A estranha liberdade da criação de nomes de empresas
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A estranha liberdade da criação de nomes de empresas
1. Será que já não bastam as 26 letras do alfabeto da nossa língua (incluindo o k, o w e o y, previstas na Base I do Acordo Ortográfico de 90) para a escolha do nome de uma empresa, em Portugal? Para que servirá o alfabeto português, se frequentemente se preferem nomes de duvidosa configuração inglesa? A perplexidade e o incómodo perante vários casos embaraçosos de desvio às normas do português registados no anúncio de uma empresa (publicado no semanário Expresso) assinalam-se neste texto de Paulo J. S....
Ler, é para já! — uma (re)nova(da) aposta
1. A Rede de Bibliotecas Escolares, em parceria com o Portal das Escolas, do Ministério de Educação português, aposta numa nova iniciativa, o Programa Ler, é para já!, dirigida a jovens e a adultos interessados em ingressar no mercado de trabalho com qualificação profissional. O desafio reside no desenvolvimento de competências a nível da comunicação («melhorar os níveis de literacia e consolidar as aprendizagens necessárias à qualificação profissional»), para o ano lectivo de 2010/2011, através da disponibilização de...
Erros linguísticos, pérolas cruéis
1. O recrudescimento (isto é, o aumento ou a intensificação) dos disparates linguísticos na imprensa portuguesa é consequência de como tem sido descurado o papel de revisores e copidesques. No Pelourinho, José Mário Costa assinala um erro que é uma pérola de confusão semântica: emprega-se incorrectamente o verbo recrudescer no sentido de «diminuir», quando afinal se trata de um sinónimo de aumentar. Na verdade, a palavra provém do latim recrudescĕre, «fazer-se mais violento, irritar-se», cuja raiz, cru(d)-, é a mesma de...
Neologismos de sedução
A história de um homem que se apaixona por uma mulher e que, para a seduzir, lhe dá palavras inventadas. Está esboçada a estória da língua portuguesa em Milagrário Pessoal, o livro que serve de pano de fundo à entrevista de José Eduardo Agualusa a um canal de televisão brasileiro. Uma entrevista que é, em certo momento, uma poética da escrita ficcional....
1. A língua portuguesa será objecto de análise durante dois dias (26 e 27 de Novembro), no II Congresso da Língua Portuguesa, promovido pelo Instituto Piaget, que decorrerá no Campus Universitário de Almada (Portugal). Com a presença de um leque variado de participantes de diversos países da lusofonia (secretário executivo da CPLP, escritores, jornalistas, produtores, investigadores e professores), temas como «O português como língua de identidade e criação», «como língua de ciência» e «no contexto dos grandes...
Precariedade, e não "precaridade"
1. A propósito da greve geral que ocorre neste dia em Portugal, a situação laboral de parte significativa da população que trabalha por conta de outrem leva à repetição de um erro muito comum no discurso jornalístico-sindical: "precaridade", em vez de precariedade. Recordamos por isso aqui e aqui alguns esclarecimentos anteriores.
2. Na Antologia, divulga-se um texto do escritor brasileiro Coelho Neto (1864-1934), cultor do vocábulo raro e acintoso, de cepa camiliana, como ilustra a seguinte frase acusatória: «A língua...
Acordo Ortográfico de 1990, matéria de inquietudes
Não há dúvida de que tudo o que corresponda a mudança inquieta mesmo os mais ousados. Prova disso têm sido as dúvidas que nos têm sido apresentadas sobre as novidades que o Acordo Ortográfico de 1990 propõe aos povos lusófonos como processo de actualização da grafia. As implicações da dupla grafia ou a valorização do que está consagrado pelo uso têm-se revelado como campo fértil de diálogo, de controvérsia, de estudo, de investigação, de reflexão sobre a língua.
É assim que duas das sete novas respostas em linha se debruçam sobre o...
Atentados e desvios linguísticos
1. Um pouco ao contrário do que acontece no Brasil, em Portugal alguns falantes andam a generalizar indevidamente a ênclise, isto é, a colocação do pronome depois da forma verbal flexionada. Esta tendência já chegou aos canais da televisão por cabo, como mostra Maria João Matos, que, no Pelourinho, critica um caso chocante de ênclise em orações cujo sujeito é o pronome indefinido alguém.2. Entre os tópicos abordados nas oito respostas da nova actualização do consultório do Ciberdúvidas, saliente-se uma outra tendência do...
Porquê NATO e já não OTAN?
1. North Atlantic Treaty Organization, NATO/Organização do Tratado do Atlântico Norte, OTAN. A propósito da actualidade destes dias, em Lisboa, aqui se recordam as razões e as contra-razões de a sigla anglófona NATO se ter sobreposto nos últimos tempos ao que foi sempre tradicionalmente usado — e recomendado — nos media portugueses (nos media portugueses, mas não nos media brasileiros, nem nos media angolanos, nem nos media espanhóis, nem nos media belgas ou nos media franceses, onde se opta, sempre, pela sigla OTAN,...
O Livro do Desassossego (e o filme) e a língua portuguesa nos EUA, na RDP África e na Antena 2
1. Qual o significado da expressão «o último dos moicanos»? Pipinha, ou pipazinha? E qual é a diferença entre uma frase do tipo declarativo e uma do tipo imperativo? Ou, ainda: numa acta devem usar-se parágrafos, ou não? Ficam aqui as quatro respostas, das doze que preenchem actualização do consultório deste dia.2. O Livro do Desassossego, de Bernardo Soares/Fernando Pessoa (e o filme, de João Botelho), e o ensino da língua portuguesa nos EUA são os temas dos programas Língua de Todos de sexta-feira, 19 de Novembro (às...
