1. «O português como nunca ninguém o viu» foi como os responsáveis do Observatório da Língua Portuguesa — com quem o Ciberdúvidas rubricou um protocolo de cooperação — apresentaram, em Lisboa, o seu novo espaço na Internet. Mais pormenores, aqui, no discurso proferido pelo respectivo presidente do conselho de administração, Eugénio Anacoreta Correia. E nestas declarações do presidente da assembleia-geral do OLP, Guilherme d’Oliveira Martins.
2. Ficam entretanto em linha doze novas respostas, na actualização deste dia do consultório do Ciberdúvidas.
1. Incentivar a leitura e o debate de ideias nas escolas do 3.º ciclo do ensino básico em Portugal é o objectivo da 7.ª edição do concurso Entre Palavras, um fórum em formato pedagógico, promovido pelo Jornal de Notícias, com o apoio do Plano Nacional de Leitura.
2. Sobre como as palavras demarcam grupos sociais, a rubrica O Nosso Idioma divulga um texto de Luís Campos e Cunha, professor universitário português. Sobre vocábulos eruditos, que definem um estilo, leia-se no Pelourinho o comentário de Paulo J. S. Barata ao uso de téssera pelo escritor e poeta Vasco Graça Moura.
3. Com o Acordo Ortográfico, os dias da semana e os meses do ano passam a escrever-se com letra minúscula, tal como já acontecia antes no português do Brasil. E como fazer com os nomes próprios? — esta é uma das 13 perguntas com resposta na actualização deste dia do consultório do Ciberdúvidas.
1. A Génese do Português de Moçambique, da autoria da linguista moçambicana Perpétua Gonçalves (ed. Imprensa Nacional/Casa da Moeda, Lisboa), encontra-se disponível no mercado livreiro português já a partir da última semana do presente mês de Novembro de 2010. A obra ficará à venda em Moçambique apenas em Fevereiro de 2011 e, posteriormente, prevê-se, no Brasil.
2. Chegou já entretanto às livrarias portuguesas a nova edição do Grande Dicionário da Língua Portuguesa, da Porto Editora. Actualizada já segundo as novas regras do Acordo Ortográfico — mas mantendo paralelamente a grafia de 1945 —, esta nova edição envolve mais de 6000 africanismos, brasileirismos e asiaticismos. E regista, ainda, um sem-número de novos vocábulos entrados nos últimos tempos no léxico comum. Por exemplo: audiolivro, ebook, biocombustível, flexissegurança, parentalidade, pixelização, politólogo ou voluntarismo — para além de outras opções mais controversas, como são os casos dos anómalos “googlar” e “twittar”.
3. Na actualização do consultório do Ciberdúvidas deste dia, ficam em linha 11 novas respostas.
1. Num tempo em que a norma é conotada com conservadorismo, o Instituto Português da Qualidade, com o apoio do Ministério da Educação português, desafia, pelo terceiro ano consecutivo, os estudantes do 12.º ano de escolaridade, em Portugal, a elaborarem um trabalho criativo ou a produzirem uma sessão temática, subordinados ao tema da normalização, participando, deste modo, no Projecto Juventude — Saber com Normas, trabalhos estes que serão entregues nas respectivas Direcções Regionais da Educação. Este projecto, que pretende «sensibilizar os mais jovens para o significado e a importância da normalização no mundo», tem o cuidado de evidenciar, através da sua mascote — Normi — o letreiro «Norma Portuguesa». Portanto, apela ao uso da língua portuguesa respeitando os princípios orientadores do domínio do idioma pátrio.
2. Por se querer saber utilizar correctamente a língua, seguindo as normas, muitas dúvidas nos são apresentadas. Nas onze respostas deste dia, a sintaxe relacionada com a ocorrência dos verbos (verbo assistir e a regência do uso pronominal do verbo insinuar) e o léxico sobressaem, bem como a atestação de palavras (versatilização; trilogia e outras designações de grupos de obras de temática comum; carácter e caracter), a expressão adequada a partir de uma tradução («tirar partido de» ), a relação de sentido entre outras palavras (afocinhar e fossar; local, localização e localidade) e expressões («comunidade educativa» e «comunidade escolar»). Por sua vez, a divisão silábica continua a ser matéria de interesse de muitos falantes.
3. Ainda neste dia, pelas 13h15*, na RDP África, o programa Língua de Todos, com repetição no dia seguinte, às 9h15*, será dedicado ao rescaldo do que foi reflectido e proposto no recente encontro internacional realizado em Lisboa, sob a iniciativa da União Latina. Por sua vez, na emissão do Páginas de Português de domingo, 14 de Novembro (às 17h00*, na Antena 2, estará em foco a mais recente obra do cineasta português João Botelho, Filme do Desassossego, baseada no Livro do Desassossego, de Bernardo Soares, semi-heterónimo de Fernando Pessoa conhecido pelas abundantes considerações à volta da língua portuguesa. Falar-se-á, ainda, da disponibilização, via Internet, da Biblioteca Pessoal de Fernando Pessoa, a excelente iniciativa da Casa Fernando Pessoa, com o apoio mecenático da Fundação Vodafone. Ambos os programas se encontram também disponíveis em podcast, na página da rádio e da televisão públicas portuguesas, na Internet.
1. Os alunos portugueses do 6.º ano revelam dificuldades, sobretudo, na conjugação dos verbos (regulares e irregulares), evidenciando falhas a nível do conhecimento explícito da língua, como o comprovaram os resultados das provas de aferição divulgados pelo relatório do Gabinete de Avaliação Educacional (GAVE). Tal desconhecimento poderá implicar que esses adolescentes não distingam o uso de formas verbais semelhantes, tais como pode, pôde ou pude, o que é grave. Não há dúvida, de facto, de que a avaliação leva à conclusão de que «permanecem aquém do que é desejável no que respeita ao conhecimento explícito da língua». Por isso, a interiorização dos conteúdos gramaticais é factor determinante para o domínio da língua. É essa a razão pela qual o conhecimento das particularidades do funcionamento do idioma é uma das competências previstas nos programas de Português e de Língua Portuguesa, do ensino básico e secundário.
2. O valor dos tempos verbais tem sido, também, objecto de análise no Consultório, sinal de que é matéria de dúvida de todas as faixas etárias. As oito novas respostas em linha debruçam-se, sobretudo, sobre questões relacionadas com o léxico, desde o valor semântico de palavras (defasagem) e de expressões («no acto»), ao uso específico de certas palavras (composto e substância), à etimologia (banco), às famílias das palavras (de violento), aos aumentativos e diminutivos (de mata e sujo) e às palavras arcaicas no Brasil.
3. O programa Língua de Todos de sexta-feira, 12 de Novembro (às 13h15* na RDP África; com repetição no dia seguinte, às 9h15*), será dedicado ao rescaldo do que foi reflectido e proposto no recente encontro internacional realizado em Lisboa, sob a iniciativa da União Latina. Na emissão do Páginas de Português de domingo, 14 de Novembro (às 17h00*, na Antena 2), estará em foco a mais recente obra do cineasta português João Botelho, Filme do Desassossego, baseada no Livro do Desassossego, de Bernardo Soares, semi-heterónimo de Fernando Pessoa conhecido pelas abundantes considerações à volta da língua portuguesa. Falar-se-á, ainda, da disponibilização, via Internet, da Biblioteca Pessoal de Fernando Pessoa, a excelente iniciativa da Casa Fernando Pessoa, com o apoio mecenático da Fundação Vodafone. Ambos os programas se encontram também disponíveis em podcast, na página da rádio e da televisão públicas portuguesas, na Internet.
* Hora oficial de Portugal continental.
1. Na rubrica O Nosso Idioma, a propósito das intrincadas relações entre língua e pensamento, divulga-se uma crónica do escritor português Miguel Esteves Cardoso, que interpreta a ambivalência da palavra conforme como faceta da psique portuguesa.
2. Ficam em linha sete novas respostas, centradas no léxico, na sintaxe e na semântica do português.
1. Promover a leitura e a divulgação de autores lusófonos, como ponte para o enriquecimento da língua portuguesa e para o alargamento cultural do público, tem sido tema e objectivo privilegiado de várias instituições portuguesas: o Plano Nacional de Leitura (PNL), do Ministério da Educação, o Instituto Camões, a Casa-Museu Fernando Pessoa, as Casas da Cultura por este Portugal fora… Tal como a Casa da Cultura da Sertã, que, até 27 de Novembro, abre ao público uma exposição documental, «A Poesia da Resistência», cedida pela Rede de Bibliotecas de Lisboa, em que se poderão revisitar poemas de grandes vultos da literatura de língua portuguesa que usaram a poesia como forma de luta pela liberdade, como os poetas portugueses Fernando Pessoa, Sophia de Mello Breyner, Manuel Alegre, Natália Correia, António Gedeão, o timorense Xanana Gusmão…
2. Lutando contra o desconhecimento das particularidades da língua portuguesa, a actualização do Consultório põe em linha 8 novas respostas que giram à roda de temas como a grafia, a atestação e o significado de palavras invulgares (manuseabilidade e palinódia), a construção frásica (a ocorrência do pronome relativo que precedido de preposição, o uso de se com gerúndio e infinitivo, a transitividade do verbo caber, a identificação do sujeito) e as figuras de estilo.
1. Rafael Bluteau (1638-1634) tornou-se o fundador da lexicografia portuguesa em 1721, data de publicação dos oito volumes que constituem o seu Vocabulário Portuguez e Latino. Na Antologia, divulga-se um excerto do prólogo desta obra, fruto do entusiasmo deste clérigo de origens francesas, empenhado em revelar toda a opulência lexical de um idioma que, escrevia ele, «não tem que envejar ás mais elegantes línguas da Europa o seu luzimento».
2. Provérbios, expressões idiomáticas, atestação, formação e significado de palavras são tópicos que se salientam na nova actualização.
1. Como avaliar e valorizar a língua portuguesa no mundo contemporâneo? Na rubrica Lusofonias, Fernando Santos Neves, reitor da Universidade Lusófona do Porto, dá conta da sua perspectiva em dois textos: num, defendendo a tese de uma lusofonia como «projecto de estratégia comum de desenvolvimento humano sustentável e de espaço geopolítico próprio»; noutro, apresentando 11 propostas mínimas para a refundação e reenquadramento da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
2. Que a contemporaneidade põe à prova a língua é o que também demonstra Paulo J. S. Barata na rubrica O Nosso Idioma, com um comentário sobre a adaptação do anglicismo franchise às estruturas fonológicas e morfológicas do português.
3. Assinale-se o encerramento neste dia da Expolingua Portugal — 20.º Salão Português de Línguas e Culturas, a decorrer desde 3 Novembro de 2010 no Centro de Congressos de Lisboa (antiga FIL). O convidado de honra desta edição é a União Europeia, dando-se relevo à diversidade linguística e cultural da Europa.
4. O programa Língua de Todos de sexta-feira, 5 de Novembro (às 13h15* na RDP África; com repetição no dia 6, às 9h15*), será dedicado ao rescaldo do que foi reflectido, e proposto, no recente encontro internacional realizado em Lisboa, sob a iniciativa da União Latina. Por sua vez, o programa Páginas de Português de domingo, dia 7 (às 17h00*, na Antena 2), terá a presença de Maria Helena Rocha Pereira, professora jubilada da Universidade de Coimbra e encarregada pela Academia das Ciências de Lisboa da coordenação do respectivo Vocabulário da Língua Portuguesa, já segundo o Acordo Ortográfico de 90. Ainda neste programa, será apresentada a carta premiada do mês, na rubrica «Uma Carta É Uma Alegria da Terra», em colaboração com os CTT, Correios de Portugal. Ambos os programas se encontram também disponíveis em podcast, na página da rádio e da televisão públicas portuguesas, na Internet.
* Hora oficial de Portugal continental.
1. A frequência de casos de erro na comunicação social portuguesa, muitas das vezes por contaminação da informalidade do discurso oral, denunciando a displicência com que alguns jornalistas encaram a integridade da língua, incomoda o cidadão que preza o idioma pátrio. Paulo J. S. Barata, num texto publicado na rubrica Pelourinho, reflecte e comenta sobre a banalização do erro que parece ter-se instalado nos periódicos lusos.
2. Por sua vez, sete novas respostas procuram evitar situações de dúvida no âmbito de: a construção frásica com pronomes reflexos; o uso de variantes gráficas e fonológicas; as características do dialecto estremenho; o significado do topónimo Cidres; a grafia de caneleira-de-ceilão; o conto Discurso sobre o Fulgor da Língua; e a relação dos romances com o latim.
3. No programa Língua de Todos de sexta-feira, 5 de Novembro (às 13h15* na RDP África; com repetição no dia 6, às 9h15*), falar-se-á sobre os desafios e projectos à volta da internacionalização da língua portuguesa nestes tempos da globalização, em rescaldo do que foi reflectido, e proposto, no recente encontro internacional realizado em Lisboa, sob a iniciativa da União Latina. Por sua vez, o programa Páginas de Português de domingo, dia 7 (às 17h00*, na Antena 2), terá a presença de Maria Helena Rocha Pereira, professora jubilada da Universidade de Coimbra e encarregada pela Academia das Ciências de Lisboa na coordenação do respectivo Vocabulário da Língua Portuguesa, já segundo o Acordo Ortográfico de 90. Ainda neste programa, será apresentada a carta premiada do mês, na rubrica «Uma Carta É Uma Alegria da Terra», em colaboração com os CTT, Correios de Portugal. Ambos os programas se encontram também disponíveis em podcast, na página da rádio e da televisão públicas portuguesas, na Internet.
* Hora oficial de Portugal continental.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
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