez mais reduzido (...). A literatura é também aquilo que, no fundo, nos permite, através da língua, pensar. Tem uma importância enorme, mesmo que não sirva para nada. Serve para pensar, simplesmente.»

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1. «Um congresso para as cabeças pensantes reflectirem acerca dos destinos da língua portuguesa»: foi assim que o presidente da Academia de Letras de Brasília, José Carlos Gentili, descreveu o Congresso da Língua Portuguesa em Brasília, a decorrer de 19 a 21 de Novembro, na capital brasileira, com a chancela da Academia de Letras de Brasília. O evento conta com a participação de Adriano Moreira, Evanildo Bechara e Malaca Casteleiro. As inscrições ainda estão abertas, em www.acleb.org.br .


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Bastam 170 professores para assegurar o fortalecimento do português como língua nacional em Timor? Bastam 200, 500, 1000? O embaixador do Brasil em Timor sublinha o facto de a língua ser uma práxis e de vir agregada ao gosto e à necessidade de falar, no quotidiano, uma segunda língua. Portanto, a língua é implantada — também — através da profusão da indústria do cinema, da televisão, da imprensa escrita, da música, das artes performativas, etc. Deste modo, o português poderá concorrer mais eficazmente com a atracção dos jovens timorenses pelo inglês — atracção exercida quer pela construção de um ideário estereotipado de modernidade, quer por acção da proximidade com a Austrália.

As declarações do embaixador brasileiro foram feitas no âmbito do Mês Cultural do Brasil, um prenúncio daquilo que virá a ser o Centro Cultural do Brasil/Timor-Leste.

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1. Chegam novas de Goa, a jóia imperial de antanho. Uma entrevista recente a Delfim Correia da Silva, actual director do Centro de Língua do Instituto Camões de Goa, dá conta do que é hoje promover o português na Índia.

2. Na emissão do Páginas de Português de domingo, 8 de Novembro, às 17h00*, na Antena 2, assinalam-se os 60 anos da Sociedade da Língua Portuguesa e os desafios da tradução em português. E haverá, ainda, a rubrica “Uma Carta É Uma Alegria da Terra”, em colaboração com os CTT, Correios de Portugal.

3. O Língua de Todos, na emissão de sexta-feira, 6 de Novembro, às 13h15*, na RDP África (com repetição no dia seguinte, às 9h15*), mostrará que as metáforas e os neologismos não são só uma marca comum dos escritores africanos de língua oficial portuguesa — dos moçambicanos Mia Couto e Nelson Saúte aos angolanos Luandino Vieira e Manuel Rui, por exemplo. O discurso científico também se socorre deles: é o caso da medicina tropical.

* Hora oficial de Portugal continental.

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1. As críticas à aplicação do Acordo Ortográfico de 1990 que, de diversos quadrantes, têm sido feitas em Portugal estão a ter eco no Brasil. O presidente de honra da Academia Brasileira de Filologia, Leodegário Amarante de Azevedo Filho, já assinalou a grande resistência à adopção da reforma, principalmente entre escritores portugueses. E, no Congresso Nacional, foi apresentada uma sugestão para autorizar o governo brasileiro a rever o novo acordo ortográfico.

2. A emissão do Língua de Todos de sexta-feira, 6 de Novembro, às 13h15*, na RDP África (com repetição no dia seguinte, às 9h15*) mostrará que as metáforas e os neologismos não são só uma marca comum dos escritores africanos de língua oficial portuguesa — dos moçambicanos Mia Couto e Nelson Saúte aos angolanos Luandino Vieira e Manuel Rui, por exemplo. O discurso científico também se socorre deles: é o caso da medicina tropical.

* Hora oficial de Portugal continental.

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1. No Pelourinho, fala-se da redacção de notícias nos jornais portugueses, porque não se consegue manter o tom: Ana Martins aponta erros decorrentes do (des)encontro de níveis de língua incompatíveis e da falta de um bom trabalho de revisão.  

2. Em Cabo Verde, uma proposta de oficialização do crioulo cabo-verdiano, apresentada no âmbito de um processo de revisão constitucional, não foi aceite pelo Parlamento. A oposição, constituída pela União Cabo-verdiana Independente e pelo Movimento para a Democracia, argumenta que não há condições para criar a plena paridade entre o português e o crioulo. O partido no governo (o PAICV, Partido Africano para a Independência de Cabo Verde) lamenta a posição tomada, considerando que «condições óptimas nunca são criadas à partida».