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Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

1. Qual é a origem do italiano ciao (aportuguesado como chau)? E a de robô? Para que serve o dual em esloveno? As respostas encontram-se no Passatempo Linguístico Europeu, uma iniciativa da Comissão Europeia com a finalidade de descobrir tanto a origem de palavras e de provérbios conhecidos como factos surpreendentes sobre as línguas europeias. Disponível em 22 línguas, este jogo está direccionado para as comunidades educativas de todos os níveis de ensino (consultar a página do Passatempo Linguístico Europeu).

2. Da nova actualização, salienta-se também uma curiosidade: no combate aos incêndios florestais, usam-se aerotanques. Mas, como sempre, não faltam as dúvidas sobre homofonia, ortografia e translineação.

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1. Ser eloquente é ser capaz de falar e expressar-se com desenvoltura, e hoje o currículo escolar volta a valorizar tal competência. É, pois, de assinalar a 9.ª edição do Prémio Eloquência, recentemente realizada em Maputo (Moçambique), com o apoio do Instituto Camões (Portugal). Nesta iniciativa participaram estudantes do nível primário e secundário geral, com o intuito de desenvolverem de forma consciencializada o uso oral do português no mercado de trabalho, em áreas como a comunicação social, a docência, as relações públicas, a publicidade, o teatro ou o cinema.

2. Decorre até ao próximo dia 31 de Outubro o prazo para inscrições no XV Colóquio da Lusofonia, que se realizará de 18 a 22 de Abril de 2011 em Macau. Organizado como sempre por Chrys Chrystello, o encontro contará com o alto patrocínio do Instituto Politécnico de Macau (mais informações aqui).

3. Os tempos são de crise: a nova actualização comenta esta palavra na perspectiva etimológica. Outros tópicos abordados neste dia: o uso de aspas, a repetição de sinais de pontuação, o hífen em compostos e os empréstimos lexicais



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1. Entre gente a correr para não chegar atrasada, um posto de atendimento para quem tem dúvidas de português. Trata-se do serviço Tira-Dúvidas da Estação Consolação, em plena Avenida Paulista, em S. Paulo, o qual vai ser instalado em mais estações do metro paulistano. E que tal transpor esta iniciativa para outras cidades do mundo lusófono?

2. Afinal o inventário das línguas actualmente faladas em todo o mundo pode ainda não estar completo. Os investigadores do projecto Enduring Voices (da National Geographic e do Living Tongues Institute for Endangered Languages) apresentaram recentemente o koro, uma língua falada por 800 a 1200 pessoas no Estado de Arunachal Pradesh, no extremo nordeste da Índia. Um dos responsáveis do referido projecto, o linguista Gregory Anderson, salienta o facto de esta língua nunca ter sido documentada nem gravada — situação que conheceram muitas outras que, ao longo da história da Humanidade, se extinguiram sem deixar registo. 

3. De 15 a 16 de Outubro, realiza-se, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, a IV Conferência Internacional do Plano Nacional de Leitura, subordinada ao tema Ler no Século XXI – Livros, Leituras e Tecnologias. Entre outros oradores, intervirão a ministra da Educação de Portugal, Isabel Alçada, o administrador da Fundação Calouste Gulbenkian, Eduardo Marçal Grilo, o comissário do Plano Nacional de Leitura, Fernando Pinto do Amaral, e a coordenadora da Rede de Bibliotecas Escolares, Teresa Calçada. Para mais informações, consultar o sítio da Rede de Bibliotecas Escolares.

4. Mindinho, vizinho, maioral, fura-bolos, mata-piolhos são designações dos dedos da mão na linguagem popular de Portugal. Este é um dos tópicos das respostas da nova actualização, onde também se trata de ortografia e sintaxe.

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1. O universo do léxico transporta um complexo sistema de códigos que sustenta a língua. Uma palavra nova (neologismo), uma estrutura invulgar, uma outra forma de dizer intrigam, inquietam e abalam a segurança dos alicerces do saber linguístico do falante consciente. Na rubrica O Nosso Idioma, o nosso colaborador Paulo J. S. Barata interroga-se sobre o futuro do neologismo apicantar, juntando comentários sobre a morfologia e a pertinência semântica deste novo verbo, descoberto nas páginas de um jornal gratuito português. Menos curial é sem dúvida a expressão «implementação da República», como, muito assertivamente,  comentou o professor universitário José Medeiros Ferreira, no seu blogue Cortex Frontal...

2. Na presente actualização, ficam em linha nove novas respostas que se debruçam, sobretudo, sobre o léxico: a origem das palavras (divulgar, evento, promoção e duplex ou dúplex); a análise morfológica de fobia; a formação das palavras pluriforme, autógrafo e maremoto; o gentílico de Trindade (e de Tobago); atingir e inteligir. Mas houve também dúvidas esclarecidas sobre a grafia de um cognome e as figuras de estilo nos versos «Os seus irmãos construindo vilas e cidades/Cimentando-as com o seu sangue».

3. Por esclarecer continuam ainda os que, na televisão e na rádio portuguesas, voltaram a anunciar os prémios Nobel, dizendo à inglesa o nome Nobel. A explicação, entre várias, aqui. E, já agora, relembre-se também um outro esclarecimento antigo: o plural de prémio Nobel e de Nobel.

4. Nos programas Língua de Todos de sexta-feira, 8 de Outubro (às 13h15* na RDP África; com repetição no dia 27, às 09h15*), e Páginas de Português de domingo, 10 de Outubro (às 17h00*, na Antena 2), Vítor Aguiar e Silva, professor jubilado da Universidade do Minho, dá a sua opinião sobre a razão  da inexistência de uma Grande Gramática da Língua Portuguesa envolvendo os países africanos da fala comum, tal como há, já, uma comum para todos os países de expressão oficial castelhana. Ainda no Páginas de Português, será feita a leitura da carta vencedora do mês, na rubrica «Uma Carta É Uma Alegria da Terra», em colaboração com os CTT, Correios de Portugal. Ambos os programas se encontram também disponíveis em podcast, na página da rádio e da televisão públicas portuguesas, na Internet.

* Hora oficial de Portugal continental.
 

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1. Será que, actualmente, ainda haverá algum falante de língua portuguesa que se refira a uma rapariga elogiando-a com os atributos de «moça mimosa e prendada»? Algum jovem dirá que «anda a arrastar a asa» a alguém por que esteja interessado? E quem é que prefere dizer «completar primaveras» para designar um aniversário? Quantas pessoas saberão o que era ir ao animatógrafo? E ao retratista? E à botica? E, ainda, andar de aeroplano? A crónica Antigamente, do brasileiro Carlos Drummond de Andrade, publicada na rubrica O Nosso Idioma, reflecte sobre as palavras e as expressões que vão desaparecendo.

2. Porque é que não há uma Grande Gramática da Língua Portuguesa envolvendo os países africanos da fala comum, tal como há, já, uma comum para todos os países de expressão oficial castelhana? A opinião de Vítor Aguiar e Silva, professor jubilado da Universidade do Minho, poderá ser conhecida na emissão do programa Língua de Todos de sexta-feira, 8 de Outubro (às 13h15* na RDP África; com repetição no dia seguinte, dia 27, às 09h15*) e na do Páginas de Português de domingo, 10 de Outubro (às 17h00*, na Antena 2). Ainda no Páginas de Português, será feita a leitura da carta vencedora do mês, na rubrica «Uma Carta É Uma Alegria da Terra», em colaboração com os CTT, Correios de Portugal. Ambos os programas encontram-se também disponíveis em podcast, na página da rádio e da televisão públicas portuguesas, na Internet.

3. No sentido de estimular a consciência das particularidades da língua nos alunos de todos os níveis de ensino, levando-os a «descobrir a origem das palavras e dos provérbios muito conhecidos», o Portal das Escolas, do Ministério da Educação português, divulgou o Passatempo Linguístico Europeu, iniciativa da Comissão Europeia (disponível em 22 línguas), dirigida a todas as comunidades educativas.

4. Da nova actualização, salientamos o interesse pela origem dos topónimos portugueses e pelo uso do feminino de certos adjectivos e substantivos.

* Hora oficial de Portugal continental.

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Num período de comemorações do centenário da implantação da república em Portugal (5 de Outubro de 1910), em que se revivem os acontecimentos históricos mais marcantes da mudança de regime político, releve-se aqui a Reforma Ortográfica de 1911. Tratou-se da «primeira grande reforma da língua», medida reveladora da política para a língua do governo da recém-implantada república portuguesa, cujas bases foram publicadas no Diário de Governo, n.º 213, de 12 de Setembro de 1911).

  

Evidenciando a consciência da necessidade de «simplificar e de regular a ortografia», a Reforma de 1911 – eliminação do y e dos dígrafos de origem grega: th (substituído por t), ph (substituído por f), ch (com valor de [k], substituído por c ou qu de acordo com o contexto) e rh (substituído por r ou rr de acordo com o contexto); com a introdução de numerosa acentuação gráfica, nomeadamente nas palavras proparoxítonas — gerou muita polémica e teve a oposição de escritores de renome, de que são exemplo Teixeira de Pascoaes e Fernando Pessoa, o que leva este último a afirmar:


 «Não tenho sentimento nenhum politico ou social. Tenho, porém, num sentido, um alto sentimento patriotico. Minha patria é a lingua portuguesa. Nada me pesaria que invadissem ou tomassem Portugal, desde que não me incommodassem pessoalmente. Mas odeio, com odio verdadeiro, com o unico odio que sinto, não quem escreve mal portuguez, não quem não sabe syntaxe, não quem escreve em orthographia simplificada, mas a pagina mal escripta, como pessoa própria, a syntaxe errada, como gente em que se bata, a orthographia sem ípsilon, como escarro directo que me enoja independentemente de quem o cuspisse.» (Bernardo Soares, Livro do Desassossego).

E Teixeira de Pascoaes, sobre o "i" em vez do "y", na palavra lagryma:

«Na palavra lagryma, (…) a forma da y é lacrymal; estabelece (…) a harmonia entre a sua expressão graphica ou plastica e a sua expressão psychologica; substituindo-lhe o y pelo i é offender as regras da Esthetica. Na palavra abysmo, é a forma do y que lhe dá profundidade, escuridão, mysterio… Escrevel-a com i latino é fechar a boca do abysmo, é transformal-o numa superficie banal.» Teixeira de Pascoaes, A Águia.

Ou, ainda, o que escreveu o gramático Alexandre Fortes, nas vésperas da aprovação da reforma ortográfica de 1911:

 «Imaginem esta palavra phase, escripta assim: fase. Não nos parece uma palavra, parece-nos um esqueleto (...) Affligimo-nos extraordinariamente, quando pensamos que haveriamos de ser obrigados a escrever assim!» Alexandre Fontes, A Questão Orthographica, Lisboa, 1910.

A consciência das variantes linguísticas (do português europeu, do português do Brasil, do de Angola, do de Moçambique e do dos outros países lusófonos) a nível da pronúncia, da estrutura/construção frásica, da acentuação, da grafia correcta de muitos vocábulos da língua portuguesa tem sido objecto de análise no consultório, tendo em conta a aplicação do Acordo Ortográfico de 1990. Para além de toda a sua controvérsia... como há 100 anos.

Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

1. Ficam em linha estas sete novas respostas às seguintes dúvidas de outros tantos consulentes: a) Lá Vai no Ribeirinho, ou Já lá Vai no Ribeirinho? b) Que dizer do ainda não dicionarizado substantivo amigabilidade?; c) A origem das expressões «Ir tirar a mãe da forca» e «Da cor de burro quando foge»; d) “Estadonovista", ou estado-novista?; e) O aportuguesamento de Oregon, Kansas, Arkansas e Oklahoma; f) Sobre o geónimo Tróade; g) Mal-absorção e mal-absortivo.

2. Devido ao feriado do 5 de Outubro, em Portugal, que assinala neste ano o centenário da implantação da república no país, a próxima actualização do Ciberdúvidas far-se-á na quarta-feira, dia 6.

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1. A necessidade de uma melhor testagem da estrutura informática da Ciberescola da Língua Portuguesa — apresentada oficialmente no Portugal Tecnológico 2010  — impossibilita temporariamente o acesso a esta plataforma com exercícios variados para o apoio ao ensino e à aprendizagem do português, via Internet. Resolvidos esses problemas técnicos, a Ciberescola ficará posteriormente acessível através do Portal das Escolas do Ministério da Educação português.

2. O que são neologismos semânticos, neologia de forma e neonímia? E por que razão se considera irregular o verbo ouvir? Duas perguntas que, entre outras, ficam respondidas desde esta data no consultório, aqui.

3. Nas sociedades contemporâneas lê-se cada vez menos. Que estratégias pedagógicas para a inversão desta tendência? E o que dizer sobre formação científica dos docentes de Português nos ensinos básico e secundário, em Portugal? Ou, ainda, sobre as transformações da língua portuguesa nos países africanos da fala comum: não seria fundamental uma Grande Gramática da Língua Portuguesa, considerando a sua condição multicontinental, a exemplo do que já fizeram os falantes de espanhol? Vale a pena ouvir a reflexão de Vítor Aguiar e Silva, professor jubilado da Universidade de Coimbra, ensaísta e  reputado camonista, o convidado da semana ora finda dos programas Língua de Todos (sexta-feira,  1 de Outubro, às 13h15*, na RDP África; com repetição no dia seguinte às 9h10*) e Páginas de Português (Antena 2, dia  3 de Outubro, 17h00*). Estes programas estão também disponíveis em podcast, na página da rádio e da televisão públicas portuguesas, na Internet.

* Hora oficial de Portugal continental.

A língua preocupa-nos.
Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

Porque é que, em Portugal, há a tendência de se “comerem” as vogais em sílaba átona? — foi a pergunta que nos fez o estudante brasileiro Enio Reis do Vale, em Salvador. A resposta de Carlos Rocha, aqui. As diferenças (no caso, lexicais) do português nos dois lados do Atlântico são matéria também de reflexão do nosso colaborador Paulo J. S. Barata, com novo texto na rubrica O Nosso Idioma: «Transladar mortos» ou «transladar vivos»: diferenças de uso!