Aberturas - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa
 
Início Aberturas
Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

1. Realiza-se neste dia, na Universidade Nova de Lisboa,  o lançamento do livro  Estudos de Corpora – Da Teoria à Prática (Edições Colibri), em homenagem ao linguista Tiago Freitas, falecido em 2008, com 29 anos de idade. A obra, organizada pelo Instituto de Línguística Teórica e Computacional (ILTEC), onde Tiago Freitas era investigador e considerado uma das grandes promessas da linguística em Portugal, reúne os 9 artigos escritos em vida para várias publicações científicas e 18 comunicações, alguns dos quais em co-autoria com colegas do ILTEC. Mais pormenores aqui.

2. Na actualização deste dia, ficam em linha 9 novas respostas. No Correio, a professora Maria de Fátima Pintassilgo, de Coimbra, pergunta: «Sei que o Ministério da Educação já determinou que o [novo] Acordo Ortográfico entre em vigor no próximo ano lectivo. Contudo, "custa-me" corrigir o que até agora eram considerados erros ortográficos, como ator, ótimo, etc., sabendo que para o ano os alunos vão ter de escrever e aprender as alterações na grafia. Como deverei fazer? Corrigir aquelas palavras, ou aceitá-las?» A resposta está disponível aqui.

3. Linguee.pt  A Web é um dicionário é um serviço via Internet gratuito que oferece  um eficiente sistema de busca de traduções contextualizadas e, ainda, um dicionário português-inglês. Fica aqui a recomendação.

Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

1. Doze novas respostas integram a actualização do consultório do Ciberdúvidas no início desta última semana de Setembro. Por exemplo: freguês tem o significado corrente de «cliente», «comprador». Poucos conhecerão no entanto a acepção aqui suscitada pelo consulente Cesário Severino. E como chamamos a um «bando de borboletas, que migram em certas épocas, formando verdadeiras nuvens»?

2. Na Antologia — preciosa recolha de textos de autores lusófonos de todos os tempos que escreveram sobre esta nossa língua comum hoje de oito países —, fica em linha entretanto o poema Complexos, de Nuno Júdice, incluído no livro A Matéria do Poema

3. Começou em 25 de Setembro em Santiago de Compostela e prolonga-se até 2 de Outubro, em Bragança, o XIV Colóquio da Lusofonia. Organizado por Chrys Crhrystello, este encontro conta com a participação de João Malaca Casteleiro, Evanildo Bechara e representantes da Academia Galega da Língua Portuguesa. O escritor açoriano Vasco Pereira da Costa é o convidado especial do colóquio.

Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

1. A Ciberescola da Língua Portuguesa, plataforma de recursos interactivos e cursos a distância de apoio ao ensino do português, foi oficialmente apresentada, no Portugal Tecnológico 2010, que decorreu esta semana, em Lisboa. Da iniciativa do Ciberdúvidas da Língua Portuguesa  e com o apoio do Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação (GEPE), do Ministério da Educação português, no âmbito do Plano Tecnológico da Educação, este novo sítio na Internet disponibilizará o acesso gratuito a um conjunto estruturado de exercícios interactivos que regista o percurso/progresso de cada aprendente-utilizador. O  público-alvo são alunos dos diferentes sistemas de ensino ou simplesmente pessoas que querem aprender português (não têm de estar inscritas em nenhum estabelecimento de ensino); mas também, obviamente, os professores, para quem se disponibilizam guiões de utilização dos exercícios nas aulas. Mais informações aqui.

2. A Ciberescola da Língua Portuguesa, a par do Plano Tecnológico da Educação nas escolas portuguesas, é justamente o tema em foco nas emissões dos programas Língua de Todos (sexta-feira, 24 de Setembro, às 13h15*, na RDP África; com repetição no dia seguinte às 9h10*) e Páginas de Português (Antena 2, dia 26, 17h00*). Estes programas estão também disponíveis em podcast, na página da rádio e da televisão públicas portuguesas, na Internet.

3. O relançamento da promoção do português como língua de trabalho em organizações internacionais como a SADC, a CEDEAO e a União Africana foi recentemente discutido no encontro dos ministros e secretários de Estado dos Negócios Estrangeiros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, em Nova Iorque. O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros de Portugal, João Gomes Cravinho, em declarações à comunicação social, manifestou o desejo de se alcançar uma «língua utilizável» tendo em vista a sua inclusão entre as línguas oficiais das Nações Unidas; porém, a falta de escritórios de tradução e interpretação nas conferências atrofia o uso do português nas referidas organizações africanas, onde por ironia já é idioma oficial.

* Hora oficial de Portugal continental.
Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

1. A Ciberescola da Língua Portuguesa, plataforma de recursos interactivos e cursos a distância de apoio ao ensino do português, foi oficialmente apresentada no passado dia 22 de Setembro, na Feira Internacional de Lisboa (FIL), em Lisboa, no âmbito do certame Portugal Tecnológico 2010, a maior mostra de tecnologia e inovação em Portugal.

Da iniciativa do Ciberdúvidas da Língua Portuguesa  e com o apoio do Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação (GEPE), do Ministério da Educação português, no âmbito do Plano Tecnológico da Educação, disponibilizará o acesso gratuito a um conjunto estruturado de exercícios interactivos que regista o percurso/progresso de cada aprendente-utilizador. Para Português Língua Materna (PLM), os níveis contemplados vão do 5.º ao 12.º ano: oferece-se uma variedade alargada de actividades, da ordem da compreensão oral e escrita, gramática e produção escrita, em articulação com textos-suporte, dicas, explanações, ficheiros de imagem, som e vídeo. Mas a Ciberescola tem também uma forte componente de Português Língua Não Materna (PLNM) para os níveis A2 e B1 (ver Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas), estando prevista a cobertura dos restantes níveis durante o corrente ano lectivo.

O público-alvo são alunos dos diferentes sistemas de ensino ou simplesmente pessoas que querem aprender português (não têm de estar inscritas em nenhum estabelecimento de ensino); mas também, obviamente, os professores, para quem se disponibilizam guiões de utilização dos exercícios nas aulas.

2. A Ciberescola da Língua Portuguesa, a par do Plano Tecnológico da Educação nas escolas portuguesas, é justamente o tema em foco nas emissões dos programas Língua de Todos (sexta-feira, 24 de Setembro, às 13h15*, na RDP África; com repetição no dia seguinte às 9h10*) e Páginas de Português (Antena 2, dia 26, 17h00*). Estes programas estão também disponíveis em podcast, na página da rádio e da televisão públicas portuguesas, na Internet.

* Hora oficial de Portugal continental.

Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

A data da entrada em vigor do Acordo Ortográfico de 1990 (AO 1990) em Portugal suscitou muitas dúvidas ao longo do corrente ano. O Aviso n.º 255/2010 de 13 de setembro, do Ministério dos Negócios Estrangeiros português, vem esclarecer a situação: o novo acordo começou a ser aplicado em 13 de maio de 2009, em resultado do depósito do instrumento de ratificação do Acordo do Segundo Protocolo Modificativo ao Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, conforme previa o n.º 2 do art.º 2 da Resolução da Assembleia da República n.º 35/2008 e o n.º 2 do art.º 2 do Decreto do Presidente da República n.º 52/2008.

Esta data marca também o princípio de um período de transição de seis anos, em que coexistem em Portugal o Acordo de 1945 e o AO 1990. Findo esse prazo, a ortografia constante de actos, normas, orientações ou documentos provenientes de entidades públicas, de bens culturais, de manuais escolares e outros recursos didáctico-pedagógicos, com valor oficial ou legalmente sujeitos a reconhecimento, validação ou certificação deverá conformar-se às disposições do novo acordo (consultar legislação já referida).

Assinale-se que a adopção da nova ortografia pelo sistema de ensino português está prevista para o ano lectivo de 2011/2012. O mesmo deverá acontecer nos próximos tempos nos textos publicados no Diário da República, que, neste momento, ainda conserva a ortografia antiga.

Sobre este assunto, recomendamos a leitura dos seguintes textos:

Entrada em vigor do novo Acordo Ortográfico
Novo acordo ortográfico, período de transição

Acordo Ortográfico obrigatório em Portugal

O tratado internacional vinculativo do Acordo Ortográfico
Aspectos jurídicos da entrada em vigor do novo AO

 

Cf. O tratado internacional vinculativo do Acordo Ortográfico + Acordo Ortográfico nas escolas portuguesas em setembro de 2011 e três meses depois nos demais organismos do Estado + Acordo Ortográfico, «caminho sem retorno» + Novamente a posição do Ciberdúvidas quanto ao Acordo Ortográfico + Ainda o Ciberdúvidas e o Acordo Ortográfico

Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

1. Os erros ortográficos são como que a antecâmara do desleixo no uso linguístico. Sobre este tema, divulga-se um texto do escritor português João de Melo na rubrica O Nosso Idioma. Escritas há quase duas décadas, as palavras deste autor mantêm-se infelizmente actuais.

2. Já aqui temos comentado a dificuldade de identificar a forma correcta de certas palavras, em especial, aumentativos e gentílicos. Trata-se frequentemente de vocábulos que não estabilizaram por falta de enraizamento nas nossas rotinas discursivas. Não admira, pois, que não se tenha fixado o gentílico correspondente a Gangra, cidade da antiga região da Paflagónia, hoje em território turco.

Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

1. Parece que no Estado da Palestina poucos sabem da existência da língua portuguesa, mas tudo vai mudar: a Universidade Nacional de An-Najah, em Nablus, passou a contar com um curso de português apoiado pelo Instituto Camões. O canal de rádio Antena 1 (Portugal) assinalou recentemente esta iniciativa com uma reportagem, que inclui uma entrevista com  a atriz Micaela Miranda, responsável pelo referido curso.

CfO Essencial sobre a Questão Palestina | População e Território

2. A propósito: palestinos, ou palestinianos? Aceitam-se ambas as formas, mas há pareceres que apontam palestino como forma mais correcta. E há preferências regionais: no Brasil emprega-se palestino, enquanto em português europeu o uso muitas vezes favorece palestiniano, em detrimento de palestino. Uma terceira forma do gentílico, menos frequente, sem deixar de ser correcta, é palestinense. Para o título da Abertura que acompanha a actualização deste dia, optámos pela forma mais consensual: palestino.

Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

1. Haverá algum falante da língua portuguesa que nunca se tenha deparado com situações de dúvida sobre a escrita correcta de uma determinada palavra?!

Confrontados com a riqueza lexical do idioma – orgulhoso de uma história recheada de ancestrais termos eruditos e prenhe em palavras raras, múltiplo na mestiçagem, sedento de neologismos, mas rebelde aos empréstimos dos estrangeirismos –, todos nós gostaríamos de ter o domínio da ortografia.

Porque entre a grafia («escrita») e a ortografia impõe-se a distância da correcção, do «correcto, direito, certo» (orto-) que instala a norma, a língua-padrão.

A grafia, o significado das palavras e a precisão do léxico são temas da nova actualização, em que os nomes (de habitantes — gentílicos e nomes próprios), a hifenização em palavras compostas e os pronomes interrogativos se revelam como o objecto de análise.

2. Quem já ouviu falar do mirandês? O que se sabe sobre esse idioma falado no Nordeste de Portugal? Está disponível um inquérito em linha, realizado por uma investigadora da Universidade ELTE de Budapeste que se dedica ao estudo da língua mirandesa.

3. Nos programas Língua de Todos (sábado, 18 de Setembro, às 9h15*, na RDP África) e  Páginas de Português (Antena 2, dia 19, 17h00*, também disponível em podcast, na página da rádio e da televisão públicas portuguesas, na Internet): uma conversa com o novo director executivo do Instituto Internacional da Língua Portuguesa, o brasileiro Gilvan Muller de Oliveira, em que se fala do desafio da adopção oficial do português nas principais organizações internacionais, a iniciar na ONU. Outro tema abordado: como deve ser feita uma análise crítica de um texto narrativo. 

Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

1. O facto de se ouvirem e lerem, frequentemente, certas palavras pronunciadas e escritas de uma determinada forma induz, muitas vezes, ao erro. Erro esse que, pela força do uso, parece adquirir o estatuto de norma. São os casos inequívocos dos alguns  equívocos que por aí grassam, sobre os quais a nossa consultora Sandra Duarte Tavares nos elucida num texto publicado em O Nosso Idioma desta edição, enquanto o jornalista Ferreira Fernandes comenta um caso curioso de metátese

2. Em Portugal, como proposta para orientar os alunos do 12.º ano no sentido de os consciencializar sobre o funcionamento da língua, de modo a evitarem o erro, interiorizando a norma, surge o Projecto Juventude «Saber com Normas», desenvolvido em parceria com a Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular (DGIDC) e com as direcções regionais do Ministério da Educação.

3. Nos programas Língua de Todos (sexta-feira, 17 de Setembro, às 13h15*, na RDP África; com repetição no dia seguinte às 9h15*) e Páginas de Português (Antena 2, dia 19, 17h00*, também disponível em podcast, na página da rádio e da televisão públicas portuguesas, na Internet): uma conversa com o novo director executivo do Instituto Internacional da Língua Portuguesa, o brasileiro Gilvan Muller de Oliveira, em que se fala do desafio da adopção oficial do português  nas principais organizações internacionais, a iniciar na ONU. Neste programa, um outro tema a destacar: como deve ser feita uma analise crítica de um texto narrativo. 

* Hora oficial de Portugal continental.

Por Ciberdúvidas da Língua Portuguesa

Com o objectivo de «promover a aprendizagem de línguas e a tradução», a Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular e o Portal das Escolas, do Ministério da Educação português, anunciaram a abertura das inscrições (de 1 de Setembro a 20 de Outubro) para a quarta edição do concurso Juvenes Translatores (Jovens Tradutores), promovido pela Comissão Europeia, dirigido a alunos do ensino secundário de todos os Estados-membros da União Europeia.

Ora, traduzir implica conhecer a língua estrangeira em que o texto está escrito, mas, sobretudo, dominar a sua própria língua, a língua materna. Para além da riqueza lexical e do conhecimento da pluralidade de sentidos de cada palavra, são necessários outros saberes para se produzir um discurso correcto, como a ortografia, a pontuação, a morfologia e a sintaxe.

A procura destes saberes, determinantes para um discurso perfeito, é visível através do Consultório, em que as respostas ocorrem a partir das dúvidas com que os falantes se debatem. A nova actualização, para além da ortografia, da etimologia, da formação de palavras, da pronúncia e das abreviaturas (em foco na primeira página), testemunha a ânsia de conhecer outros domínios mais específicos — como o da distinção de sons — previstos nos programas de Português (Portugal).