1. Como já noticiámos, o Ciberdúvidas passou a encontrar-se também no Facebook, disponibilizando uma selecção dos seus conteúdos — das respostas do consultório às diferentes rubricas sobre várias facetas da vida do nosso idioma comum.
2. Os países de população plurilingue são a regra à qual não são excepção os Estados onde se fala português. Por isso, do Brasil chegam ecos da instituição, por iniciativa governamental, de um Inventário Nacional da Diversidade Linguística, com vista ao planeamento de políticas para as cerca de 210 línguas faladas no território brasileiro.
3. São 15 as respostas da actualização deste dia, nelas se abordando dúvidas relacionadas com o léxico, a transcrição fonética, a semântica, a sintaxe e as classes de palavras.
Congratulamo-nos com a subida dos resultados dos alunos portugueses no relatório PISA 2009 (Programme for International Student Assessment) que avalia o desempenho escolar dos jovens de 15 anos dos países da OCDE e de outros países ou parceiros económicos. Em 2000, Portugal estava na confrangedora 3.ª posição — a contar do fim da tabela. Consultando os relatórios divulgados no sítio do PISA, constatamos que Portugal ocupa agora o 27.º lugar num total de 75 países e economias (cf. PISA 2009 Results: What Students Know and Can Do, p. 15), no limite inferior da faixa da média dos países (ibidem, p. 56).
Tiramos, portanto, uma conclusão: há muito e bom trabalho a fazer.
1. Os programas de alfabetização e de educação no Brasil, como uma das marcantes experiências políticas da presidência de Lula da Silva, são pretexto para uma conversa com o principal responsável do Instituto Alfa e Beto, João Baptista Oliveira. E, com a sucessão de Dilma Roussef, já em Janeiro de 2011, vamos ter uma presidente, ou uma presidenta brasileira? Estes são os temas principais do programa Língua de Todos de sexta-feira, 10 de Dezembro (às 13h15* na RDP África, com repetição no dia seguinte, às 9h15*). No domingo, dia 12, a emissão do Páginas de Português (às 17h00*, na Antena 2) aborda os resultados, francamente positivos para Portugal, do relatório do PISA (Programa Internacional de Avaliação de Alunos), divulgado em 7 de Dezembro de 2010, pela OCDE, em Paris. Com a apreciação da ministra da Educação, Isabel Alçada. Ambos os programas se encontram também disponíveis em podcast, na página da rádio e da televisão públicas portuguesas, na Internet.
2. A sintaxe, a semântica dos tempos verbais e os provérbios são os tópicos mais salientes da actualização deste dia. Uma referência ainda para a Montra de Livros, sobre a edição 2010 do Grande Dicionário da Língua Portuguesa, da Porto Editora, que contempla, já, as novas regras do Acordo Ortográfico de 1990.
Ditosa língua minha, assim se intitula este tocante louvor à língua portuguesa. Escreveu-o Diogo Bernardes há mais de 400 anos — poeta (1520-1605) que frequentou a corte de D. Sebastião e que o acompanhou até à fatídica batalha de Alcácer-Quibir, em Marrocos, ficando aí prisioneiro durante algum tempo. O poema passa a integrar desde esta data a Antologia do Ciberdúvidas, uma recolha de textos de autores lusófonos sobre a nossa língua comum, de todos os tempos.
1. Políticos, comentadores e jornalistas usam-na com tal frequência e abrangência — especialmente na rádio e na televisão —, que a redundância «há anos (ou há meses, ou há dias) atrás» transformou-se num verdadeiro modismo no espaço mediático português. Um modismo que em nada valoriza quantos a ele recorrem sistematicamente — como assinala Maria João Matos num novo texto, na rubrica Pelourinho.
2. Um pecadilho que, seguramente, não comete o advogado José António Barreiros, amante e divulgador das «miríficas capacidades estilísticas da língua portuguesa». Só por isso, vale a pena uma visita ao seu blogue Espantosa Língua.
3. Sobre a nossa «espantosa língua» ficam entretanto em linha 12 novas respostas a outras tantas dúvidas que integram a actualização do consultório deste dia.
Metaphors we live by (Metáforas do dia-a-dia ou Metáforas da vida quotidiana), de George Lakoff e Mark Johnson, é uma obra pioneira ao descrever o nosso sistema conceptual, no processo de captação da realidade circundante, como largamente metafórico. E a metáfora de guerra é uma das mais visadas neste trabalho, dado que, recorrentemente, ela é posta em cena na configuração de qualquer acção de confronto.
«A narrativa sobre os conflitos no Rio [de Janeiro] revela-se uma grande metáfora de guerra», afirma Regina Borges, professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). De facto, palavras e expressões como território, batalha, herói, ataque, táctica, louros povoam as declarações dos militares, imediatamente absorvidas pelos relatos dos jornalistas. Mas será mesmo de uma metáfora que se trata? Será que a realidade vivida não configura já, sem transferências metafóricas, uma guerra?
1. Será que já não bastam as 26 letras do alfabeto da nossa língua (incluindo o k, o w e o y, previstas na Base I do Acordo Ortográfico de 90) para a escolha do nome de uma empresa, em Portugal? Para que servirá o alfabeto português, se frequentemente se preferem nomes de duvidosa configuração inglesa? A perplexidade e o incómodo perante vários casos embaraçosos de desvio às normas do português registados no anúncio de uma empresa (publicado no semanário Expresso) assinalam-se neste texto de Paulo J. S. Barata, na rubrica Pelourinho.
2. Ficam entretanto em linha 10 novas respostas da presente actualização do consultório do Ciberdúvidas, respeitantes aos domínios do léxico, da semântica, da sintaxe e da morfologia. E reveladoras da luta pelo conhecimento das mais variadas particularidades da língua portuguesa.
1. A Rede de Bibliotecas Escolares, em parceria com o Portal das Escolas, do Ministério de Educação português, aposta numa nova iniciativa, o Programa Ler, é para já!, dirigida a jovens e a adultos interessados em ingressar no mercado de trabalho com qualificação profissional. O desafio reside no desenvolvimento de competências a nível da comunicação («melhorar os níveis de literacia e consolidar as aprendizagens necessárias à qualificação profissional»), para o ano lectivo de 2010/2011, através da disponibilização de novos títulos (O Principezinho, de Antoine de Saint-Exupéry, O Gigante Egoísta, de Oscar Wilde, e Para a Minha Irmã, de Jodi Picoult) e de actividades aliciantes e enriquecedoras.
2. Uma outra proposta direccionada para os livros, a leitura, o prazer da biblioteca: Vamos Fazer Uma Viagem Fantástica pela Biblioteca!, até 11 de Junho de 2011. A Câmara Municipal de Lisboa, através da sua Agenda Cultural, convida os alunos da educação pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino básico a visitarem e a explorarem os vários sectores de algumas bibliotecas da capital portuguesa: a Biblioteca de Belém, a Biblioteca Camões, a Biblioteca do Palácio Galveias, a Biblioteca David Mourão-Ferreira, a Biblioteca Maria Keil, a Biblioteca Natália Correia, a Biblioteca dos Olivais, a Biblioteca Orlando Ribeiro e a Biblioteca da Penha de França.
3. Ficam entretanto em linha novas respostas na actualização deste dia do consultório do Ciberdúvidas, relacionadas com o léxico («serviços médicos»), com a semântica (o significado de «fechar-se em copas»), com a sintaxe (a preposição por com valor causal e explicativo), com a morfologia (o plural de Unimed; as formas verbais vires e veres) e com os recursos estilísticos.
4. Devido ao feriado de 1 de Dezembro, que assinala em Portugal a Restauração da Independência em 1640, a próxima actualização será feita na quinta-feira, 2 de Dezembro.
1. O recrudescimento (isto é, o aumento ou a intensificação) dos disparates linguísticos na imprensa portuguesa é consequência de como tem sido descurado o papel de revisores e copidesques. No Pelourinho, José Mário Costa assinala um erro que é uma pérola de confusão semântica: emprega-se incorrectamente o verbo recrudescer no sentido de «diminuir», quando afinal se trata de um sinónimo de aumentar. Na verdade, a palavra provém do latim recrudescĕre, «fazer-se mais violento, irritar-se», cuja raiz, cru(d)-, é a mesma de cruel, nada tendo que ver com descer (ver Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa).
2. Na actualização deste dia, salientam-se as questões relacionadas com a ortografia, o léxico, a morfologia e a sintaxe. A etimologia e os fenómenos de variação e mudança linguísticas são temas igualmente abordados.
A história de um homem que se apaixona por uma mulher e que, para a seduzir, lhe dá palavras inventadas. Está esboçada a estória da língua portuguesa em Milagrário Pessoal, o livro que serve de pano de fundo à entrevista de José Eduardo Agualusa a um canal de televisão brasileiro. Uma entrevista que é, em certo momento, uma poética da escrita ficcional.
Este é um espaço de esclarecimento, informação, debate e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de afirmação dos valores culturais dos oito países de língua oficial portuguesa, fundado em 1997. Na diversidade de todos, o mesmo mar por onde navegamos e nos reconhecemos.
Se pretende receber notificações de cada vez que um conteúdo do Ciberdúvidas é atualizado, subscreva as notificações clicando no botão Subscrever notificações