Sobre o Acordo Ortográfico nas escolas portuguesas
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Sobre o Acordo Ortográfico nas escolas portuguesas
1. Como já foi anunciado, o Acordo Ortográfico de 1990 vai ser aplicado nas escolas portuguesas a partir de Setembro de 2011, o mês que iniciará o próximo ano lectivo (2011/2012). Quanto aos manuais escolares, fica este esclarecimento suplementar, divulgado no Portal da Educação, do Ministério da Educação português:«Os manuais escolares utilizarão progressivamente a nova ortografia, seguindo o ritmo das novas adopções ou quando um manual já adoptado tenha de ser reimpresso durante o seu período de vigência. Assim, os...
Ciberdúvidas no Facebook
1. Como já noticiámos, o Ciberdúvidas passou a encontrar-se também no Facebook, disponibilizando uma selecção dos seus conteúdos — das respostas do consultório às diferentes rubricas sobre várias facetas da vida do nosso idioma comum.2. Os países de população plurilingue são a regra à qual não são excepção os Estados onde se fala português. Por isso, do Brasil chegam ecos da instituição, por iniciativa governamental, de um Inventário Nacional da Diversidade Linguística, com vista ao planeamento de políticas para as cerca de...
Boas notícias no relatório PISA 2009, sobre o Acordo Ortográfico em Portugal, e o Ciberdúvidas no Facebook
Congratulamo-nos com a subida dos resultados dos alunos portugueses no relatório PISA 2009 (Programme for International Student Assessment) que avalia o desempenho escolar dos jovens de 15 anos dos países da OCDE e de outros países ou parceiros económicos. Em 2000, Portugal estava na confrangedora 3.ª posição — a contar do fim da tabela. Consultando os relatórios divulgados no sítio do PISA, constatamos que Portugal ocupa agora o 27.º lugar num total de 75 países e economias (cf. PISA 2009 Results: What Students Know and Can Do, p....
Dos programas de alfabetização e educação no Brasilà avaliação dos alunos portugueses pela OCDE
1. Os programas de alfabetização e de educação no Brasil, como uma das marcantes experiências políticas da presidência de Lula da Silva, são pretexto para uma conversa com o principal responsável do Instituto Alfa e Beto, João Baptista Oliveira. E, com a sucessão de Dilma Roussef, já em Janeiro de 2011, vamos ter uma presidente, ou uma presidenta brasileira? Estes são os temas principais do programa Língua de Todos de sexta-feira, 10 de Dezembro (às 13h15* na RDP África, com repetição no dia seguinte, às 9h15*). No...
«Contentasse-vos eu, raros esp´ritosQue nos ides a língua enriquecendo (…)»
Nunca permita o Céu, nunca tal mande Que, merecendo nome meus escritos, Este na voz do povo em muitos ande.
Contentasse-vos eu, raros esp´ritos Que nos ides a língua enriquecendo Nas rimas e na prosa, em altos ditos! Ditosa língua nossa, que estendendo Vás já teu nome tanto, que, seguro, Inveja a toda outra irás fazendo!
Ditosa língua minha, assim se intitula este tocante louvor à língua...
À volta da «espantosa língua»
1. Políticos, comentadores e jornalistas usam-na com tal frequência e abrangência — especialmente na rádio e na televisão —, que a redundância «há anos (ou há meses, ou há dias) atrás» transformou-se num verdadeiro modismo no espaço mediático português. Um modismo que em nada valoriza quantos a ele recorrem sistematicamente — como assinala Maria João Matos num novo texto, na rubrica Pelourinho.2. Um pecadilho que, seguramente, não comete o advogado José António Barreiros, amante e divulgador das «miríficas capacidades...
Vocabulário de guerra
Metaphors we live by (Metáforas do dia-a-dia ou Metáforas da vida quotidiana), de George Lakoff e Mark Johnson, é uma obra pioneira ao descrever o nosso sistema conceptual, no processo de captação da realidade circundante, como largamente metafórico. E a metáfora de guerra é uma das mais visadas neste trabalho, dado que, recorrentemente, ela é posta em cena na configuração de qualquer acção de confronto.
«A narrativa sobre os conflitos no Rio [de Janeiro] revela-se uma grande metáfora de guerra», afirma Regina Borges,...
A estranha liberdade da criação de nomes de empresas
1. Será que já não bastam as 26 letras do alfabeto da nossa língua (incluindo o k, o w e o y, previstas na Base I do Acordo Ortográfico de 90) para a escolha do nome de uma empresa, em Portugal? Para que servirá o alfabeto português, se frequentemente se preferem nomes de duvidosa configuração inglesa? A perplexidade e o incómodo perante vários casos embaraçosos de desvio às normas do português registados no anúncio de uma empresa (publicado no semanário Expresso) assinalam-se neste texto de Paulo J. S....
Ler, é para já! — uma (re)nova(da) aposta
1. A Rede de Bibliotecas Escolares, em parceria com o Portal das Escolas, do Ministério de Educação português, aposta numa nova iniciativa, o Programa Ler, é para já!, dirigida a jovens e a adultos interessados em ingressar no mercado de trabalho com qualificação profissional. O desafio reside no desenvolvimento de competências a nível da comunicação («melhorar os níveis de literacia e consolidar as aprendizagens necessárias à qualificação profissional»), para o ano lectivo de 2010/2011, através da disponibilização de...
Erros linguísticos, pérolas cruéis
1. O recrudescimento (isto é, o aumento ou a intensificação) dos disparates linguísticos na imprensa portuguesa é consequência de como tem sido descurado o papel de revisores e copidesques. No Pelourinho, José Mário Costa assinala um erro que é uma pérola de confusão semântica: emprega-se incorrectamente o verbo recrudescer no sentido de «diminuir», quando afinal se trata de um sinónimo de aumentar. Na verdade, a palavra provém do latim recrudescĕre, «fazer-se mais violento, irritar-se», cuja raiz, cru(d)-, é a mesma de...
